(al. Region).
1. Termo empregado por Husserl para indicar “a unidade superior e completa de gênero, à qual pertence um concreto”, ou seja, “a totalidade ideal de todos os indivíduos possíveis de uma essência concreta” (Ideen, I, § 16). P. ex., “todo objeto empírico concreto insere-se, com sua essência material, num gênero material superior, numa região de objetos empíricos” (Ibid., § 9). A natureza é uma região desse tipo (Ibid., § 10). Correspondentemente, Husserl fala de uma “ontologia regional”, referente às estruturas de determinada região.
2. O gestaltismo empregou esse conceito com sentido diferente, ligado à noção topológica correspondente (v. topologia). K. Lewin entende por região: 1) tudo aquilo em que um objeto do espaço de vida (p. ex., uma pessoa) tem lugar ou move-se; 2) tudo aquilo em que se possam distinguir várias posições ou partes ao mesmo tempo, ou que seja parte de um todo mais amplo. Com base nessa definição, a própria pessoa é uma região no espaço de vida, e também o espaço de vida, como um todo, é uma região (Principles of Topological Psychology, 1936, p. 93). [Abbagnano]