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Plotino / Plotinus / Πλωτῖνος / Plōtînos / Plotinos / Plotin / Ἐννεάδες / Enneades / Enéadas / Enneads / Ennéades / Neoplatonismo

  

PLOTINUS, ΠΛΩΤΙ͂ΝΟΣ, PLŌTÎNOS, PLOTINOS, PLOTINO, PLOTIN (204/5-270 dC)

LÉXICO DE FILOSOFIA

OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS


Brisson

Plotino (205-270): Uma vida de filósofo
Excertos da tradução das Enéadas dirigida por Luc Brisson  

Sabemos algo da vida de Plotino através da obra de Porfírio   (234-305) redigida trinta anos após a morte de seu mestre: "Sobre a vida de Plotino e sobre a ordem de seus tratados".

Plotino teria nascido em 205 dC, segundo data estabelecida pelo testemunho de seu médico Eustochius, que foi o único discípulo ao seu lado quando de sua morte. Segundo outras testemunhas Plotino seria originário de "Lico", no Egito; provavelmente Lycopolis, no alto Egito (atualmente Assiout). Entretanto Plotino não era egípcio, seu nome é latino e sua cultura grega. Ao que parece sua família era rica e culta, tendo recebido uma educação completa, iniciando sua busca aos vinte e sete anos, dirigido por um mestre de filosofia, Ammonius   Saccas, que seguiu durante dez anos.

Em 243, Plotino deixou Alexandria e a escola de Ammonius para seguir o imperador em campanha contra os persas, segundo Porfírio para experimentar a filosofia prática dos persas assim como conhecer a filosofia da Índia. Desta empreitada, seguiu para Roma, abrindo escola filosófica em 246. Depois de dez anos, começou então a redigir seus tratados aos quarenta nove anos de idade.

Sorabji

Segundo Sorabji  , Aristóteles   influenciou muito o pensamento de Plotino, não seja enquanto criticável. Por exemplo, através de Alexandre de Afrodisias e do tratado Mantissa, muito do qual pode ser deste Alexandre, Plotino reuniu elementos para suas reflexões sobre o intelecto ativo, que Aristóteles localizava no seres humanos como sendo o Divino em nós residente. O tratado Mantissa distingue a maneira pela qual o intelecto humano ordinário e o simples intelecto divino são autoconscientes. Plotino faz eco do relato de Alexandre da auto-intelecção humana, mas reserva a simplicidade total para uma divindade mai alta que o divino Intelecto, que denomina o Uno.

Plotino discutiu Alexandre em seus seminários em Roma no meio do século III dC, mas também teve contato com os críticos de Aristóteles e deles fez uso. Por exemplo, se queixava que as categorias de Aristóteles não cobriam as tão importantes Formas Platônicas Tratado 42. Uma melhor classificação da realidade era a distinção de Platão no Sofista   de cinco Grandes Espécies Tratado 43. Mesmo para o mundo sensível, somente quatro das categorias de Aristóteles eram úteis, e isto de maneira modificada Tratado 44.

Mas um movimento decisivo o discípulo de Plotino, editor e biógrafo, Porfírio, restaurou Aristóteles ao syllabus da literatura Ocidental de uma vez por todas. As Categorias de Aristóteles, disse, não eram sobre coisas, mas sobre palavras na medida que elas significam coisas, e palavras se aplicam primariamente ao mundo sensível, não ao mundo das Formas Platônicas.

Porfírio escreveu comentários sobre muitas obras de Aristóteles e uma Introdução (Isagoge) a Aristóteles. Comentários neoplatônicos, desde então, com poucas exceções, mais e mais representavam os cursos dados a estudantes.