nossa tradução
O caminho que leva à metafísica é particularmente difícil. E poucos homens concordam em escalá-lo. Pois se trata de abolir tudo o que parece sustentar nossa existência, coisas visíveis, as imagens e todos os objetos usuais do interesse ou do desejo. O que procuramos alcançar é um princípio interior a que sempre demos o nome de ato, que gera tudo o que podemos ver, tocar ou sentir, que não se trata de conceber, mas de pôr em operação, e que, pelo sucesso ou fracasso de nossa (…)
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aition / αἴτιον / aítion / aitía / causa / causação / culpa / anaitios / responsabilidade / ἐξαρτῶ / exarto / dependência / depender / Pratityasamutpada / originação dependente / satkaryavada / asatkaryavada
gr. αἴτιον, aítion (ou aitía): culpabilidade, responsabilidade, causa. O conhecimento de uma coisa, qualquer que seja, supõe que se possa lhe atribuir uma causa, cuja definição permitirá não somente explicar porque esta coisa é o que ela é, mas ainda compreender porque esta coisa é o que ela é, o que é sua razão de ser. (Luc Brisson )
gr. ἐξαρτῶ, exarto = depender, dependência
O oposto de satkaryavada na filosofia indiana é asatkaryavada, que geralmente é sustentado pelo budismo, e; a visão oposta ou oposta à vivartavada (dentro da estrutura de satkaryavada) é a teoria da transformação sustentada pelo sistema. Temos então:
satkaryavada | asatkaryavada |
o efeito preexiste na causa | o efeito existe independentemente da causa |
Advaita e Samkhya | Budismo, Mimansa, Nyaya-Vaisesika |
vivarta-vada | parinama-vada |
Advaita | Samkhya |
o efeito é pura ‘aparência’ | o efeito é uma verdadeira ‘transformação’ |
[Deutsch ]
Matérias
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Lavelle (Acte) – A metafísica busca redescobrir o ato primitivo do qual dependem meu próprio ser e o ser do mundo.
17 de novembro de 2020, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 51,2 (I, 8, 2) — A natureza do bem
31 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroIgal
2 De momento, expliquemos cuál sea la naturaleza del Bien en la. medida en que convenga a la presente discusión. El Bien es aquello de que están suspendidas todas las cosas y aquello que desean todos los seres teniéndolo por principio y estando necesitados de aquél. Él, en cambio, no está falto de nada, se basta a sí mismo, no necesita nada, es medida y límite de todas las cosas, dando de sí inteligencia, esencia, alma, vida y actividad centrada en la inteligencia. Y hasta aquí todas (…) -
Plotino - Tratado 47,7 (III, 2, 7) — Não se deve culpar nem o universo nem a providência pelo mal
27 de maio de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
7-Comprendamos en primer lugar que el bien que buscamos en este mundo se halla en un ser mezclado de mal. No le exijamos, pues, que sea tan grande como el bien que se encuentra en el ser sin mezcla, ni busquemos el bien de los seres primeros en los seres que son segundos. Dado que el universo tiene un cuerpo, admitiremos que algo de él se incorpora al universo y sólo exigiremos la razón que pueda ofrecernos la mezcla, comprobando si nada le falta. Fijémonos en el más hermoso de los (…) -
Espinosa (III, 32, Schol.): imagens enquanto afecções
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroTomaz Tadeu
Escólio. Vemos, assim, como a natureza dos homens está, em geral, disposta de tal maneira que eles têm comiseração pelos que vão mal; e inveja pelos que vão bem, com um ódio que será tanto maior (pela prop. prec.) quanto mais amarem a coisa que imaginam ser objeto de desfrute de um outro. Vemos, além disso, que da mesma propriedade da natureza humana, da qual se segue que os homens são misericordiosos, segue-se também que eles são invejosos e ambiciosos. Se quisermos, enfim, (…) -
Ponczek: livre arbítrio
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroAo contrário de Schopenhauer, que faz da vontade o pilar numênico de seu sistema filosófico, vendo-a como a coisa-em-si, Spinoza a considera tão-somente como uma ideia persistente que “ocupa o espaço mental”. Assim como dois corpos não podem ocupar a mesma extensão do espaço, as ideias, obedecendo à mesma ordem e conexão das coisas materiais, também se excluem momentaneamente podendo, a que prevalecer, associar-se à ação, devido a sua persistência.
Spinoza tampouco considera a vontade como (…) -
Plotino - Tratado 50,6 (III, 5, 6) — A natureza dos demônios
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
6- ¿Qué debemos decir, pues, de Eros y de su nacimiento? Está claro que hay que considerar quién es Penia y quién es Poros, y cómo convienen a Eros estos progenitores. Porque, naturalmente, tendrán que convenir también a los demás demonios, si los demonios, como tales, han de poseer una sola y única naturaleza y esencia, y no tan sólo una comunidad de nombre. Consideremos, por tanto, cómo distinguimos los dioses de los demonios, no cuando afirmamos, como muchas veces hacemos, que (…) -
Brisson & Pradeau (Traités 1-6:95-96) – Sobre a imortalidade da alma
30 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castrotradução
Este segundo tratado de Plotino trata da alma. A tradição filosófica antiga sempre fez desta um objeto de predileção, lembrando-se unanimemente que a definição da alma era a condição de uma definição do homem e da vida humana, posto que o homem é uma alma antes de ser um corpo e que a alma é nele o sujeito das condutas como do conhecimento; mas os filósofos antigos adicionavam ainda que a definição da alma era uma das condições do estudo do conjunto dos seres vivos, na medida que (…) -
Schopenhauer (EDP): o lado assustador da vontade
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castrotradução
Os filósofos da antiguidade reuniram na mesma ideia muitas coisas absolutamente heterogêneas; cada Diálogo Platão nos fornece provas em massa. A confusão mais grave deste tipo é aquela entre ética e política. O Estado e o reino de Deus, ou a lei moral, são coisas tão diferentes que o primeiro é uma paródia do segundo, uma amarga zombaria da ausência deste último, uma muleta em lugar de uma perna, uma autômato no lugar de um homem.
Os pseudo-filósofos de nosso tempo nos ensinam (…) -
Espinosa (E1-Ap): o delírio de propósito
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroDe fato, todos os preconceitos que aqui me incumbo de denunciar dependem de um único, a saber, os homens comumente supõem que as coisas naturais agem, como eles próprios, em vista de um fim; mais ainda, dão por assentado que o próprio Deus dirige todas as coisas para algum fim certo: dizem, com efeito, que Deus fez tudo em vista do homem, e o homem, por sua vez, para que o cultuasse. Esse único preconceito, portanto, considerarei antes de tudo, buscando primeiro a causa por que a maioria lhe (…)
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Plotino - Tratado 2,5 (IV, 7, 5) — O corpo não pode ser o princípio nem da existência nem do movimento
14 de maio de 2022, por Cardoso de Castrotradução
5. Como pode ela portanto produzir movimentos diferentes e não somente um movimento único sabendo que todo corpo não tem senão um só movimento?
Se se responde que certos destes movimentos têm por causas escolhas prévias e outros “razões”, então responde-se corretamente. Mas a escolha prévia não pertence ao corpo, assim como também não as razões, que permanecem diversas enquanto o corpo é único e simples, e que ele não participa em uma tal razão, senão na medida que esta razão (…) -
Schopenhauer (MVR1:48-49) – mundo, representação do princípio de razão
25 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroQuem compreendeu distintamente, a partir do mencionado ensaio introdutório, a identidade perfeita do conteúdo do princípio de razão, em meio à diversidade de suas figuras, também ficará convencido do quão importante é precisamente o conhecimento da mais simples de suas formas – que identificamos no TEMPO – para a intelecção de sua essência mais íntima. Assim como no tempo cada momento só existe na medida em que aniquila o momento precedente, seu pai, para por sua vez ser de novo rapidamente (…)
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Plotino - Tratado 1,9 (I,6,9) - A alma torna-se integralmente luz
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBaracat
9. E o que vê essa visão interior? Recém-desperta, não pode ver completamente as coisas radiantes . É preciso, então, acostumar a própria alma a ver primeiro as belas ocupações; em seguida, as belas obras, não essas que as artes realizam, mas as dos chamados homens bons; depois, vê tu a alma dos que realizam as belas obras . Como verias o tipo de beleza que uma alma boa possui? Recolhe-te em ti mesmo e vê; e se ainda não te vires belo, como o escultor de uma estátua que deve (…) -
Lewinter: Isso e eu
15 de setembro de 2021, por Cardoso de Castronossa tradução
I. Por causa de si entendo aquilo cuja essência envolve existência, ou seja, aquilo cuja natureza não pode ser concebida senão existente.
III. Por substância entendo aquilo que é em si e é concebido por si, isto é, aquilo cujo conceito não precisa do conceito de outra coisa a partir do qual deva ser formado.
IV. Por atributo entendo aquilo que o intelecto percebe da substância como constituindo a essência dela.
V. Por modo entendo afecções da substância, ou seja, (…) -
Plotino - Tratado 1,5 (I,6,5) - Afetos ligados ao encontro do belo
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBaracat
5. Devemos, portanto, inquirir os amantes a respeito do que não está na sensação: Que sentis ante às chamadas belas ocupações, aos belos modos, aos comportamentos temperantes e, de modo geral, às ações da virtude, às disposições e à beleza das almas? Vós, vendo-vos belos em vossos interiores, que [310] experimentais? Como vos dionisais [anabakcheuesthai], e vos excitais, e desejais congregar-vos convosco, colhendo-vos de vossos corpos? Pois é isso que sentem os verdadeiros (…) -
Plotino - Tratado 38,19 (VI, 7, 19) — Em qual sentido o Bem é um objeto de desejo para a alma?
27 de março de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
19. ¿Dejaremos al deseo y al alma la resolución de la .cuestión y, confiando en la impresión del alma, diremos que el bien es lo deseable? ¿No nos preguntaremos ya por qué el alma desea? 1 Pues si ofrecemos precisiones sobre la esencia de cada ser, ¿es justo que abandonemos el bien al deseo? Veríamos cosas mucho más absurdas. En primer lugar, el Bien sería algo atribuible, y luego ya es sabido que muchos seres desean cosas diferentes. ¿Cómo podríamos juzgar, ateniéndonos sólo al (…) -
Plotino - Tratado 53,9 (I, 1, 9) — Nossa responsabilidade ética
26 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castrotraduzindo MacKenna
9. Aquela Alma, então, em nós, se manterá em sua natureza aparte de tudo que pode causar qualquer dos males que o homem faça ou sofra; pois todos tais males, como vimos, pertencem somente ao Animado, à Parelha.
Mas há uma dificuldade em compreender como a Alma pode ir sem culpa se nossa mentação e raciocínio estão investidas nela: por toda esta espécie inferior de conhecimento é desilusão e é a causa de muito do que é mal.
Quando tivermos feito mal é porque fomos (…) -
Plotino - Tratado 27,26 (IV, 3, 26) — A memória não pertence ao vivente
14 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
26. Supuesto que las sensaciones en acto sean el resultado de una acción dual, ese acto de sentir tendrá que ser — y de ahí que se le considere común (al alma y al cuerpo) — cual el acto de taladrar y de tejer; así, el alma que tiene la sensación representa al artesano y el cuerpo al órgano de que se sirve. El cuerpo, en tal función, toma carácter pasivo y no hace otra cosa que obedecer, en tanto el alma recibe la impronta del cuerpo, o producida por medio de él, para que el alma (…) -
Plotino - Tratado 51,4 (I, 8, 4) — Os males segundos: males dos corpos e vícios da alma
2 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroIgal
4 En cambio, la naturaleza de los cuerpos, por cuanto participa de materia, será un mal no primario. Porque, eso sí, los cuerpos poseen una forma inauténtica, están privados de vida, se destruyen unos a otros, es desordenado el movimiento que originan, son impedimento para el alma — para la actividad propia del alma — y eluden la sustancia, fluyendo como están constantemente: son un mal de segundo orden. Pero el alma no es mala por sí misma, y tampoco es mala toda ella. — ¿Pues cuál (…) -
Chauí (NR) – DECIFRAR UM HIEROGLIFO?
11 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroComo alcançar o sentido de textos escritos numa língua de que se perderam palavras, expressões idiomáticas e ornatos, em que o sentido de inúmeros vocábulos tornou-se incompreensível e da qual "não dispomos de dicionário, gramática nem retórica"? Com que forças venceremos "o tempo voraz que tudo abole da memória dos homens"? Com essas indagações, que pareceriam indicar um passado inacessível e sob as quais se adivinham os versos de Ovídio, Espinosa abre uma via de acesso ao pensamento de (…)
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Plotino - Tratado 35,1 (II, 8, 1) — Sobre a perspectiva. Exame de quatro explicações
19 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
1. ¿Cómo se explica que los objetos lejanos parezcan pequeños y que, situados a mucha distancia, semejen encontrarse en un lugar más cercano, en tanto que los objetos próximos se presentan en su tamaño y a la distancia verdadera? ¿Parecerán los objetos lejanos más pequeños a la vista porque la luz quiere reunirse con el ojo y adaptarse a la dimensión de la pupila? Podría suponerse que cuanto más alejada está la materia del objeto visto, tanto más llega al ojo la forma, pero aislada (…)