Míguez
6. Conviene, por tanto, que no exista una sola cosa, porque, de otro modo, todo permanecería oculto al no tener en el Uno forma alguna. Ni existiría ningún ser, si el Uno permaneciese inmóvil en sí mismo, ni habría la multiplicidad de seres que provienen del Uno, caso de no darse después de Él esa procesión de seres que tienen el rango de almas. E, igualmente, no conviene que las almas existan solas, esto es, sin hacer manifiesto lo que ellas mismas producen. Porque es propio de (…)
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aition / αἴτιον / aítion / aitía / causa / causação / culpa / anaitios / responsabilidade / ἐξαρτῶ / exarto / dependência / depender / Pratityasamutpada / originação dependente / satkaryavada / asatkaryavada
gr. αἴτιον, aítion (ou aitía): culpabilidade, responsabilidade, causa. O conhecimento de uma coisa, qualquer que seja, supõe que se possa lhe atribuir uma causa, cuja definição permitirá não somente explicar porque esta coisa é o que ela é, mas ainda compreender porque esta coisa é o que ela é, o que é sua razão de ser. (Luc Brisson )
gr. ἐξαρτῶ, exarto = depender, dependência
O oposto de satkaryavada na filosofia indiana é asatkaryavada, que geralmente é sustentado pelo budismo, e; a visão oposta ou oposta à vivartavada (dentro da estrutura de satkaryavada) é a teoria da transformação sustentada pelo sistema. Temos então:
satkaryavada | asatkaryavada |
o efeito preexiste na causa | o efeito existe independentemente da causa |
Advaita e Samkhya | Budismo, Mimansa, Nyaya-Vaisesika |
vivarta-vada | parinama-vada |
Advaita | Samkhya |
o efeito é pura ‘aparência’ | o efeito é uma verdadeira ‘transformação’ |
[Deutsch ]
Matérias
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Plotino - Tratado 6,6 (IV, 8, 6) — A potência herdada do Uno se estende à totalidade do real.
15 de maio de 2022, por Cardoso de Castro -
Thonnard: Leibniz
11 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroCARÁTER GERAL.
358. — A obra de Leibniz, complexa como o seu autor, parece ao mesmo tempo travar e impelir o espírito moderno; aparece primeiro como uma forte reação, em nome da doutrina tradicional, contra o individualismo e a crítica destrutiva de Descartes. Leibniz respeita e utiliza os antigos : o seu desejo é reencontrar o que ele chama a “Philosophia perennis“, constituída pelos elementos verdadeiros de todos os sistemas. O espírito geral parece, pois, anticartesiano, e poder-se-iam (…) -
Plotino - Tratado 38,16 (VI, 7, 16) — Em que sentido o inteligível é uma imagem do Bem?
27 de março de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
16. Es preciso que no permanezcamos en esta belleza múltiple; habrá que salir de este lugar, dar un salto de él y dejarle. Nuestra admiración nos llevará a preguntarnos: ¿quién engendró y cómo lo engendró, no este cielo sensible, sino el cielo inteligible? Cada una de las formas que sedan en él tiene su carácter propio y su sello especial; tiene algo común, que es como la forma del Bien que se impone a todas las formas. El ser es también común a todas las formas, que contienen (…) -
Plotino - Tratado 40,5 (II, 1, 5) — Sobre o demiurgo, a alma do mundo e a alma intelectiva
31 de maio de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
5. ¿A qué es debido que las partes del cielo subsistan y que, en cambio, no permanezcan los elementos y animales de la tierra? He aquí lo que dice Platón: "Unos provienen del Dios supremo, otros de los dioses salidos de éste; no es licito que conozcan su destrucción los seres que provienen de Aquél". O lo que es lo mismo, que a continuación del demiurgo viene el alma del cielo y luego las nuestras; una imagen de esa alma del cielo, que proviene de ella y deja fluir seres superiores, (…) -
Espinosa (E:I-Apend.) – Natureza e essência humanas
11 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro... Os homens comumente supõem que todas as coisas naturais, como eles próprios, obram por um fim, e inclusive afirmam como certo que Deus mesmo dirige todas as coisas a um certo fim: pois dizem que Deus fez todas as coisas para o homem, e ao homem para que o adorasse. Examinarei, pois, isto, buscando primeiro a causa pela qual a maior parte adere a este preconceito e estão todos inclinados pela natureza a desposá-lo; mostrarei depois sua falsidade, e finalmente, como nasceram disto os (…)
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Plotino - Tratado 40,1 (II, 1, 1) — Insuficiência dos argumentos do Timeu sobre a incorruptibilidade do céu
20 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castrotradução desde Míguez
1. Diz-se que o mundo é eterno e que teve e terá sempre o mesmo corpo. Se damos como razão disto a vontade de Deus, é possível que não nos enganemos, mas, contudo, não nos procuramos nenhuma evidência. Por outro lado, oferece-se a transformação dos elementos e, na terra, os animais são presas da destruição. Salvando-se dela tão somente a espécie, coisa que não se entenderá de outro modo no universo, pois o universo possui também um corpo, que sempre se mostra fugidio (…) -
Espinosa (E 5): caminho à liberdade
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroTomaz Tadeu
Passo, por fim, à outra parte da ética, que trata da maneira, ou seja, do caminho que conduz à liberdade. Nesta parte, tratarei, pois, da potência da razão, mostrando qual é o seu poder sobre os afetos e, depois, o que é a liberdade ou a beatitude da mente. Veremos, assim, o quanto o sábio é mais potente que o ignorante. De que maneira e por qual via, entretanto, deve-se aperfeiçoar o intelecto e por qual arte deve-se cuidar do corpo para que faça corretamente seu trabalho são (…) -
Plotino - Tratado 38,2 (VI, 7, 2) — Raciocínio, inteligível e formas
26 de março de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
2. Bajo estas premisas podremos llegar a comprender también la naturaleza de la inteligencia. Pero si vemos a ésta mucho mejor que cualquier otra cosa, no percibimos en cambio cuál es realmente su magnitud. Damos por cierto que la inteligencia aprehende la cosa misma, pero no lo que da razón de ella; y, caso de admitirlo, estimamos que aprehende la cosa y su razón separadamente. Para tomar un ejemplo, vemos al hombre y a su ojo como si se tratase de una estatua y del ojo de una (…) -
Cassirer: A CRISE NO CONHECIMENTO DO HOMEM SOBRE SI MESMO (4)
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroEm 1754, Denis Diderot publicou uma série de aforismos intitulada Pensées sur l’interprétation de la nature. Neste ensaio declarava que a superioridade da matemática no domínio da ciência já não é incontestada. A matemática, asseverava, alcançou tão alto grau de perfeição que já não é possível nenhum progresso; daqui por diante, permanecerá estacionária.
Nous touchons au moment d’une grande révolution dans les sciences. Au penchant que les esprits me paroissent avoir à la morale, aux (…) -
Plotino - Tratado 27,15 (IV, 3, 15) — Os diferentes níveis de descida da alma (1)
2 de abril de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
15. Las almas, pues, se precipitan fuera del mundo inteligible, descendiendo primero al cielo y tomando en él un cuerpo; luego, en su recorrido por el cielo, se acercan más o menos a los cuerpos de la tierra, a medida de su mayor o menor longitud. Así, unas pasan del cielo a los cuerpos inferiores y otras verifican el tránsito de unos a otros cuerpos porque no tienen el poder de elevarse de la tierra, siempre atraídas hacia ella por su misma pesadez y por el olvido que arrastran (…) -
Plotino - Tratado 51,8 (I, 8, 8) — A união da alma e do corpo
29 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroIgal
8 Y si alguno dijera que nosotros no nos hacemos malos a causa de la materia arguyendo que ni la ignorancia ni los apetitos depravados deben su existencia a la materia y que, aun suponiendo que su formación se deba a la mala condición del cuerpo, no es la materia la que los origina, sino la forma, como el calor y el frío, el sabor amargo o salado y los sabores de todas clases, así como también las plenificaciones o vaciamientos, y plenificaciones no simplemente, sino plenificaciones (…) -
Plotino - Tratado 1 (I,6) - Sobre o belo (estrutura)
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroLaurent
PLOTIN, Traités 1-6. Paris: GF Flammarion, 2002, p. 237-239
Plano detalhado do tratado segundo seu recente tradutor para o francês, Jérôme Laurent:
Capítulo 1: Que espécies de coisas são belas; crítica da definição estoica da beleza. 1-11. Relembrando o Hípias maior e o Banquete. 12-20. Os corpos não são belos por si mesmos, mas por participação (methexis) a uma Forma (eidos). 21-25. Relembrando a tese estoica sobre o belo. 25-30. Consequências absurdas da definição do belo (…) -
Plotino - Tratado 51,2 (I, 8, 2) — A natureza do bem
31 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroIgal
2 De momento, expliquemos cuál sea la naturaleza del Bien en la. medida en que convenga a la presente discusión. El Bien es aquello de que están suspendidas todas las cosas y aquello que desean todos los seres teniéndolo por principio y estando necesitados de aquél. Él, en cambio, no está falto de nada, se basta a sí mismo, no necesita nada, es medida y límite de todas las cosas, dando de sí inteligencia, esencia, alma, vida y actividad centrada en la inteligencia. Y hasta aquí todas (…) -
Plotino - Tratado 26,6 (III, 6, 6) — Refutação da tese estoica segundo a qual o ser é corporal
28 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroBaracat
6. Foi dito que se deve considerar a essência inteligível, a que pertence toda ela à ordem da forma, como impassível. Mas, uma vez que também a matéria é uma das coisas incorpóreas, ainda que o seja de outro modo, deve-se investigar também a seu respeito, de que modo ela é, caso seja passível, como se diz, modificável de acordo com todas as coisas, ou se também ela deve ser concebida como impassível e qual é o modo de sua impassibilidade.
Primeiro, porém, é preciso que nós, que (…) -
Schopenhauer (MVR1:049-053) – espaço, tempo e matéria
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroQuem reconheceu a forma do princípio de razão que aparece no tempo puro como tal e na qual se baseia toda numeração e cálculo, também compreendeu toda a essência do tempo. Este nada mais é do que justamente aquela forma do princípio de razão, e não possui nenhuma outra propriedade. Sucessão é toda a sua essência. — Quem, ademais, conheceu o princípio de razão tal qual ele rege no mero espaço puramente intuído esgotou com isso toda a essência do espaço, visto que este é, por completo, (…)
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Plotino - Tratado 47,7 (III, 2, 7) — Não se deve culpar nem o universo nem a providência pelo mal
27 de maio de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
7-Comprendamos en primer lugar que el bien que buscamos en este mundo se halla en un ser mezclado de mal. No le exijamos, pues, que sea tan grande como el bien que se encuentra en el ser sin mezcla, ni busquemos el bien de los seres primeros en los seres que son segundos. Dado que el universo tiene un cuerpo, admitiremos que algo de él se incorpora al universo y sólo exigiremos la razón que pueda ofrecernos la mezcla, comprobando si nada le falta. Fijémonos en el más hermoso de los (…) -
Lavelle (Acte) – A metafísica busca redescobrir o ato primitivo do qual dependem meu próprio ser e o ser do mundo.
17 de novembro de 2020, por Cardoso de Castronossa tradução
O caminho que leva à metafísica é particularmente difícil. E poucos homens concordam em escalá-lo. Pois se trata de abolir tudo o que parece sustentar nossa existência, coisas visíveis, as imagens e todos os objetos usuais do interesse ou do desejo. O que procuramos alcançar é um princípio interior a que sempre demos o nome de ato, que gera tudo o que podemos ver, tocar ou sentir, que não se trata de conceber, mas de pôr em operação, e que, pelo sucesso ou fracasso de nossa (…) -
Brisson & Pradeau (Traités 1-6:95-96) – Sobre a imortalidade da alma
30 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castrotradução
Este segundo tratado de Plotino trata da alma. A tradição filosófica antiga sempre fez desta um objeto de predileção, lembrando-se unanimemente que a definição da alma era a condição de uma definição do homem e da vida humana, posto que o homem é uma alma antes de ser um corpo e que a alma é nele o sujeito das condutas como do conhecimento; mas os filósofos antigos adicionavam ainda que a definição da alma era uma das condições do estudo do conjunto dos seres vivos, na medida que (…) -
Espinosa (III, 32, Schol.): imagens enquanto afecções
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroTomaz Tadeu
Escólio. Vemos, assim, como a natureza dos homens está, em geral, disposta de tal maneira que eles têm comiseração pelos que vão mal; e inveja pelos que vão bem, com um ódio que será tanto maior (pela prop. prec.) quanto mais amarem a coisa que imaginam ser objeto de desfrute de um outro. Vemos, além disso, que da mesma propriedade da natureza humana, da qual se segue que os homens são misericordiosos, segue-se também que eles são invejosos e ambiciosos. Se quisermos, enfim, (…) -
Ponczek: livre arbítrio
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroAo contrário de Schopenhauer, que faz da vontade o pilar numênico de seu sistema filosófico, vendo-a como a coisa-em-si, Spinoza a considera tão-somente como uma ideia persistente que “ocupa o espaço mental”. Assim como dois corpos não podem ocupar a mesma extensão do espaço, as ideias, obedecendo à mesma ordem e conexão das coisas materiais, também se excluem momentaneamente podendo, a que prevalecer, associar-se à ação, devido a sua persistência.
Spinoza tampouco considera a vontade como (…)