Essa passagem do particular para o geral, da simples felicidade para um tipo de bem-estar cósmico, é muito perceptível no que é a alegria por excelência das espécies vivas: a sexualidade. No caso do prazer sexual, e na alegria que é indistinguível dele, fica claro — embora essa observação se aplique a todas as formas de prazer, embora talvez em menor grau — que o prazer não se esgota no benefício obtido por seus protagonistas, ou mesmo por seu único herói, no caso do prazer solitário. Há (…)
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felicidade etc
eudaimonia / εὐδαιμονία / εὐδαίμων / eudaimon / εὖ / well / Glück / Freude / Fröhlichkeit / félicité / felicidade / bonheur / felicidad / happiness / afortunado / bem-aventurado / bem-aventurança / μακαριότης / makariotes / bendito / beatitude / benedictio / bençãos / benção / μάκαρ / μακάριος
gr. εὐδαιμονία, eudaimonía: felicidade. A felicidade é o objetivo da sabedoria. O sábio é então eudaímon: feliz. Os pitagóricos, sob a influência da religião órfica, somam ao saber a felicidade pessoal; depois, Sócrates condena a curiosidade objetiva para substituí-la pela preocupação com a interioridade. Os dois autores que estabelecem os grandes sistemas de filosofia, Platão e Aristóteles, são herdeiros das duas correntes e têm em mira a metafísica e a moral, juntas. [Gobry ]
Matérias
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Rosset (2014) – sexo
23 de outubro, por Cardoso de Castro -
Existe Apenas o Um - Plotino e a Metafísica da Busca Espiritual
24 de março de 2022, por Cardoso de CastroPlotino, que viveu no século três, descreve o que talvez seja a mais coerente metafísica espiritual tanto da tradição ocidental quanto da oriental. Encontramos, em Plotino e em seu professor Amônio Sacas, um fluxo de elevada sabedoria e prática contemplativa que deriva dos antigos pitagóricos, de Sócrates e da posterior cultura grega, atingindo o pensamento místico europeu. Heidegger, por exemplo, reflete claramente a transmissão intelectual e espiritual de Plotino, a linhagem neoplatônica, (…)
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Rosset (2014) – alegria
23 de outubro, por Cardoso de CastroUma das marcas mais certas da alegria é, para usar um termo que tem ressonâncias infelizes em muitos aspectos, seu caráter totalitário. O regime da alegria é o de tudo ou nada: não há alegria que não seja total ou zero (e eu acrescentaria, antecipando o restante de minhas observações, que não há alegria que não seja total e, de certa forma, zero). A pessoa alegre certamente se alegra com isso ou aquilo em particular; mas se a questionarmos mais a fundo, logo descobriremos que ela também se (…)
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Rosset (2014) – alegria de viver
23 de outubro, por Cardoso de CastroUma última observação antes de chegarmos à questão mais crucial: a alegria de que estamos falando aqui não é de forma alguma distinta da alegria de viver, do simples prazer de existir (mesmo que uma análise deste último revele nele um regozijo bastante complexo: um prazer extraído mais do fato de que há existência em geral do que do fato da existência pessoal). Isso é certamente uma confusão, mas uma confusão deliberada e intencional, baseada na ideia de que não há diferença entre alegria e (…)
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Plotino - Tratado 46,7 (I, 4, 7) — A felicidade permanece intacta quando os males sobrevêm
9 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
7 Entonces, ¿por qué el hombre que vive feliz desea la presencia de estas cosas y rechaza las contrarias? Responderemos que no es porque contribuyan a la felicidad en parte alguna, sino más bien a la existencia, mientras las contrarias o contribuyen a la no existencia o son, con su presencia, un estorbo para el fin, no porque le priven de él, sino porque quien tiene lo mejor, quiere tener eso solo, y no junto con ello, otra cosa que, cuando está presente, no le priva de lo mejor, es (…) -
Plotino - Tratado 46,6 (I, 4, 6) — Deve-se buscar alcançar o fim único que é o bem verdadeiro
9 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
6 La respuesta es que, si nuestra doctrina admitiera que el ser feliz consiste en no tener dolores, ni enfermedades ni desdichas y en no caer en grandes desventuras, nadie podría ser feliz en presencia de las cosas contrarias. Pero si la felicidad estriba en la posesión del bien verdadero, ¿por qué, prescindiendo de éste y de mirar a éste como criterio de vida feliz, hemos de andar en busca de los demás bienes, que no entran en la cuenta de la felicidad? Porque si la felicidad (…) -
Plotino - Tratado 36,6 (I, 5, 6) — Quinta dificuldade
11 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
6 —Entonces, ¿qué decir del desdichado? ¿No es más desdichado con la prolongación? Y todas las otras cosas desagradables ¿no hacen mayor la desgracia con la prolongación del tiempo, por ejemplo los dolores duraderos, las penas y todas las cosas de este tipo?
Ahora bien, si estas cosas acrecientan el mal de este [5] modo, con el tiempo, ¿por qué las contrarias no acrecientan la felicidad del mismo modo?
—Es que, en el caso de las penas y dolores, sí cabe decir que el tiempo produce (…) -
Plotino - Tratado 46,5 (I, 4, 5) — Os males não põem em causa a felicidade? O lugar do corpo na busca da felicidade
9 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
5 Pero ¿qué decir de los dolores, de las enfermedades y de cuanto impide del todo la actividad? ¿Y si ni siquiera está uno consciente? Cosa que bien puede suceder por efecto de drogas o de ciertas enfermedades. En todos estos casos, ¿cómo podrá poseer la buena vida y la felicidad? Dejemos de lado pobrezas y deshonras. Aunque alguien podría objetarnos a la vista de estos males y a la vista, asimismo, de las proverbiales, más que ninguna, desdichas de Príamo. Porque, aun cuando uno (…) -
Plotino - Tratado 46,11 (I, 4, 11) — A vontade do sábio está voltada para o interior
10 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
11 A los que nos digan que ese tal ni siquiera vive, les responderemos que sí, que vive, pero que ellos no se dan cuenta de que ese tal es feliz, como ni de que vive. Y si no se persuaden, les pediremos que partan del supuesto de un hombre vivo y bueno antes de preguntarse si es feliz, en vez de aminorar primero su vida y luego preguntarse si vive una buena vida, en vez de anular primero al hombre y luego preguntarse por la felicidad del hombre, en vez de admitir primero que el (…) -
Plotino - Tratado 46,1 (I, 4, 1) — A felicidade pertence aos seres vivos outros que o homem?
11 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castrotradução desde MacKenna
1. Devemos fazer da Verdadeira Felicidade [eudaimonia] idêntica ao Bem-estar [eu zen] ou a Prosperidade e portanto ao alcance dos outros seres vivos [zoois] assim como nós mesmos?
Não há certamente nenhuma razão para negar o bem-estar a qualquer deles enquanto seu destino os permite florescer sem impedimentos segundo suas espécies.
Se fazemos do Bem-estar consistir em agradáveis condições de vida, ou na realização de alguma tarefa apropriada, por qualquer conta (…) -
Plotino - Tratado 36,5 (I, 5, 5) — Quarta dificuldade
11 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
5 —¿Cómo? Si uno fue feliz de principio a fin, otro en una etapa posterior y otro fue feliz anteriormente pero luego cambió, ¿tienen igual felicidad?
—Es que, en este caso, no todos los parangonados [5] son felices, sino que se compara a los no felices, cuando no eran felices, con el que es feliz. Si, pues, éste tiene alguna ventaja, tiene exactamente la ventaja que tiene el que es feliz comparado con los no felices, con lo que resulta que les aventaja por lo presente.
Bouillet (…) -
Plotino - Tratado 46,15 (I, 4, 15) — Os bens corporais não aumentam a felicidade do sábio
10 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
15 Pero supongamos que hubiera dos sabios y que uno de los dos estuviera dotado de cuantas cosas se dicen conformes con la naturaleza y el otro de las contrarias. ¿Diríamos que los dos gozan del mismo grado de felicidad?
Sí, si son sabios por igual. Y si uno de los dos es hermoso de cuerpo y es todas las demás cosas que no contribuyen a la sabiduría ni, en general, a la virtud, a la visión de lo perfecto y a ser perfecto, ¿de qué le sirven estas cosas? Ni él mismo, que las tiene, (…) -
Plotino - Tratado 46,3 (I, 4, 3) — A felicidade deve ser posta na vida
9 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
3 Expliquemos nosotros, desde el principio, en qué creemos que consiste la felicidad. Pues bien, si hiciéramos consistir la felicidad en una vida y entendiéramos «vida» unívocamente, con ello admitiríamos que todos los vivientes son susceptibles de felicidad, pero que viven bien en acto aquellos en los que estuviera presente una misma y única condición de la que todos los animales serían susceptibles por naturaleza, y no admitiríamos que el racional sí gozara de esa capacidad, pero no (…) -
Plotino - Tratado 46,2 (I, 4, 2) — É legítimo considerar a sensação e a razão como critérios da felicidade?
8 de junho de 2022, por Cardoso de Castrotradução
2. No entanto, se recusam a boa vida às plantas pela razão de que carecem de sensação, correm o risco de não concedê-la tampouco a todos os animais. Porque se fazem consistir a sensação em que a experiência seja consciente, é preciso que a experiência mesma seja boa antes que consciente; quer dizer, que guarde conformidade com a natureza, ainda quando não seja consciente, e que seja apropriada ainda quando o sujeito desconheça que é apropriada e que é prazerosa (isso sim, deve ser (…) -
Plotino - Tratado 47,5 (III, 2, 5) — Nada escapa à lei, às provações e às retribuições do universo
26 de maio de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
5- Si, pues, es posible a las almas alcanzar la felicidad en este mundo, no atribuiremos su desgracia al lugar en que ellas viven, sino a su incapacidad de afrontar con éxito este combate, en el que se nos ofrecen los premios de la virtud .
¿Tiene algo de extraño el no poseer la vida divina, si realmente no se es un ser divino? Digamos que la pobreza y la enfermedad nada significan para las almas buenas; son sólo una verdadera desdicha para los malos. Necesariamente los cuerpos (…) -
Plotino - Tratado 36,7 (I, 5, 7) — Sexta dificuldade
12 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
7. —Pero si no hay que tener en cuenta más que lo presenté sin sumarlo con lo pasado, ¿por qué no hacemos lo mismo en el caso del tiempo, sino que, sumando el pasado con el presente, decimos que es mayor? ¿Por qué, pues, no hemos de decir que la felicidad es tan grande como el tiempo transcurrido? Y así, podemos dividir la felicidad de acuerdo con las divisiones del tiempo. Además, si medimos la felicidad por el presente, la haremos indivisible.
—No, el tiempo no es absurdo (…) -
Plotino - Tratado 36,8 (I, 5, 8) — Sétima dificuldade
12 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
8. Y si alguno dijera que el recuerdo [mneme] de las cosas pasadas, perviviendo en el presente, incrementa la dicha de quien haya vivido en la felicidad [eudaimonia] durante más tiempo [Chronos], ¿qué querría decir con lo del recuerdo [mneme]? Porque o es el recuerdo de la sabiduría [phronesis] habida anteriormente, de modo que lo que querría decir es que es más sabio y no se atendría a la hipótesis, o se referiría al recuerdo del placer [hedone], como si el hombre feliz necesitara de (…) -
Plotino - Tratado 36,9 (I, 5, 9) — Oitava dificuldade
12 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
9. —Pero si el recuerdo fuera de las cosas excelentes, ¿cómo negar que, en este caso, tendría sentido?
—Pero eso es propio de un hombre que, en la actualidad, está falto de las cosas excelentes y que, por no tenerlas ahora, busca el recuerdo de las pasadas.
Bouillet
[9] Si l’on se rappelait des actes vertueux, ce souvenir ne contribuerait-il pas au bonheur?
Non : car ce souvenir ne peut se trouver que dans un homme qui n’a point de vertu présentement, et qui par cela même (…) -
Plotino - Tratado 36,10 (I, 5, 10) — Nona dificuldade
12 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
10. —Pero la prolongación del tiempo ocasiona numerosas acciones nobles, en las que no tiene parte el que es feliz por poco tiempo, si hay que llamar feliz en absoluto a quien no lo es gracias a que sus acciones nobles son muchas.
—Pero decir que la felicidad resulta de multitud de tiempos y de acciones, es constituir la felicidad como suma de los componentes ya no existentes, sino pasados, y de uno solo presente . Por eso hicimos depender la felicidad de lo presente y luego nos (…) -
Plotino - Tratado 46,12 (I, 4, 12) — O prazer é para o sábio a serenidade
10 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
12 Pero cuando se nos pregunte qué haya de placentero en este género de vida, que no vayan a exigirnos que estén presentes los placeres del libertino ni los del cuerpo — pues estos placeres no pueden estar presentes y ahuyentarían la felicidad — ni las sobre-excitaciones de gozo — ¿para qué?-, sino los placeres que acompañan a bienes presentes y que no consisten en movimientos ni procesos, porque los bienes están ya presentes, y él mismo está presente a sí mismo. El placer y la (…)