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ceticismo
quinta-feira 25 de janeiro de 2024
É, sobretudo na Antiguidade? que o ceticismo? pode ser? encontrado. Seu fundador é Pirro de Élis (360-270 a.C.). Segundo ele, não ocorre contato entre sujeito? e objeto?.
A apreensão do objeto é vedada à consciência cognoscente. Não há conhecimento?. De dois juízos contraditórios, um é exatamente tão verdadeiro quanto o outro. Isso representa uma negação das leis lógicas do pensamento?, em especial do princípio de contradição. Como não há juízo ou conhecimento verdadeiro, Pirro recomenda a suspensão do juízo, a epokhé.
Não tão radical quanto este ceticismo antigo ou pirrônico é o ceticismo médio ou acadêmico de Arcesilau (241 a.C.) e Carnéades (129 a.C.). Um conhecimento no sentido? estrito, segundo eles, é impossível. Sendo assim, não devo mais dizer que esta ou aquela proposição é verdadeira, mas sim que parece ser verdadeira, que é verossímil.
Portanto, não há certeza? no sentido estrito, mas apenas verossimilhança. Este ceticismo médio distingue-se do antigo exatamente por estabelecer a possibilidade? de se chegar a uma opinião verossímil.
O ceticismo mais recente, cujos principais representantes são Enesidemo (séc. I a.C.) e Sexto Empírico (séc. II d.C.), envereda novamente pelo caminho? do ceticismo pirrônico.
O ceticismo também pode ser encontrado na filosofia? moderna. O que encontramos aqui, porém, é um ceticismo mais específico e não aquele outro, radical e absoluto?.
No filósofo francês Montaigne (1592), deparamos com um ceticismo, sobretudo ético; em Hume , com um ceticismo metafísico. Em Bayle tampouco encontraremos um ceticismo no sentido de Pirro, mas, no máximo, no sentido do ceticismo médio. Em Descartes , que proclama os direitos da dúvida? metódica, temos um ceticismo metódico e não de princípio.