Physis^?/natureza^?/essência (physis)

I. Physis antes de Platão: o conceito^? de physis (“natureza”) já se encontrava como um termo^? fixo no contexto^? pré-socrático, mas também no contexto médico. Partindo do significado básico “aquilo que faz crescer” ou “o que é tal como cresceu” (em grego phyein/phyesthai — “fazer crescer”/“crescer”; cf. Aristóteles, Metafísica 1014b), a physis, no âmbito das coisas^? físicas naturais, denota a constituição ou essência de alguma coisa^? (por exemplo, Heráclito, DK 22 B 1), uma força criadora, divina (Empédocles, DK 31 B 126), um estado^? são, normativo (Corpus Hippocraticum, Defraeturis 1 [II 46,8 K.]), ou a predisposição pessoal ou a característica de um homem (Ésquilo, Prometheus desmôtês 489). Da noção de que o evento natural^? é determinado pela physis, de que ele se realiza e deve se realizar naturalmente (kata physin), os sofistas desenvolveram no século V a.C. as antíteses physis-nomos^? (lei^?, costume^?)/technê (perícia técnica/thesis^? (posição, convenção). Aqui, os opostos foram geralmente percebidos como restrições impeditivas da physis em si normativa. [SHÄFER]