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morte etc

  

thanatos / θάνατος / θάνατον / θνητός / thnetos / mortal / θνητοί / thnetoi / mortais / athanatos / ἀθάνατος / ἀθανασία / athanasia / ἀθάνατον / ἀποθνῄσκω / apothnesko / morrer / θνῄσκω / thnesko / πεθαίνω / pethaino / mrtyu / muerte / imortalidade / inmortalidad

gr. θάνατος, θάνατον = thanatos. "A morte é separação entre alma e corpo" (Fédon  ). "A morte nada é para nós" (Epicuro  ). "A morte não é um mal, mas o mal é a opinião de que a morte é um mal" (Epiteto  ).


gr. ἀθάνατος, athánatos: imortal, a incorruptibilidade da psyche; para a incorruptibilidade dos corpos naturais, ver aphthartos. gr. ἀθανασία, athanasía (he): imortalidade. Latim: immortalitas. Plotino   redigiu um de seus primeiros tratados (o segundo, de acordo com Porfírio  ) Sobre a imortalidade da alma (Peri athanasías psykhês) (IV,VII).
Uma das interrogações maiores às quais diferentes sistemas religiosos ensaiaram responder: o que sucede ao homem após a morte? Qualquer tentativa de cobrir tema tão vasto, quanto mais em páginas Internet, de maneira satisfatória é impossível. Deste modo escolhemos apenas alguns aspectos, de tradições privilegiadas neste site e de outras superficialmente tratadas, para reunir o que encontramos de significativo sobre a "questão da morte". A começar pelas considerações de René Guénon sobre a "morte antes da morte", ou a "morte iniciática", e o desdobramento dos eventos quando da morte.

Ananda Coomaraswamy

Cuando Muerte, la Persona en el Sol, el Soplo, abandona su sede en el corazón y parte (utkramati), nosotros somos «cortados». De aquí, con referencia a los dos sí mismos de Aitareya Aranyaka II.5, etc., la pregunta de Prashna Upanishad   VI.3, «Cuando yo parta, ¿en cuál (sí mismo) estaré yo partiendo (utkrantah)?».


La batalla se habrá ganado, en el sentido indio y en la terminología cristiana, cuando podamos decir con San Pablo  , «Vivo, pero no yo, sino Cristo en mí» (Gálatas 2:20), es decir, cuando «yo» estoy muerto, y no hay nadie para partir, sino el Dios inmanente, cuando el cuerpo y el alma se desintegran. Así pues, la filosofía es el arte de morir. «Los filósofos verdaderos son practicantes del morir, y la muerte es menos terrible para ellos que para todo los demás hombres... y puesto que están siempre muy anhelantes de liberar el Alma, la liberación y separación del alma y el cuerpo es su principal cuidado» (Fedón 67DE). De aquí el mandato «Morid antes de morir» (Mathnawi   VI.723 sig., y Angelus Silesius  , IV.77). Pues nosotros debemos «nacer de nuevo»; y un nacimiento al que no precede una muerte es inconcebible (Fedón 77C; Bhagavad Gita II.27, etc.). Este morir es a sí mismo. Se trata a la vez de una voluntad y de un método. [AKCMeta  , PNEUMATOLOGIA]
Plotino (a quien debió llamarse mucho más un platónico que un neo-platónico) sigue tan de cerca a Platón   en todas estas posiciones que no he considerado necesario citarle aquí. Se encontrará un admirable resumen de Plotino sobre «el Tiempo y la Eternidad» en Dean Inge, The Philosophy of Plotinus, 2a ed. 1923, 2.92-103. Incidentalmente, el Dean observa que «el tipo de inmortalidad que “la investigación física  ” trata de establecer, sería para él [para Plotino] una negación de la única inmortalidad que él desea y en la cual cree... Por otra parte, los neoplatónicos tampoco alientan la creencia de que la vida bienaventurada es un estado que sólo comenzará para el individuo cuando el curso terrenal de toda la raza humana haya alcanzado su término». Ciertamente, se ha reconocido a menudo que la posición de Plotino es enteramente india; de ello no se sigue, en modo alguno, que Plotino haya derivado de la India muchas, o algunas partes de su doctrina. [AKCTE  ]

Pierre Gordon

A imagem antiga do mundo se apoia sobre esta ideia subjacente que o homem sobrevive depois do que denominamos a morte. A origem desta noção fundamental não foi jamais claramente compreendida até aqui porque se raciocinou como se o ser humano, lançado desde o início no universo das sensações, tivesse que imaginar todas as peças de um outro mundo e descobrir índices atestando a existência real. Esta teoria é estranha aos fatos. A certeza absoluta da imortalidade preexistiu à experiência da morte. Em outros termos, o homem de modo algum partiu da morte para alcançar — por uma série de hipóteses, de intuições ou de especulações (repousando antes de tudo sobre os sonhos) — à ideia incerta de uma sobrevivência. Ele se instalou, de pronto, graças à iniciação, no oceano da vida eterna; e a morte lhe apareceu, por aí mesmo, como uma coisa acidental, decorrente de maya, mas não afetando de modo algum sua própria natureza. Ou seja, a certeza da sobrevivência é a resultante, desde o começo, de que o homem em sua realidade verdadeira é um super-homem. Para o primeiro ancestral, alias para o primeiro-homem, eis aí uma evidência experimental. Seus descendentes se beneficiaram desta evidência graças aos ritos e às disciplinas iniciáticas, que restauravam neles o estado de super-homem, e, por esta via, os tornavam mestres da morte. A noção de sobrevivência é portanto tão primitiva quanto a humanidade, e as gerações longínquas, por conta de sua mentalidade ontológica, não tiveram que se debater sobre este ponto em nossas hesitações. Ninguém ignora de que maneira a certeza primitiva foi restaurada a este respeito, pelo fundador do cristianismo, que a apoiou conforme os princípios da nova iniciação, sobre uma experiência não mais ontológica e transcendente, mas espaço-temporal. [A IMAGEM DO MUNDO NA ANTIGUIDADE]

Orígenes

Logo como dissemos que a interpretação das parábolas e das similitudes não se prende a todos os detalhes destas parábolas e destas similitudes, mas somente a alguns, devemos igualmente demonstrar, na sequência de nossa exposição, que, quando se trata de peixes, no que concerne sua vida, é uma infelicidade que lhes sucede quando são descobertos na rede — pois é da vida que lhes deu sua natureza que são privados, e que são postos nos cestos ou lançados longe, não há para eles destino mais funesto que de perder sua vida de peixes. Ao contrário, segundo a interpretação da parábola, é uma infelicidade de se encontrar no mar e de não entrar na rede para ser posto nos cestos com os bons. Da mesma maneira, os peixes de má qualidade, são descartados e se joga eles longe, mas os maus que concerne a similitude proposta, são «lançados na fornalha de fogo», a fim de que isto que escreveu Ezequiel a respeito da fornalha lhes suceda a eles também: «E a palavra de Deus me chegou também: Filho do homem, eis, que para mim todos os habitantes da casa de Israel se tornaram uma mistura de bronze e de ferro... e em seguida, até: ... e sabereis que eu o Senhor, despejei minha cólera sobre vós» (Ez 22,17-22). [COMENTÁRIOS SOBRE MATEUS]

Roberto Pla

Os termos morrer e viver, estar morto e ser Vivente, se utilizam comumente no NT e provavelmente no AT em muitos casos, com um sentido oculto que podemos denominar espiritual e que dá como consequência, em geral, uma significação inversa à que se entende do ponto de vista habitual. Este sentido oculto que interpreta viver, Vivente, por ter a vida eterna e morrer, estar morto, por figurar inscrito na vida temporal, mortal, foi bem entendido de maneira manifesta e não nos exime de agora tentar um trabalho exegético sobre ele.

Vivo, Vivente, é sempre o Filho do homem, o homem pneumático, posto que tem vida eterna na participação com o Pai. Daí que todo aquele que ouve a Palavra e a guarda recebe o fruto da Vida eterna e não tornará a saborear a morte (com toda carga de transfiguração da consciência — de identificação com o que em si mesmo é eterno — que isto significa). Por isso diz Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida" (Jo 5,24)

Por outro lado, estão mortos os que não ouvem a Palavra, os que não escutam a voz do Filho de Deus. Deles se diz que habitam em trevas e sombras de morte e se considera como mortos aos quem tenham como tarefa única, que enterrem a seus mortos, e isso certifica que o Adão psíquico-hílico vive só para morte.

Só a Boa Nova transmite seu convite esperançoso: todo aquele que é para morte no coração do homem, pode ser purificado mediante à ação metanoética [metanoia] das águas batismais do céu de abaixo, procedentes da nuvem, e depois, mediante uma depuração alquímica, ser todo ele consumido pelo fogo do conhecimento. A isto se denomina devorar o que está morto. O que resta depois desta difícil e necessária realização é uma chama de Luz viva, ou melhor, a consciência renascida, convertida em Vivente, como superior fruto de conversão. A isto se chama estar na luz.

A última proposição do logion 11: que fareis quando tendo engendrado o dois, estiverdes na luz? Tem uma resposta: trocar o dois em Um e converter-se no Filho do homem, enquanto ato decisivo de transfiguração da consciência. [breve 6750]


Daqueles que, por esta difícil transferência da consciência, alcançam a vida verdadeira e sem sombra da eternidade, se diz que “não saborearão a morte até que vejam vir ao Filho do homem, ou também: “até que vejam vir com poder o Reino de Deus”.

Sobre esta doutrina evangélica da necessária morte da alma como única via prévia para a vida eterna, há abundante informação neotestamentária, porque constitui o selo fundamental da Boa Nova. Se Jesus consumou a morte em seu corpo de Cristo manifesto, uma morte anunciada e promovida no plano de Deus, cumpriu com isto em paradigma o processo salvífico que é não em corpo senão em alma, embora as vezes também em corpo, corresponde a cada homem para converter em manifesto, em vida ressuscitada, o Cristo oculto que nele mora (v. Messias).

Acerca de ambas classes de morte para “glorificar a Deus”, a que requer o concurso da morte física e a que se basta com a morte da alma — mais cruenta e primeira, mas não menos atribulada a segunda — se pronuncia conjuntamente o quarto evangelho quando da última aparição de Jesus nas bordas do mar de Tiberíades. A Pedro revela Jesus muito explicitamente a classe de morte que ia sofrer para consumar assim em seu corpo, ademais de em sua alma, a manifestação do Cristo oculto; mas a João, “embora correu entre os irmãos” a voz de que havia dito o Mestre que “não morreria”, não foi isso em verdade o que Jesus o disse, senão que presenciaria “em vida”, antes de morrer corporalmente, a Vinda do Cristo que só exige como obra prévia a morte da alma, pois após ela se revela como manifesto o Cristo oculto.

Isso o explica muito bem Paulo Apóstolo em várias ocasiões:

  • ... pois nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. (2Cor 4:11)
  • Pois eu pela lei morri para a lei, a fim de viver para Deus. (Gal 2:19)
  • Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro. (Fil 1:21)
  • ... porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. (Col 3:3)

Por último cabe recordar aquele EXCERTOS DE TEODOTO que foi recompilado por Clemente de Alexandria  :

“Aquele a quem Cristo regenera é transferido à Vida, e estes regenerados morrem para o mundo mas vivem em Deus, a fim de que a morte seja aniquilada pela morte e a corrupção pela ressurreição”. [Evangelho de Tomé - Logion 85]

Juan Luis Vives

Destruídos ou tornados deficientes os instrumentos, a vida cessa e sobrevêm a morte, do mesmo modo que, deteriorados ou perdidos o martelo, bigorna, tenazes e outras ferramentas de uma fábrica, esta cessa e o fabricante fica inativo. É, pois, a morte "a falta dos instrumentos da alma, pelos quais a vida se prolonga". Separa-se a alma, não por alguma desproporção entre ela e o corpo, como tampouco os unira mutuamente qualquer proporção ou correspondência. Entre mim e a pena com que escrevo não existe proporção alguma, a menos que se pretenda haver congruência entre o artífice como tal e o instrumento hábil de que se serve, coisa que não discutirei. (...)

Porém a morte do animal diferencia-se da do homem em que a alma daquele, do mesmo modo que o vigor de nossos sentidos, perece totalmente na morte, ao passo que nossa alma sobrevive a seu cadáver. Por isso podemos definir a morte do homem: "É o ato de desunir-se ou separar-se a alma do corpo".