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(…) como se entende o sistema moral de pano de fundo que informa a tomada de decisões em saúde? Existe uma “moralidade comum” à parte do contexto da assistência médica que fornece a justificativa final para qualquer teoria bioética em particular? Ou existem diversos sistemas morais, talvez ligados a diferentes tradições religiosas ou crenças filosóficas de fundo, que fornecem uma perspectiva crítica para transformar essa moralidade pública? A bioética deveria estar ligada a um tipo de raciocínio ético mais situado, surgindo da esfera da medicina e a uma fenomenologia dessa prática? As crenças morais de fundo e até as formas de raciocínio estão ligadas a estruturas patriarcais que foram mais opressivas do que libertadoras? E que papéis as narrativas mais amplas desempenharam nesse sistema de pano de fundo? Que papéis eles deveriam ou poderiam desempenhar? Como hermenêutico ou intérprete, o filósofo traz à linguagem e esclarece para o pensamento aquelas características consideradas essenciais à deliberação ética em saúde.
(KHUSHF, George. HANDBOOK OF BIOETHICS: TAKING STOCK OF THE FIELD FROM A PHILOSOPHICAL PERSPECTIVE. Dordrecht: Kluwer, 2004, p. 10)