Categoria: Schelling, Friedrich

  • SchellingPM Podemos considerar a doutrina de Lao-Tsé (Lao-Kium) sob uma perspectiva completamente diferente; ela é efetivamente especulativa num sentido totalmente distinto da moral política de Confúcio. Ambos (Confúcio e Lao-Tsé) foram contemporâneos, viveram no século VI antes de Cristo. Enquanto Confúcio se esforçava para reduzir toda teoria e sabedoria às bases antigas do Estado chinês,…

  • Jean-Louis Vieillard-Baron (USJJ6) Encontramos essas características da Alma do Mundo em Schelling, mas não no tratado intitulado Weltseele (1798), que mostrei ser de inspiração kantiana: é o Bruno que pertence verdadeiramente à tradição viva do platonismo. O que Schelling mostra é a perfeita convergência entre o idealismo e o verdadeiro materialismo. O idealismo é a…

  • C’est parce que l’absolu ne connaît pas encore cette division interne d’avec soi qui constitue la conscience qu’il demeure, chez Schelling, privé de celle-ci. « 11 L’histoire, dit Schelling, est « une manifestation jamais achevée de cet absolu qui se divise dans la conscience, c’est-à-dire seulement pour apparaître. » 11 C’est toujours l’identification du concept…

  • “Por que há alguma coisa e não antes o nada?” Esta famosa interrogação de Leibniz sobre o sentido de ser acontece, para Schelling, em toda a sua força de realidade no encontro com a indeterminação radical a que o homem está lançado. Pois o que este encontro propicia é a “negatividade” principial do devir. Em…

  • A filosofia moderna descobre com Descartes o seu princípio no momento em que, ao se perguntar pelo “começo”, pelo “primeiro” de todas as coisas, pergunta na referencialidade do para mim. A pergunta pelo primeiro e pela origem enuncia-se, então, da seguinte maneira: o que é o primeiro, a origem, para mim? O novo princípio consiste…

  • Como sentido de ser, o devir de si mesmo é movimento de busca e conquista. Ser não é um dado. Ser não é um ente e nem uma substância. É, ao contrário, o que foge e escapa em cada dado, ente e substância. Sobre este caráter “absurdamente” fugidio de ser, Pascal escreveu, numa passagem dos…

  • Partindo da exemplaridade humana, deve-se, agora, tentar desfazer um grande mal-entendido quanto ao papel privilegiado da condição humana no pensamento de Schelling. Parte importante da literatura dedicada à sua interpretação entende este papel como a vigência de um “princípio antropomórfico” em sua filosofia. Assim tomada, a “exemplaridade” humana explicitar-se-ia como o mero espelhamento de uma…

  • But even the eternal, as observed already earlier, is itself only the beginning of the beginning. It is not yet the real beginning. It is like the seed of a plant which, though containing the possibility of beginning the plant, is by no means itself that beginning. An actual beginning can only come from absolute…

  • “Na última e suprema instância não há nenhum outro ser, senão o querer. Querer é ser primordial, e a isto apenas (ou seja, o querer) ajustam-se todos os predicados do mesmo (ou seja, do ser primordial): profundidade insondável, eternidade, independência do tempo, auto-afirmação. Toda a filosofia apenas aspira no sentido de encontrar essa expressão máxima”…

  • Costuma-se denominar de passado o que fica para trás relativamente a um novo começo, a um novo presente. Contudo, o ficar para trás do passado não pode significar o que se perde definitivamente. Pois se fosse possível perdê-lo definitivamente não mais se poderia evocá-lo como passado e, desta maneira, atribuir-lhe presença mesmo tratando-se de uma…

  • É no Sistema do idealismo transcendental (1800) que Schelling vai apresentar o primeiro grande embasamento do termo intuição intelectual enquanto visão do começo absoluto de deus, da irrupção do absoluto em mundo e natureza. Este embasamento propicia as linhas fundamentais da chamada primeira filosofia ou filosofia negativa, que se define como tentativa de sistematização do…

  • Entendido como um “fora de si”, o “eu” descobre em seu princípio um “passado”, um antes da analogia de ser-como-alguma-coisa e, portanto, um antes de si mesmo. A suposição de um passado do eu exprime, desta maneira, a suposição de uma história do eu, de uma história da consciência. Esta suposição que identifica o pensamento…

  • Chegou-se a reconhecer em Schelling um precursor do pensamento existencial, na medida em que ele leva a seu acabamento a metafísica da subjetividade. Nas Investigações sobre a essência da liberdade humana de 1809, assim como na obra póstuma As idades do mundo (versão de 1815), aparece o tema da angústia, da vertigem que se apodera…

  • Toda tentativa de compreensão de uma filosofia consiste, essencialmente, na entrega à sua experiência de fundo. A sua primeira formulação é, portanto, o que deverá propiciar a visão prévia e cuidadosa, ou seja, a suposição orientadora da investigação. Formularemos, como experiência fundamental de que parte o pensamento de Schelling, a apreensão de ser como devir…

  • A filosofia tardia de Schelling, a sua filosofia “positiva” ou da liberdade está, de certa forma, ancorada no escrito inacabado que ele denominou de Eras do mundo. Tendo sido planejadas três grandes seções — passado, presente e futuro — Schelling só redigiu, de fato, a primeira, “O passado”, em duas versões (1811 e 1813). A…

  • Qual o propósito deste tratado e por que traz em seu pórtico esse título,1 o leitor ficará sabendo se tiver disposição ou curiosidade para ler o todo. Somente sobre dois pontos o autor julga necessário explicar-se antecipadamente, para que este ensaio não venha, eventualmente, a ser acolhido com preconceito. O primeiro é que nenhuma unidade…

  • A essência originária do homem é [ser] senhor de si mesmo = A, não o simples A, mas é o A que tem B em si mesmo, reconhecidamente apenas como matéria e, portanto, como potência, mas ao mesmo tempo como possibilidade de ser-outro, de não-ser-A. Neste A que [contém] B em si mesmo como poder,…

  • A segunda figura sob a qual o Deus único aparece é o Deus no momento da expansão, da separação (Auseinanderhalten), da tensão dos poderes, o Deus em seu desdobramento demiúrgico, em que ele mantém a tensão dos poderes ao mesmo tempo em que (sua) unidade. Esse segundo dos deuses inteligíveis é, no sistema egípcio, Ptah…

  • Resumo do Frei Hermógenes Harada, de Schelling – Filosofia da Revelação A mitologia é um processo teogônico que acontece na consciência do homem; O processo teogônico visa a reconstituição da unidade da consciência humana, desde os primórdios dilacerada pelas suas divisões e dicotomias. Neste sentido, a mitologia já visa uma “filo-sofia”, isto é, um retorno…

  • Il n’était pas possible de mettre à jour cet essai vieux de dix ans, sans le bouleverser entièrement. Son orientation reste peut-être valable, mais au prix d’une description trop courte : c’est la maquette d’un château dont on n’aurait représenté que l’escalier intérieur et la façade. N’ayant plus le loisir de placer les ailes ni…