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anabasis / ἀνάβασις / ascensus / anabaino / ἀναβαίνω / subir / catabasis / descensus / anábase / catábase / κατάβασις / κατάβασία / κατάβασεως / katabasis / katabasia / katabaseos / káthodos / κάθοδος / anagoge / ἀναγωγή / ἀνάγω / ascensão / airein / elevar-se / anabakkheúesthai / transe / psychanodia / taraqqi / nuzul / ταξίδι / taxidi / viagem / miraj / ἀναβαθμός / anabathmos / escada / escalera
gr. ἀνάβασις, anabasis = ascensão. Este movimento da alma é uma conversão ou, mais literalmente, um "remontar" que se opõe à processão pela qual uma parte da alma "se torna" corpo, ou, melhor, está associada intimamente à organização do corpo vivo. A anabasis corresponde à anodos do livro VII da República quando os prisioneiros deixam a caverna para descobrir a realidade verdadeira (517b4-5).
gr. κάθοδος, káthodos ou katabasis: descida, queda (da alma). O tema da subida (anabasis) e da descida (katabasis) no símile da caverna repercute na psicologia neoplatônica.
O mundo do Imaginal se situa a bem dizer em um duplo Intermundo tanto ao nível do arco da Descida (nozul, a passagem do Um ao múltiplo) quanto ao nível do arco da Subida pelo qual todos os seres criados aspiram
reunir -se a sua fonte original. Situado no arco da Descida este Intermundo é designado como a cidade de Jabalqa, quer dizer o mundo do Imaginal enquanto tal, precedendo assim ontologicamente o mundo dos fenômenos sensíveis. Mas em revanche, considerado sob o ângulo do Retorno, é a Cidade de sombra de Jabarsa. Está portanto situado no arco de Ascensão, quer dizer ao nível ontologicamente
posterior ao mundo
sensível , posto que
marca se se quer o
portal fatídico da ressurreição. É portanto o mundo além da post-mortem das formas atualizada da alma, o mundo dos
corpos sutis arquetípicos. Tudo isto que existia em potência na alma como as impressões sutis, originárias dos
hábito adquiridos, comportamentos morais, resultantes dos atos, aí aparecem sob formas conformes à
qualidade das impressões das quais elas procedem. Assim o Imaginal aparece no arco da Subida, constituído principalmente de corpos sutis e arquetípicos (jism mithali). Este poder de simbolização e de tipificação está ligado à
imaginação ativa da alma. É a alma (a Forma) que é princípio de individuação nos diz
Sadra Shirazi. Ela é assim «pura forma» e enquanto Forma, ela é também uma substância separada e independente da matéria do corpo físico. E como estas «Formas imaginativas» subsistem à maneira pela qual uma coisa subsiste por seu
agente ativo (fail) e não à maneira pela qual uma coisa persistiria por seu
receptáculo passivo (qalib), a Imaginação é essencialmente uma Imaginação ativa. [
Daryush Shayegan ,
ShayeganHC ]
gr. ἀναγωγή, anâgogé, do verbo anágein. Esta ascensão é um retorno à origem da alma. O termo figura nas últimas palavras que Plotino teria dito, segundo Porfírio : "Ele afirma que ele se esforçava por fazer ascender o divino que está em nós ao divino que está no Todo". gr. anagogikos = dirigindo ao mais elevado.
gr. aírein = elevar-se; lembra a força da inspiração poética que vem da divindade, segundo Platão Ion , 533e ss.
gr. anabakkheúesthai designa o transe dionisíaco; Platão compara os filósofos a bacantes (Fédon 69d1), na medida que a busca da verdade e da beleza deve suscitar em nossa alma uma paixão entusiasta.
“Processo” (carana) também pode ser representado como o ato de escalar ou subir; assim é que chamamos ao alto da árvore escalando os mundos degrau por degrau (akramanair akramanah, Jaiminiya Upanixade Brahmana I.3.2); lá o Sol ou Verdade está de guarda na porta dos mundos, esperando por quem subiu e esperando para dizer que se quem subiu possui asas consegue voar mas, se não possui, cai (Jaiminiya Upanixade Brahmana III.13.9, Pancavimsa Brahmana XIV.1.12; cf. V.3.5), o que equivale a dizer que, se consegue responder corretamente à pergunta “quem és tu-”, é admitido (Jaiminiya Upanixade Brahmana III. 14.5), mas se não consegue é arrastado pelos fatores do tempo (Jaiminiya Upanixade Brahmana III. 14.2; cf. Cant. 1.8, si ignoras te, egredere). [AKCcivi :Nota]
Matérias
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Ioan Couliano (EE:71-73) – Hénoch
8 de agosto, por Cardoso de Castro
Dans les textes tardifs, provenant de la Babylonie amoraïque, Hénoch est identifié à l’ange Métatron : « Hénoch... a été emporté par le Verbe de Dieu et a été établi aux cieux et s’est appelé dorénavant Métatron, le Grand Écrivain ».
Les informations de la Genèse 5,18-24 sur Hénoch ont créé une riche série d’interprétations légendaires autour de la figure mystérieuse du patriarche ravi par Dieu. Il est capable de monter aux cieux pour apprendre les secrets astronomiques, pour contempler (...)
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Plotino - Tratado 27,17 (IV, 3, 17) — Os diferentes níveis de descida da alma (3)
20 de abril de 2022, por Cardoso de Castro
Cap 12-19: As almas humanas Cap 12: Sua descida não é total mas cíclica Cap 13: Sua descida obedece a uma lei Cap 14: As almas são o ornamento do mundo Cap 15 a 17: Os diferentes níveis de descida Cap 18: O uso do raciocínio Cap 19: Um comentário do Timeu 35a-b
Míguez
17. Podría probarse, por el razonamiento que ligue, que las almas, al abandonar la región inteligible, se dirigen primeramente al cielo. Porque si, realmente, el cielo es lo mejor que hay en la región sensible, ello (...)
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Plotino - Tratado 45,11 (III, 7, 11) — O tempo resulta da descida da alma
21 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Cap 11: O tempo resulta da descida da alma linhas 1-11: Introdução: é necessário examinar como o tempo apareceu em seguida da eternidade linhas 12-27: A aparição do tempo resulta da descida da alma que abandonou a eternidade linhas 27-35: Descendo, a alma produz o mundo que está também no tempo linhas 35-45: Como a extensão temporal e a sucessão resultam desta descida linhas 45-59: Em qual sentido o tempo é uma imagem da eternidade (Timeu 37d5) linhas 59-62: A relação da alma e do tempo é (...)
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Plotino - Tratado 5,2 (V, 9, 2) — Qual é o lugar além do mundo d’aqui de baixo?
15 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 2: Qual é o lugar além do mundo daqui de baixo, e como aí alcançar? 1-10. A busca pelo belo: da beleza dos corpos até aquilo que é primeiro e belo em si. 10-23. A beleza dos corpos depende da alma; a beleza da alma depende do Intelecto que é belo por ele mesmo. 23-27. Deve-se parar no Intelecto ou bem avançar ainda além dele?
Míguez
2. Pero, ¿cuál es esta región? ¿Y cómo podrá llegarse a ella? Podrá llegar a ella el que sea de naturaleza amorosa y, ya desde un principio, (...)
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Plotino - Tratado 28,29 (IV, 4, 29) — A separação da alma e do corpo
10 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulos 18-29: O prazer e a dor, o desejo e a cólera em sua relação à união da alma e do corpo. Cap 18: A união da alma e do corpo comparada ao ar aquecido (alma vegetativa) ou iluminado (alma descida) Cap 19: O prazer e a dor Cap 20-21: O desejo Cap 22-27: Digressão. A questão da alma vegetativa posta em relação a este vivente divino que é a terra Cap 22: Questão: É que a terra pode ter sensações? Cap 23-26: Sabe-se que a sensação não pode se fazer sem órgãos e tem por meta a utilidade (...)
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Plotino - Tratado 10,10 (V, 1, 10) — Toda alma individual guarda nela mesma uma imagem das três hipóstases
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 10: Toda alma individual guarda nela mesma uma imagem das três hipóstases 1-10. O Uno, o Intelecto e a Alma se encontram não somente na realidade, mas também "em nós", na nossa alma. 10-21. A faculdade racional de nossa alma permanece sempre no mundo inteligível, mesmo quando o "resto" da alma desce ao corpo. eis porque ela é "em si", "no exterior" do corpo. 21-31. É preciso que a alma em seu conjunto se separe do corpo em eliminando toda "inclinação" para os os sensíveis, para (...)
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Plotino - Tratado 20,1 (I, 3, 1) — A dialética como método de escalada
17 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 1. A dialética como método de escalada: o músico, o amante e o filósofo. 1-2. A dialética é o método que faz subir onde é preciso ir. 2-5. A meta da escalada: o Bem. 5-10: O músico, o amante e o filósofo que evoca o Fédro são aqueles que se elevam. 11-15. A explicação da escalada e as duas etapas. 20-35. O músico emocionado pelo belo.
Tradução desde MacKenna
1. Que arte há, que método, que disciplina para nos aportar aí onde devemos ir?
O Termo que devemos alcançar podemos (...)
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Plotino - Tratado 6,4 (IV, 8, 4) — A queda das almas individuais
15 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 4: A queda das almas individuais. 1-10. A dualidade das almas individuais: por sua parte superior, podem habitar aqui lá, próximo a Alma universal. 10-25. O isolamento e a queda das almas. 25-35. O caráter "anfíbio" das almas, que vivem aqui permanecendo lá. 35-42. Comentário da produção e da semeadura das almas no Timeu.
Míguez
4. En cuanto a las almas individuales se sirven de su inclinación intelectual para retornar al lugar de su procedencia, aunque dispongan de un (...)
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Plotino - Tratado 2,13 (IV, 7, 13) — Como a alma vem ao corpo?
14 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 13: Como a alma vem ao corpo? A alma do mundo vem ao corpo sem estar no corpo: ela produz, embeleza e dirige todas as coisas no mundo.
tradução
13. Como, portanto, posto que o inteligível é separado, a alma vem ao corpo?
Da maneira seguinte: tudo o que é intelecto puro não cessa, impassível, de conduzir uma vida somente intelectiva nos inteligíveis e permanece sempre aí — pois não tem nem tendência nem desejo. Mas o que vem em seguida após este intelecto e que comporta, a (...)
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Plotino - Tratado 38,31 (VI, 7, 31) — A subida da alma para o Bem
27 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulos 31-42: O Bem está na origem e na fonte da vida, do Intelecto e da alma: eis porque é desprovido de pensar, de conhecimento e de ser. Cap 31: A subida alma para o Bem. Cap 32-33: A alma se dirige para o que é desprovido de forma, pois aí está a fonte de toda beleza e de todo desejo. Cap 34-35: Indo além do Intelecto, a alma realiza a união com ela mesma e reencontra seu princípio. Cap 36: Posição do problema: pode-se dizer que o Bem pensa? Cap 37: Exame e refutação da doutrina (...)
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Plotino - Tratado 53,13 (I, 1, 13) — Como a alma e o intelecto nos pertencem
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
(§13) O sujeito da investigação filosófica Resposta à questão reflexiva Movimento da alma e dinamismo do "Nós"
traduzindo MacKenna
13. E o princípio que raciocina estas matérias? É "Nós" ou a Alma?
"Nós", mas pela Alma.
Mas como "pela Alma"? Isto quer dizer que a Alma raciocina por possessão (pelo contato com matérias da investigação)?
Não; pelo fato de ser Alma. Seu Ato subsiste sem movimento; ou qualquer movimento que possa ser descrito para ela deve ser absolutamente (...)
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Plotino - Tratado 33,4 (II, 9, 4) — Contra a doutrina gnóstica sobre a produção e a destruição do mundo
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 4: Contra a doutrina gnóstica sobre a produção e a destruição do mundo. 1-12. Os gnósticos creem equivocadamente que a alma produz porque ela decaiu e se declinou. 12-15. A alma também não produz para ser honrada. 15-17. Se a alma usa da reflexão, como pode ela produzir? 17-22. A alma não destruirá o mundo sob pretexto de que ela se arrepende de havê-lo produzido. 22-32. O mundo não é mau, pois é a melhor imagem possível do inteligível.
Míguez
4. Podrá decirse también que el (...)
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Plotino - Tratado 45,12 (III, 7, 12) — A temporalidade do mundo sensível
21 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Cap 12, 1-15: Se a alma não tivesse deixado o mundo inteligível, não haveria tempo Cap 12, 15-22: A temporalidade do mundo sensível decorre da descida da alma, cujo ato é o tempo Cap 12, 22 a cap 13, 9: Interpretação do Timeu 38b-39d, de acordo com o que precede: o movimento do céu não é o tempo mas somente uma medida do tempo, que o torna visível
Míguez
12. Debemos pensar la naturaleza del tiempo como un avance progresivo de la vida del alma según cambios uniformes y semejantes (...)
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Plotino - Tratado 26,6 (III, 6, 6) — Refutação da tese estoica segundo a qual o ser é corporal
28 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
1-7: Anúncio dos capítulos que seguem: e qual sentido a matéria é impensável? 7-11: É preciso refutar o sentido comum (e os estoicos) que se enganam sobre a natureza do ser 11-14: O ser real é a totalidade a qual nada falta; ele é a causa do que aparece. 14-23: O ser vive e pensa; toda adição seria para ele a adjunção de um não-ser 23-32: A vida e o intelecto não podem destacar-se do que é inferior ao ser. O ser não é portanto um corpo 33-41: Objeção de um auditor "materialista": como (...)
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Plotino - Tratado 18,1 (V, 7, 1) — Há uma Ideia dos seres individuais?
17 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 1. Há uma Ideia dos seres individuais? 1-5: Existe um "Sócrates em si" no mundo inteligível 6-16: Como evitar que haja um número ilimitado de modelos? A solução do retorno dos "períodos determinados" e a metensomatose 17-27: O papel das razões seminais na transmissão da individualidade; "não é preciso temer a infinidade no inteligível"
Míguez
1. ¿Existen ideas de las cosas particulares? Porque si yo cada uno de nosotros podemos elevarnos a lo inteligible que mi principio y (...)
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Attar (CP:43-46) – Discurso da poupa aos pássaros
1º de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Assim que a poupa terminou o seu discurso, os pássaros puseram-se agitados, sonhando com a majestade e a glória daquele rei, e, tomados pela ânsia de tê-lo como seu próprio soberano, ficaram impacientes para partir. Fizeram, assim, seu projeto de viagem e resolveram ir juntos; cada qual tornou-se um amigo do outro e um inimigo de si mesmo.
Machado & Rizek
Todos os pássaros do mundo, tanto os conhecidos como os desconhecidos, reuniram-se e tiveram entre si estas palavras: “Não há (...)
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Plotino - Tratado 27,16 (IV, 3, 16) — Os diferentes níveis de descida da alma (2)
20 de abril de 2022, por Cardoso de Castro
Cap 12-19: As almas humanas Cap 12: Sua descida não é total mas cíclica Cap 13: Sua descida obedece a uma lei Cap 14: As almas são o ornamento do mundo Cap 15 a 17: Os diferentes níveis de descida Cap 18: O uso do raciocínio Cap 19: Um comentário do Timeu 35a-b
Míguez
16. Los castigos que, en orden a la justicia, acontecen a los malos, conviene referirlos a esta ordenación, que es la verdaderamente debida. Pero, ¿y en cuanto a los males que, en forma de castigos, de escasez de (...)
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Plotino - Tratado 52,9 (II, 3, 9) — Abandonado a sua alma inferior, o homem se torna escravo do destino
1º de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Cap. 9-15: A influência dos astros é limitada. 9. Se o homem se abandona a sua alma inferior, ele se torna escravo do destino e dos signos que enviam os astros; se ele se abandona ao divino, nada pode ser mestre dele.
Míguez
9. Vayamos, ahora al ejemplo del huso, que fue considerado por unos, ya desde antiguo, como un huso que trabajan las Parcas, y por Platón como una representación de la esfera celeste; las Parcas y la Necesidad, su madre, eran las encargadas de hacerle girar, (...)
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Plotino - Tratado 27,15 (IV, 3, 15) — Os diferentes níveis de descida da alma (1)
2 de abril de 2022, por Cardoso de Castro
Cap 12-19: As almas humanas Cap 12: Sua descida não é total mas cíclica Cap 13: Sua descida obedece a uma lei Cap 14: As almas são o ornamento do mundo Cap 15 a 17: Os diferentes níveis de descida Cap 18: O uso do raciocínio Cap 19: Um comentário do Timeu 35a-b
Míguez
15. Las almas, pues, se precipitan fuera del mundo inteligible, descendiendo primero al cielo y tomando en él un cuerpo; luego, en su recorrido por el cielo, se acercan más o menos a los cuerpos de la tierra, a medida (...)
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Plotino - Tratado 15,3 (III, 4, 3) — O demônio que se é e o demônio que se tem
24 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 3: O demônio que se é e o demônio que se tem. 1-3. Correspondências entre os modos de vida e as reencarnações (continuação): que tipo de homem se torna um demônio (o demônio que se é). 3-5. Definição do demônio que se tem: é o princípio imediatamente superior à parte que é ativa no homem durante sua vida. 5-8. Ilustrações deste princípio 8-25. Consequência: somos nós que escolhemos este demônio e a alma pode assim abandonar, ou se elevar ao mais alto. 25-27. Precisão: a parte da (...)