Antropologia Filosófica Ernst Cassirer Trad. Vicente Felix de Queiroz Editora Mestre Jou 1972
Parece ser universalmente admitido que a meta mais elevada da indagação filosófica é o conhecimento de si próprio. Em todos os conflitos travados entre as diferentes escolas filosóficas, este objetivo permaneceu invariável e inabalado: revelou-se o ponto de Arquimedes, o centro fixo e imutável, de todo pensamento. Nem mesmo os mais céticos pensadores negaram a possibilidade e a necessidade do (…)
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axioma etc
axioma / ἀξίωμα / αξιώματα / axiomata
Valor sem avaliação, estima sem estimação, é o que diz também e melhor ainda a palavra grega axioma (ἀξίωμα). [Heidegger ]
Matérias
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Cassirer: A CRISE NO CONHECIMENTO DO HOMEM SOBRE SI MESMO
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro -
Barbuy: visão filosófica
7 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroToda a filosofia reflete uma visão fundamental, que é ao mesmo tempo religiosa, intelectiva, volitiva e emotiva. Estes elementos são inseparáveis, embora, didaticamente, se possa distinguir entre a intuição intelectiva e a volitiva, entre a intuição emotiva e a religiosa. A intuição intelectiva recebe as verdades racionais e os primeiros princípios da Inteligência; é por exemplo a intuição que nos diz que o que é, é, e o que não é, não é; que não se pode afirmar e negar o mesmo do mesmo, ao (…)
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Plotino - Tratado 31,6 (V, 8, 6) — A verdade é conhecida intuitivamente
15 de junho de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
6. A esto llegaron, en mi opinión, los sabios de Egipto, bien medio de una ciencia exacta, bien de una manera natural. Y así, respecto a las cosas que quieren mostrar con sabiduría, no se sirven de tipos de letras que se desenvuelven en discursos y en proposiciones, representando a la vez sonidos y palabras, sino que dibujan imágenes, cada una de las cuales se refiere a una cosa distinta. Estas imágenes son grabadas en los templos para dar a conocer el detalle de cada cosa, modo que (…) -
Grassi : A demonstração como essência do conhecimento
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro4. A demonstração como essência do conhecimento: linguagem apodítica. A natureza indemonstrável dos princípios: linguagem semântica
Agora, outra pergunta faz-se necessária: como alcançamos o conhecimento e, com isso, o "em-si" dos fenômenos? Será somente através de um processo pragmático? Ou apenas pela tentativa de enfrentar pragmaticamente as coisas? Que papel desempenha o "logos", a palavra, o sinal audível?
Em última análise, o conhecimento não pode ser adquirido pragmaticamente, (…) -
Cassirer: Kant - as grandes idéias centrais
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroExcertos do capítulo referente à "Crítica da Razão Pura", do livro "Kant, Vida y Doctrina" de Ernst Cassirer. Trad. Wenceslao Roces. Fondo de Cultura Económica, 1948.
LAS GRANDES IDEAS CENTRALES
Las reflexiones de la crítica de la razón parten del concepto de la metafísica y de las vicisitudes por las que este concepto ha atravesado a lo largo de los tiempos y en el cambio de éstos. La contradicción interna por la que pasa toda la historia de la metafísica consiste en que esta (…) -
Grassi: II. Linguagem semântica arcaica
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro1. A linguagem da sibila de cumae
Nossas discussões anteriores nos levaram a uma dupla conclusão: a linguagem racional, demonstrativa, explicativa não é originária: ela tem suas raízes na linguagem semântica e referente, que é extraída diretamente da fonte de "sinais" arcaicos. Para descobrir a estrutura dessa linguagem originária e sua relação com a "imagem", analisaremos agora a essência da linguagem pré-filosófíca.
Até agora não foi esclarecida a relação entre causas últimas, axiomas (…) -
Plotino - Tratado 32,1 (V, 5, 1) — Porque os inteligíveis não podem se encontrar fora do Intelecto
19 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
1. En cuanto a la Inteligencia, a la verdadera y real Inteligencia, ¿podría ciertamente equivocarse y no formular juicios verdaderos? De ningún modo. Porque, ¿cómo sería Inteligencia careciendo de las facultades de ella? Conviene, por lo pronto, que sepa siempre y que no olvide en ningún momento; su saber, pues, no estará hecho de conjetura, ni de ambigüedad, ni será, por decirlo de otro modo, un saber de oídas. Tampoco podría decirse que trabaja con la demostración, porque si se (…) -
Barbuy: Da negação verbal do ser
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroAs preocupações do pensamento posterior a Kant foram de ordem fenomênica, não de ordem ontológica. Desde que o fenomenismo, com a exclusão teórica do ser substancial se instaura no seio mesmo da filosofia contemporânea, marcada pelo subjetivismo, não tarda que o sujeito do conhecimento se negue verbalmente pelo seu próprio objeto, sendo assim o fenomenismo subjetivo sucedido pelo fenomenismo pseudo-objetivo.
O espírito científico-naturalista, o qual é tanto uma negação da inteligência (…) -
Cassirer: A CRISE NO CONHECIMENTO DO HOMEM SOBRE SI MESMO (2)
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroEm certo sentido, essa primeira resposta sempre permaneceu a resposta clássica. O problema socrático e o método socrático jamais poderão ser esquecidos ou suprimidos. Por intermédio do pensamento platônico deixou sua marca (VIDE NOTA ABAIXO) em todo o desenvolvimento futuro da civilização. Não existe, talvez, meio mais seguro nem mais rápido de nos convencermos da profunda unidade e da perfeita continuidade do pensamento filosófico antigo do que o confronto desses primeiros estádios da (…)
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Espinosa (E II, 11): Pensamento constitui Mente
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroGrupo de Estudos Espinosanos
Proposição XI. O que, primeiramente, constitui o ser atual da Mente humana é nada outro que a ideia de uma coisa singular existente em ato.
Demonstração. A essência do homem (pelo corol. da prop. prec.) é constituída por modos certos dos atributos de Deus, e certamente (pelo ax. 2 desta parte), por modos do pensar, dentre todos os quais (pelo ax. 3 desta parte) a ideia é anterior por natureza e, dada, os outros modos (aos quais a ideia é anterior por (…) -
Dilthey (IPDC:84-85) – subsumir o vivido
17 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroO conhecimento da natureza converteu-se em ciência quando, no campo dos fenômenos dinâmicos, se conseguiu estabelecer equações entre causas e efeitos. Esta conexão da natureza segundo equações causais foi imposta ao nosso pensamento vivo pela ordem objectiva da natureza, representada nas percepções externas. A regra das mudanças de Heráclito, as relações numéricas dos sons e das trajectórias dos astros dos Pitagóricos, a conservação da massa e a homogeneidade do universo de Anaxágoras, a (…)
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Espinosa (E 1, 30): intelecto
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroTomaz Tadeu
Proposição 30. Um intelecto, seja ele finito ou infinito em ato, deve abranger os atributos de Deus e as afecções de Deus, e nada mais.
Demonstração. Uma ideia verdadeira deve concordar com o seu ideado (pelo ax. 6), isto é (como é, por si mesmo, sabido), aquilo que está contido objetivamente no intelecto deve existir necessariamente na natureza.
Ora, na natureza (pelo corol. 1 da prop. 14), não há senão uma única substância, a saber, Deus, e não há outras afecções (pela (…) -
Szlezák (Plotino:97-99) – energeia em Plotino
2 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroA ferramenta conceitual decisiva por meio da qual Plotino quer tornar compreensível o desenvolvimento do Uno para o múltiplo, que, em última análise, é inexplicável, é a teoria da dupla ἐνέργεια. Cada coisa dispõe de uma ἐνέργεια que constitui o seu ser, e de uma segunda ἐνέργεια que é diferente da primeira, mas dela gerada. Por exemplo, no fogo podem ser distinguidos um calor essencial e um calor gerado do primeiro, transmitido a outros objetos (2, 27-33). Assim acontece também no Uno: em (…)
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Grassi: Sinais e espírito (II)
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro2. A "Signatura" dos fenômenos: a definição de J. Boehme da esfera "Espiritual"
Referimo-nos à tese de Muller de que a lei da causalidade (causa e efeito) é inadequada a uma explicação do fenômeno da vida, isto é, da função dos seus órgãos. Segundo o ponto de vista de Muller, os órgãos vivos só revelam as "formas" que são peculiares à vida. Isto leva à conclusão de que o ser vivo, e portanto também o homem, não pode transcender o mundo dos fenômenos; e que permanece fechado na estrutura (…)