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BaaderFG / Fermenta Cognitionis
Obra dividida em cadernos e subdividida em parágrafos, mas que não retrata nenhuma ordem sistemática do pensamento na disposição do texto. Os Fermenta são uma soma de significativas expressões que podem servir de "fermento " ao justo pensar. Não se trata de uma exposição sistemática de uma doutrina , mas de notações sugestivas, uma espécie de "fermento", excitações espirituais, regras de pensamento como de vida, germes — literalmente — suscetíveis de fecundar o espírito, incitando-o à reflexão.
Os temas mais caros a Baader estão todos presentes, de modo não ordenado, dentro de uma visão cristã católica, mas não papista. Ele procura reconciliar tradição e especulação, religião e filosofia, ciência e crença. Referenciando as principais fontes de seu pensamento, encontram-se a escola de Mestre Eckhart , que Baader conheceu através de Johannes Tauler , e principalmente Jacob Boehme que ele coloca acima de todos, e que ele descobriu através de Louis-Claude de Saint-Martin .
O problema da criação domina entre os temas tratados. O processo que reveste e sua significação na economia divina universal , se destacam nesta abordagem, mas longe do panteísmo que confunde criação e criatura: Baader nota que Deus é tudo e está em tudo na criação e na criatura, mas é distinto de uma e de outra, e nenhuma delas, em particular a criatura, não tem parte alguma na essência divina.
A criação é um mal e um bem. Mal porque a forma criatural é o resultado da queda, mas bem posto que uma parada nesta queda, nesta descida ao nada, oferecendo a possibilidade de uma reconquista, de um resgate. Daí a importância do tempo que permite por fragmentos e etapas sucessivas a recuperação do que estava perdido.
Se a saída de Deus, a passagem do incriado ao criado por intermediário da Sophia é objeto de várias considerações, muitas observações também são feitas sobre o problema da prevaricação e aquele da reintegração que a esta se associa. A passagem de um estado a outro por caminhos variados, complicados e sutis, requer um esforço de imaginação e de atenção. (resumo da apresentação de Eugene Susini)
Matérias
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Baader (FG:I.3) – só se é tentado por seu próprio desejo
22 de julho, por Cardoso de Castro
A inteligência se dispõe fazendo seu próprio caráter bom ou mau...
nossa tradução
Não é somente por este ato primitivo (universal e central) mas também por cada ato autônomo da inteligência, por cada ato particular realizado na vida temporal e traduzindo uma decisão livre desta inteligência, que vale o princípio segundo o qual ela se dispõe fazendo seu próprio caráter bom ou mau; e é preciso em consequência por esta posição ou destituição última, sucessiva ou realizada no tempo, uma (...)
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Baader (FG:I.4) – livre-arbítrio e liberdade
22 de julho, por Cardoso de Castro
La liberté dans l’homme n’est pas le libre arbitre : car le libre arbitre est le choix entre le bien et le mal, entre la liberté et l’esclavage.
On voit par suite clairement que lors de ce libre choix entre le bien et le mal, au cas où une tendance au mal existe déjà dans la créature, il se produit, au moment du choix tout au moins, une libération par rapport à l’influence déterminante de ce penchant mauvais, un arrêt et pour ainsi dire un silence de ce penchant ; on conçoit aussi que (...)
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Baader (FG:I.5) – ação liberadora
22 de julho, por Cardoso de Castro
[...] il lui [à l’homme] faut, du fait qu’il s’est au contraire adonné à l’erreur (à la vanité), reconstruire à nouveau en lui cette vérité et seulement par une destruction successive de cette erreur précisément. Or il est apparu clairement ici qu’il ne peut exercer cette fonction par une action personnelle seulement et sans le secours d’une action libératrice [...]
De même que, d’après ce qui précède, il n’est pas pour l’homme de vertu toute faite, il n’y a pas non plus pour lui de (...)
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Baader (FG:IV,§§18-19) – "razão" em Boehme e em Hegel
7 de setembro, por Cardoso de Castro
Fermenta Cognitionis, Livro IV, tr. Eugène Susini
§ 18
La différence de sens dans le mot raison chez J. Böhme et chez Hegel disparaît quand on considère que J. Böhme entend par raison presque toujours uniquement la raison créée qui s’est détournée de la raison divine ou absolue, alors que Hegel entend toujours au contraire uniquement la raison absolue même. Les deux penseurs posent du reste dans l’acte de l’union un anéantissement de la première raison, sauf que chez Hegel la raison (...)
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Baader (FG:I.1) – fazendo o bem, torna-se bom; fazendo o mal, torna-se mau
22 de julho, por Cardoso de Castro
“É em fazendo o bem que a gente se torna bom”, diz um escritor francês...
nossa tradução
“É em fazendo o bem que a gente se torna bom”, diz um escritor francês, e se poderia por conseguinte retornar a fórmula e dizer: « É em fazendo o mal que a gente se torna mau"". Mas se é unicamente por intermédio de minha colaboração e de minha ação pessoal que me torno bom ou mau (Escolha), que disponho meu caráter como bom ou mau, isso implica que antes deste ato não sou nenhum nem outro, quer (...)
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Baader (FG:I.1 nota a) – torno-me o princípio que me orienta
22 de julho, por Cardoso de Castro
É por intermédio de minha colaboração e de minha ação pessoal que me torno bom ou mau...
Antonio Carneiro
Esta expressão não deve de jeito nenhum ser tomada aqui no sentido absoluto como o fez Fichte por exemplo; se bem que este ato decida sobre o lugar (ou princípio) pelo qual me oriento e que se desenvolve em mim, me dominando e me formando, não é a ação que forma e cria esse princípio próprio: é porque não tenho de maneira direta nenhuma ideia desta ação. “Nescimus quia non (...)
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Baader (FG:I.2) – erro fundamental do panteísmo
22 de julho, por Cardoso de Castro
[...] separar em confundindo em lugar de distinguir em unindo, e confundir separando em lugar de unir em distinguindo.
nossa tradução
O espírito que se desviou de Deus (da unidade enquanto «unidade — princípio — centro»), que saiu desta unidade para viver nele mesmo, não pode mais, como já fiz notar em minha obra «sobre a força da adivinhação e da crença», senão separar em confundindo em lugar de distinguir em unindo, e confundir separando em lugar de unir em distinguindo. Desde (...)