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Namtchouwangdan

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Para encarar, nesse contexto, os destinos escatológicos das formas tradicionais, sob um ângulo menos conhecido, examinaremos os dois símbolos tibetanos, quase idênticos, do « Grande Hum » e do « Namtchouwangdan » — este último sendo expressamente ligado à doutrina cíclica do Kalachakra (ou « Roda da Existência que vem de « Shamballah » do século XI. As correspondências microcósmicas e macrocósmicas desses dois símbolos permitem, por adaptação ao período atual do ciclo, estudar o papel das diversas tradições ou sub tradições, atualmente em ação na « biologia » terrestre.

O Namtchouwangdan e o Grande Hum são símbolos quaternários — assim como se pode julgar segundo as figuras a seguir — que, como tais, são suscetíveis de se aplicar à divisão igualmente quaternária dos ciclos cósmicos e de suas sub múltiplas de diversas ordens.

São derivadas do ponto de vista principial [1] de Aum, que é a fonte da Manifestação Universal. Nesta etapa corresponde o estado sem distinção de castas. As etapas seguintes são: KRITA-YUGA; TRETA-YUGA; DWAPARA-YUGA; KALI-YUGA.

Mas, primeiramente, é necessário lembrar-se que o fim do ciclo comporta a passagem por uma etapa abaixo da distinção das castas, correspondente ao reino dos mais vis dos homens, os Tchandalas [2], que, segundo seu modo de geração (fecundação de uma mulher brâmane por um Shudra) correspondente à submissão voluntária das faculdades dos Brâmanes   às faculdades dos Shudras. Além disso, o poder soberano dos Tchandalas se estenderá ao conjunto da terra e da humanidade, para além dos diversos povos e Estados, e exceção feita somente para um pequeno número de homens. [Jean Robin  , Traduzido e anotado por Antonio Carneiro  ]

Observações

[1“principiel” em francês no texto, usado por Roland Barthes como relativo ao princípio quando é a causa de alguma coisa.

[2Les Pariah dans l’Humanité, par Louis Jacolliot, A. Lacroix & Cie. Éditeurs, Paris, 1876.