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sábio etc

  

spoudaios / σπουδαῖος / σπουδή / spoude / sábio / diligente / esforçado / sério

gr. σπουδαῖος, spoudaios = sábio, diligente, empenhado, esforçado; em oposição na Enéada II,9,9 aos "numerosos"[hoi polloi], o quais em lugar de se elevar aos picos, permanecem "mais humanos" [anthropikoteroi], destinados a produzir por seu trabalho o que é necessário à vida dos "mais convenientes" [epiekesteroi]. (Gandillac  )


Ananda Coomaraswamy

Cicerón, Academica 11.29, donde el (académico) Antíoco dice, «ningún hombre que fuera un ignorante del comienzo del conocimiento o del fin del apetito, y que por lo tanto no supiera desde donde ha comenzado o a donde tiene que llegar, podría ser un sabio (sapiens)». Jenofonte, The Memorabilia of Socrates   I.6.10 «[citação em grego]» = En primer lugar, pienso que es necesario ser semejante a dios, pero, en cualquier caso, estar tan cerca de lo divino como sea posible. [AKCHB  :Nota]

Christophe Andruzac

De uma maneira geral, as doutrinas do Oriente não distinguem a ordem do ser da ordem da vida espiritual comunicada quando da contemplação do divino, e mesmo utilizam frequentemente os conceitos da filosofia primeira para exprimir em um olhar de Sabedoria o coroamento espiritual do homem. Um certo número de expressões tomam todo seu sentido nesta perspectiva quando seriam não receptíveis segundo seu sentido literal: « A Identidade Suprema logo é a finalidade do ser «liberado», quer dizer desprendido das condições da existência individual humana assim como de todas as outras condições particulares e limitativas, que são vistas como tantos amarras». Ou ainda: «O ser [...tendo alcançado este estado] não tem mais individualidade própria; o homem transcendente não tem mais ação própria; o Sábio não tem nem mais um nome próprio, pois é um com o Todo». Estas frases exprimem a «realização espiritual» perfeita do Sábio que desfruta da contemplação e que de fato se torna de certa maneira «um» com o Ser Primeiro; mas o Sábio não perde nem não se «libera» de seu esse próprio: estaríamos no panteísmo. A contemplação metafísica perfeita (o «tocar», o «tigein» pelo Nous do Ser Primeiro) é seguramente um conhecimento «mais que humano»; se reconhecemos que o Ser Primeiro intervém na atuação do Nous, pode-se afirmar de certa maneira que ela não mais o fruto de uma «faculdade individual» [...] pois não pode estar nos limites do indivíduo de superar seus próprios limites» (Metafísica Oriental).

O que é o «estado incondicionado» do Sábio que foi gratificado deste «algo divino» (para responder a expressão de Aristóteles) cada vez que seu Nous «toca» a luz inefável do Ser Primeiro? Para o Sábio que contempla de uma maneira habitual (mas sem dúvida não permanente), que significa rejuntar-se a seu próprio «Si»? O que é seu supremo Si ao qual segundo Guénon o Sábio busca se identificar? [RENÉ GUÉNON, LA CONTEMPLATION MÉTAPHYSIQUE ET L’EXPÉRIENCE MYSTIQUE]