Baracat
1. Dizendo que as sensações não são afecções, mas atividades e juízos sobre os afectos, uma vez que as afecções ocorrem em algo outro, tal como, digamos, o corpo determinado, ao passo que o juízo ocorre na alma e não é uma afecção – porque, nesse caso, seria preciso ocorrer outro juízo e remontar sempre até o infinito tínhamos também aqui a dificuldade, em nada menor, de se o juízo enquanto juízo não recebe nada do que é julgado. Ora, se recebe uma impressão, foi afectado. Contudo, (…)
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prazer etc
hedone / ηδονή / hêdoné / ηδονίζομαι / ηδονισιμός / ηδονικός
gr. ηδονή, hêdoné: prazer. Não há em Platão condenação dos prazeres, mas uma reflexão sobre a maneira pela qual se pode dominá-los, quer dizer deles fazer uso. Os prazeres do corpo como os prazeres da alma devem ser ordenados a seus usos.
Antonio Caeiro
A ἡδονή é, tal como toda a afetação, constituída no tempo de um instante, um instante que não nos permite antecipar o tempo que lhe segue [είς τον ὕστερον χρόνον (Prot 353d1), τίχ ὕστερον γιγνόμενα (Prot., 353e1)]. Mas ο παραχρήμα não é experimentado como παραῆρμα. A ἡδονή é vivida como se fosse a única presença a ser sentida agora e no resto da nossa vida, como se a qualidade desse instante se sobrepusesse a todos os instantes que há para viver. O que faz ver a qualidade «instantânea» do πάθος é a sua transformação catastrófica numa afetação patológica de sentido contrário ao que esteve presente a fazer vida, como é o caso da transformação da ἡδονή em λύπη, que é o que acontece quando o que está a dar sentido à ἡδονή é πονηρία. [CaeiroArete]
Matérias
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Plotino - Tratado 26,1 (III, 6, 1) — Primeiras questões concernentes à impassibilidade
8 de maio, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 53,2 (I, 1, 2) — A alma é nela mesma impassível e não misturada: as afecções logo não podem lhe pertencer
9 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castrominha tradução
desde MacKenna
2. A primeira investigação nos obriga a considerar de partida a natureza da alma [psyche] - ou seja se uma distinção deve ser feita entre alma e alma essencial [psyche einai] [entre uma alma individual e a alma-espécie em si mesma].
Se uma tal distinção se dá, então a alma [no homem] é alguma espécie de composto [syntheron] e ao mesmo tempo podemos concordar que é um recipiente e - se só a razão [logos] permite - que todas as afetividades [pathe] e (…) -
Plotino - Tratado 26,4 (III, 6, 4) — O que é a potência passiva (pathetikon)?
27 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroBaracat
4. Devemos investigar a chamada parte afectiva da alma. De certo modo, já falamos dela lá onde, a propósito de todas as afecções que se originam nas partes irascível e desiderativa, explicávamos como é cada uma; entretanto, ainda é preciso falando sobre ela, considerando, em primeiro lugar, o que dizemos ser a parte afectiva da alma. Com efeito, diz-se que, universalmente, é aquilo onde as afecções parecem constituir-se; e são afecções as que são seguidas por prazeres ou tristezas. (…) -
Plotino - Tratado 46,5 (I, 4, 5) — Os males não põem em causa a felicidade? O lugar do corpo na busca da felicidade
9 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
5 Pero ¿qué decir de los dolores, de las enfermedades y de cuanto impide del todo la actividad? ¿Y si ni siquiera está uno consciente? Cosa que bien puede suceder por efecto de drogas o de ciertas enfermedades. En todos estos casos, ¿cómo podrá poseer la buena vida y la felicidad? Dejemos de lado pobrezas y deshonras. Aunque alguien podría objetarnos a la vista de estos males y a la vista, asimismo, de las proverbiales, más que ninguna, desdichas de Príamo. Porque, aun cuando uno (…) -
Plotino - Tratado 46,13 (I, 4, 13) — A visão do bem para o sábio não está suspensa pelo sofrimento
10 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
13 Tampoco sus actividades se verán entorpecidas por los vaivenes de la fortuna. Variarán, sí, con las vicisitudes de la fortuna; todas, empero, serán nobles, quizá tanto más nobles cuanto más críticas las circunstancias. Bien puede ser que, de entre las actividades consiguientes a las especulativas, sí se vean entorpecidas las concernientes a cosas particulares, como son las que realice tras deliberación y examen. Pero siempre tendrá a la mano y consigo la «enseñanza suprema», y más (…) -
Plotino - Tratado 38,27 (VI, 7, 27) — O Bem é, para cada realidade, o que vem antes dela
27 de março de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
27. ¿Qué es, por tanto, lo que debe acontecer a un ser para que tenga lo que le conviene? Diremos que una cierta forma. Porque la materia ha de poseer una forma, lo mismo que el alma la virtud, que es para ella una forma. ¿Es esta forma un bien para el ser, dado que resulta algo apropiado para él, a lo que le empuja su deseo? Contestaremos negativamente. Porque lo semejante también es propio de un ser y el hecho de que lo quiera y se regocije con él no permite afirmar que posea su (…) -
Plotino - Tratado 38,29 (VI, 7, 29) — O Bem procura uma forma de prazer
27 de março de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
29. Ahora bien; si el placer no acompaña al Bien, y si hay en el Bien y anterior al placer algo que origina el placer mismo, ¿cómo no iba a ser querido el Bien? Si decimos que es querido, decimos ya que es algo placentero. Pero, ¿es qué podría existir el Bien, podría ser posible si no fuese objeto de nuestro deseo? Si así fuese, tendríamos acaso el sentimiento de la presencia del Bien, pero no conoceríamos que está presente. ¿Hay algo que nos impide conocerlo y dejar de unir un (…) -
Plotino - Tratado 46,2 (I, 4, 2) — É legítimo considerar a sensação e a razão como critérios da felicidade?
8 de junho de 2022, por Cardoso de Castrotradução
2. No entanto, se recusam a boa vida às plantas pela razão de que carecem de sensação, correm o risco de não concedê-la tampouco a todos os animais. Porque se fazem consistir a sensação em que a experiência seja consciente, é preciso que a experiência mesma seja boa antes que consciente; quer dizer, que guarde conformidade com a natureza, ainda quando não seja consciente, e que seja apropriada ainda quando o sujeito desconheça que é apropriada e que é prazerosa (isso sim, deve ser (…) -
Plotino - Tratado 5,1 (V, 9, 1) — Três gêneros de homens e três concepções do saber
16 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
1. Todos los hombres, desde su comienzo, se sirven de los sentidos antes que de la inteligencia, recibiendo, por tanto, primeramente la impresión de las cosas sensibles. Unos se quedan aquí y, ya a lo largo de su vida, creen que las cosas sensibles son las primeras y las últimas; piensan, por ejemplo, que el dolor y el placer que de ellas deriva son el mal y el bien, por lo que estiman como suficiente continuar persiguiendo al uno y mantenerse alejados del otro. Los que de entre (…) -
Plotino - Tratado 46,1 (I, 4, 1) — A felicidade pertence aos seres vivos outros que o homem?
11 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castrotradução desde MacKenna
1. Devemos fazer da Verdadeira Felicidade [eudaimonia] idêntica ao Bem-estar [eu zen] ou a Prosperidade e portanto ao alcance dos outros seres vivos [zoois] assim como nós mesmos?
Não há certamente nenhuma razão para negar o bem-estar a qualquer deles enquanto seu destino os permite florescer sem impedimentos segundo suas espécies.
Se fazemos do Bem-estar consistir em agradáveis condições de vida, ou na realização de alguma tarefa apropriada, por qualquer conta (…) -
Plotino - Tratado 28,19 (IV, 4, 19) — O prazer e a dor
7 de maio de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
19. Lo que llamamos placer y dolor puede ser definido del modo siguiente: el dolor como un conocimiento del retroceso del cuerpo, privado ya de la imagen del alma; el placer como un conocimiento del ser animado de la imagen del alma instalada nuevamente en su cuerpo. He aquí, por ejemplo, que el cuerpo experimenta algo; el alma sensitiva, que se halla próxima a el, conoce la sensación y la da a conocer, a su vez, a la parte del alma en la que concluyen las sensaciones. Pero es el (…) -
Plotino - Tratado 38,30 (VI, 7, 30) — Mistura de prazer e inteligência
27 de março de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
30. ¿Conviene, por tanto, que mezclemos el placer al bien y que consideremos la vida como imperfecta? ¿O nos conviene ver ahora, aplicándonos por completo al Bien, si la vida es la contemplación de las cosas divinas y de su principio? 1
Cuando pensamos que el Bien descansa en la inteligencia como sujeto y en el sentimiento del alma como resultado de la actividad inteligente, no queremos afirmar con ello que el fin o el bien sea la reunión de ambos, esto es, que la Inteligencia sea (…) -
Plotino - Tratado 36,8 (I, 5, 8) — Sétima dificuldade
12 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
8. Y si alguno dijera que el recuerdo [mneme] de las cosas pasadas, perviviendo en el presente, incrementa la dicha de quien haya vivido en la felicidad [eudaimonia] durante más tiempo [Chronos], ¿qué querría decir con lo del recuerdo [mneme]? Porque o es el recuerdo de la sabiduría [phronesis] habida anteriormente, de modo que lo que querría decir es que es más sabio y no se atendría a la hipótesis, o se referiría al recuerdo del placer [hedone], como si el hombre feliz necesitara de (…) -
Plotino - Tratado 26,3 (III, 6, 3) — Discussão sobre as paixões: qual é a parte do corpo? da alma?
21 de maio de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
3. ¿Cómo clasificar, pues, las inclinaciones familiares y las disposiciones hostiles? ¿No significan distintos modos de ser, o estados pasivos, o movimientos del alma, tanto la pena como la cólera, el placer como el deseo o el temor? Acerca de esto convendría señalar algunas distinciones. Porque decir que no se producen alteraciones o que su percepción no es muy clara, es ir contra toda evidencia. Conviene aceptarlas y buscar en ese caso cuál es el sujeto que sufre los cambios. (…) -
Plotino - Tratado 46,12 (I, 4, 12) — O prazer é para o sábio a serenidade
10 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
12 Pero cuando se nos pregunte qué haya de placentero en este género de vida, que no vayan a exigirnos que estén presentes los placeres del libertino ni los del cuerpo — pues estos placeres no pueden estar presentes y ahuyentarían la felicidad — ni las sobre-excitaciones de gozo — ¿para qué?-, sino los placeres que acompañan a bienes presentes y que no consisten en movimientos ni procesos, porque los bienes están ya presentes, y él mismo está presente a sí mismo. El placer y la (…) -
Plotino - Tratado 36,4 (I, 5, 4) — Terceira dificuldade
11 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
4. —Pero el otro disfrutó por más tiempo.
—Pero no sería correcto añadir esto a la cuenta de la felicidad. Mas si alguien entiende por placer «la actividad desembarazada», dice lo mismo que lo que buscamos. Pero es que además un placer más duradero no tiene en cada momento más que lo presente: lo pasado del placer ha desaparecido.
Bouillet
[4] Mais [dira-t-on] l’un de ces hommes n’a-t-il pas joui plus longtemps du plaisir?
Cette considération ne doit entrer pour rien dans le (…) -
Plotino - Tratado 46,14 (I, 4, 14) — O sábio menospreza os bens corporais e os bens exteriores
10 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
14 Pero que el hombre, y sobre todo el virtuoso, no es el compuesto, también lo atestigua el alma con su separación del cuerpo y su menosprecio de los supuestos bienes del cuerpo. Mas pretender que la felicidad incluya al animal, es bien ridículo: la felicidad consiste en una buena vida, y ésta se origina en el alma, como actividad que es del alma, y no de toda ella, pues no lo es por cierto de la vegetativa como para que alcance al cuerpo. No, esta felicidad no podía consistir en la (…) -
Plotino - Tratado 38,26 (VI, 7, 26) — O Bem não é objeto de desejo porque é uma fonte de prazer
27 de março de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
26. Un ser capaz de sentir y de acercarse hasta el Bien, conoce realmente el Bien y dirá que lo posee. Pero, ¿y si se engañar Convendrá, sin duda, que sea una imagen del Bien la que le engaña. Si esta imagen es real, existirá el Bien como un modelo que permite el engaño, y cuando el Bien sobrevenga, será ese mismo ser el que se aleja de lo que le engaña. El deseo de cada ser y el sufrimiento que experimenta testimonian que existe un bien para él. En los seres inanimados, su bien (…) -
O cálculo existenciário
9 de setembro, por Cardoso de CastroPortuguês
A dinâmica da existência é um jogo de poder entre os atores. Todas as criaturas sencientes acreditam que são o centro do universo e veem outras criaturas como objetos. Toda criatura se esforça para garantir sua existência. Uma diminuição das perspectivas de sobrevivência cria dor. Um aumento das perspectivas de sobrevivência cria prazer. O esforço para existir é impulsionado pela dor e pela falta. O prazer é a satisfação temporária dos desejos de sobrevivência. O prazer vem do (…) -
Plotino - Tratado 53,1 (I, 1, 1) — Qual é o sujeito da sensação?
9 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castronossa tradução
desde MacKenna
1. Prazer [hedone] e angústia [lype], medo [phobos] e coragem [tharre, andreia], desejo [epithymia] e aversão [apostrophe], onde estas afetividades e experiências se assentam? Claramente, somente na alma [psyche], ou na alma no emprego do corpo [soma], ou em alguma terceira entidade derivando de ambos. Para esta terceira entidade, consequentemente, existem dois modos possíveis: poderia ser uma combinação ou uma forma distinta devida à combinação. E o que se (…)