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mistura etc
krasis / κρᾶσις / κράση / krase / μίγμα / migma / μίγνυμι / mígnumi / μίσγω / misgo / memiktai / μίξις / míxis / symploke / synkrisis / amikton / eilikrines / unmixed / ἰδιοσυγκρασία / idiosynkrasia / temperamentum / syntheton / σύνθετον / σύνθεσις / synthesis / συνθέσεως / σύνθεση / συνθέσεις / σύνθετος / compósito / συντιθέναι / syntithenai / συναμφότερον / anakrasis / ἀνάκρασις / synkrisis / σύγκρισις / σύγκρισης / synkrises / athroizo / αθροίζω / άθροισμα / athroisma / αθροίσματα
gr. κρᾶσις, krásis, κράση, krase: combinação, mistura, composto. Noção fundamental da definição estoica da alma como corpo, como da relação da alma com o corpo, contestada por Plotino . Usa-se também mixis, migma para mistura.
Um tema importante foi a ideia de uma mistura de ingredientes quentes, frios, fluidos e secos no corpo. Nossa palavra ‘temperamento’ deriva da palavra para uma mistura (temperamentum). As perguntas feitas eram se a alma era idêntica a tal mistura, e se os estados da alma “seguem” (hepesthai) a mistura. Em uma visão oposta, eles não decorrem da mistura, nem resultam (apotelesma) como algo explicado pelamistura, mas podem sobrevir (epiginesthai) em uma mistura. O
Fédon de
Platão faz
Sócrates rejeitar a sugestão de Símias de que a alma é apenas uma sintonização (harmonia) do corpo, como a das cordas de uma lira, ou a mistura (krasis) de quente, frio, fluido e seco no corpo, com base em que a alma não segue (hepesthai), mas conduz o corpo. A objeção de
Aristóteles é semelhante em De Anima 1.4, 407b34-408a5. Plotino e
Porfírio dizem que a alma é como uma harmonia, agora no sentido de sintonia e não de sintonização, que move as cordas de si mesma. Isso é semelhante à definição de alma de Xenócrates como um número que se move sozinho, conforme interpretado por Andronicus ap. Themistium em De Anima 32,19-31. É um número porque é uma harmonia, e auto-movente, como disse Platão, o que lhe permite liderar, não seguir. [
SorabjiPC1 :182]
gr. memiktai = coalescência, mistura, combinação. Geralmente usada na referência à combinação corpo-alma.
gr. σύνθεσις, syntesis, sýntheton: algo composto, corpo compósito. O problema do syntheton ou do corpo compósito está intimamente relacionado com o das archai e dos stoicheia por um lado e com o da gênesis pelo outro. Depende, para a sua solução, do juízo sobre quais são exatamente os corpos ou as unidades básicas dos quais se geram entidades naturais mais complexas.
gr. σύγκρισις, sýnkrisis: agregação, associação. O simples passar-a-ser (i. é, a partir do não-ser) ainda é impensável, mas recorrendo a vários graus de mistura (krasis) e associação (synkrisis) os corpos compostos podiam passar a ser (Empédocles , frg. 9; Anaxágoras , frg. 17).
Matérias
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Plotino - Tratado 50,9 (III, 5, 9) — Teoria do mito
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
9- Poros es la razón que proviene de los seres inteligibles y de la inteligencia. Cuando esta razón se derrama y se despliega, llega hasta el alma y asienta en ella. Porque, en tanto se halla en la inteligencia permanece encerrada en sí misma y sin admitir nada extraño; con Poros borracho, su plenitud le vendrá de fuera. Pero, ¿qué es lo que llena a Poros de néctar, de no ser esa razón que desciende de un principio superior a otro inferior? Esa razón pasa de la inteligencia al alma (…)
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Plotino - Tratado 53,2 (I, 1, 2) — A alma é nela mesma impassível e não misturada: as afecções logo não podem lhe pertencer
9 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
minha tradução
desde MacKenna
2. A primeira investigação nos obriga a considerar de partida a natureza da alma [psyche] - ou seja se uma distinção deve ser feita entre alma e alma essencial [psyche einai] [entre uma alma individual e a alma-espécie em si mesma].
Se uma tal distinção se dá, então a alma [no homem] é alguma espécie de composto [syntheron] e ao mesmo tempo podemos concordar que é um recipiente e - se só a razão [logos] permite - que todas as afetividades [pathe] e (…)
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Plotino - Tratado 53,7 (I, 1, 7) — O sujeito da sensação é o composto
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
traduzindo de MacKenna
7. A verdade jaz na Consideração que a Parelha subsiste em virtude da presença da Alma.
Isto, entretanto, não quer dizer que a Alma se dá como é em si mesma para formar seja a Parelha ou o corpo.
Não; do corpo organizado e algo mais, digamos uma luz, que a Alma provê de si mesma, forma um Princípio distinto, o Animado; e neste Princípio estão investidas a Percepção-dos-Sentidos e todas as outras experiências consideradas pertencentes ao Animado.
Mas e "Nós"? (…)
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Plotino - Tratado 12,2 (II, 4, 2) — Objeções contra a matéria inteligível
2 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
2. Hemos de precisar ante todo si esta especie de materia existe, y, en este caso, qué es y como es. Si la realidad material es algo indefinido e informe, puesto que en los seres superiores de allí no se da lo indefinido y lo informe es claro que allí no hay materia. Digamos, además, que cada ser (inteligible) es simple y que, por tanto, no tiene necesidad de materia; pues el ser que consta de materia y de otra cosa es un (ser) compuesto. E, igualmente, las cosas que han sido (…)
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Plotino - Tratado 5,3 (V, 9, 3) — A natureza do Intelecto
15 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
3. Hemos de examinar esta naturaleza de la Inteligencia que, según nos anuncia la razón, constituye el ser real y la esencia verdadera. Para ello debemos primero asegurarnos por otro camino que posee en efecto esos atributos. Tal vez resulte ridículo el preguntarnos si la Inteligencia cuenta en el número de los seres; aunque, desde luego, haya algunos que mantengan sus dudas sobre esta cuestión. Mejor convendrá buscar si es verdaderamente como nosotros decimos, si hay una (…)
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Guthrie – Ennead I, 1 (53): estrutura do tratado
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 1: Distinções psicológicas na alma
Capítulo 2: A alma como um agregado composto A alma não é essência
Capítulo 3: A alma usa o corpo como instrumento Separação da alma do corpo Relação primitiva entre alma e corpo
Capítulo 4: Consequências da mistura de alma e corpo Mistura de alma e corpo Hipóteses aristotélicas consideradas
Capítulo 5: O organismo vivente Refutação da teoria das emoções Nem todas as afeições comum para alma e corpo Desejo, não simultâneo com apetite (…)
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Plotino - Tratado 51,8 (I, 8, 8) — A união da alma e do corpo
29 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
8 Y si alguno dijera que nosotros no nos hacemos malos a causa de la materia arguyendo que ni la ignorancia ni los apetitos depravados deben su existencia a la materia y que, aun suponiendo que su formación se deba a la mala condición del cuerpo, no es la materia la que los origina, sino la forma, como el calor y el frío, el sabor amargo o salado y los sabores de todas clases, así como también las plenificaciones o vaciamientos, y plenificaciones no simplemente, sino plenificaciones (…)
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Plotino - Tratado 53,6 (I, 1, 6) — Sensação e poderes psíquicos
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
traduzindo MacKenna
6. Pode parecer razoável estabelecer como uma lei que quando quaisquer poderes estejam contidos em um recipiente, toda ação ou estado expressivo deles deve ser a ação ou o estado deste recipiente, os poderes eles mesmos permanecendo não afetados pois meramente fornecendo eficiência.
Mas se assim fosse, então, posto que o Animado é o recipiente do Princípio-Causador (i.e., a Alma) que dá vida à Parelha, esta Causa deve ela mesma permanecer não afetada, todas as (…)
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Plotino - Tratado 53,5 (I, 1, 5) — O que é o vivente?
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
traduzindo MacKenna
5. Este Animado poderia ser meramente o corpo como tendo vida: poderia ser a Parelha de Alma e corpo: poderia ser uma terceira entidade formada de ambos.
A Alma por sua vez - aparte da natureza do Animado - deve ser ou impassível, meramente causando Percepção-de-Sentido em seu companheiro, ou simpatizante; e, se simpatizante, pode ter experiências idênticas com seu companheiro ou experiências meramente correspondentes: desejo por exemplo no Animado pode ser algo (…)
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Plotino - Tratado 53,3 (I, 1, 3) — O corpo como instrumento da alma. Alma e corpo entrelaçados.
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
traduzindo MacKenna
3. Podemos tratar da Alma como no corpo - seja acima ou dentro deste - posto que a associação dos dois constitui aquilo que se denomina organismo vivo, o Animado.
Agora desta relação, da Alma usando o corpo como um instrumento, não decorre que a Alma deve compartilhar as experiências do corpo: um homem não sente ele mesmo todas as experiências dos instrumentos com o qual trabalha.
Pode se objetar que a Alma deve, no entanto, ter Percepção-de-Sentido posto que seu (…)
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Plotino - Tratado 5,14 (V, 9, 14) — Há Formas das coisas sem valor e compostos acidentais?
15 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
14. Hemos de establecer, pues, como principio esa naturaleza de la Inteligencia que comprende todos los seres en el mundo inteligible. Pero, ¿cómo es esto posible, si este principio es realmente uno y simple y en los seres se da la multiplicidad? ¿Cómo puede unirse la multiplicidad a la unidad y cómo existen todos estos seres? ¿Por qué, además, la Inteligencia comprende todos estos seres y de dónde proviene todo ello? He aquí lo que conviene explicar, pero partiendo ya de otro (…)
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Plotino - Tratado 12,6 (II, 4, 6) — A matéria sensível existe
3 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
6. Tratemos ahora de la materia de los cuerpos, llamada también receptáculo (de las formas), Conviene que haya, para los cuerpos, un sujeto que sea diferente de ellos: así lo prueba la continua transformación de los elementos. Por que ha de hacerse notar que la transformación de un elemento no significa su total destrucción. Una sustancia cualquiera no puede dejar de ser y destruirse, y, a su vez, el elemento que ha sido engendrado no puede pasar de la nada absoluta al ser. Toda (…)
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Plotino - Tratado 42,3 (VI, 1, 3) — A realidade
16 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
3 ¿Será preciso, entonces, hablar de una sola categoría en la que agrupemos juntamente la sustancia inteligible, la materia, la forma y el compuesto de ambas, en el sentido en que cabe hablar de un solo linaje de los Heráclidas, no como predicado común a todos, sino porque todos descienden de un solo antepasado? Porque la sustancia inteligible es sustancia en sentido primario, las demás, en sentido secundario y en menor grado.
—Pero, entonces, ¿qué impide que todas las cosas (…)
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Plotino - Tratado 53,12 (I, 1, 12) — Isso que somos e isso que somos responsáveis (3)
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
traduzindo MacKenna
12. Mas se a Alma é sem pecado, como podem haver expiações? Aqui certamente há uma contradição; por um lado a Alma está acima de toda culpa; por outro, ouvimos de seu pecado, sua purificação, sua expiação; está condenada ao mundo inferior, passa de corpo em corpo.
Podemos qualquer visão a vontade: elas são facilmente reconciliáveis.
Quando falamos da Alma sem pecado, fazemos Alma e Alma-Essencial uma única coisa: é a simples Unidade indivisível.
Por Alma sujeita (…)
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Aubry - Tratado 53 (I, 1): apresentação temática
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
O Tratado 53 foi posto por Porfírio no início das Enéadas; no entanto é o penúltimo que Plotino compôs. Pode ser surpreendente que a ordem didática vá assim ao inverso da ordem cronológica. A razão é no entanto legível desde as primeiras linhas do texto: este é com efeito tecido de reminiscências do Primeiro Alcibíades; assim como ele é regido pelo preceito "conhece-te a ti mesmo". Logos reveste a mesma função: assim como, no cursus de estudo neoplatônico, o Primeiro Alcibíades figurava de (…)
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Plotino - Tratado 19,3 (I, 2, 3) — As virtudes são purificações
29 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
nossa tradução
da versão de MacKenna
3. Chegamos agora àquele outro modo de Semelhança o qual, lemos, é o fruto de virtudes sutis: discutindo isto devemos penetrar mais profundamente na essência da Virtude Cívica e ser capaz de definir a natureza da espécie mais alta cuja existência devemos estabelecer além de qualquer dúvida.
Para Platão, indiscutivelmente, há duas ordens distintas de virtude, e a cívica não é suficiente para a Semelhança: "Semelhança a Deus", diz ele, "é uma fuga dos (…)
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Plotino - Tratado 46,16 (I, 4, 16) — A relação do sábio ao Intelecto
10 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
16 Pero si alguien se niega a situar al hombre de bien en esta cima de la inteligencia y lo apea a la región de los azares, andará con miedo de que se vea envuelto en ellos y no se atendrá al ideal de hombre de bien que nosotros exigimos, sino que, concibiéndolo como un buen hombre con mezcla de bien y de mal, adjudicará a ese tal una vida entreverada de bien y de mal. Un hombre así no es fácil que exista; pero, si existiera, no merecería el título de hombre feliz, no teniendo altura (…)
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Plotino - Tratado 51,15 (I, 8, 15) — A alma pura permanece preservada do mal
14 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
15 Pero si alguien niega que la materia exista, habrá que mostrarle la necesidad de su existencia basándose en nuestro tratado sobre la materia; allí este tema ha sido desarrollado más ampliamente. Pero si alguien negara que el mal exista en absoluto en la realidad de las cosas, se verá forzado a abolir aun el bien y a afir- 5 mar que tampoco hay objeto alguno de deseo ni, por tanto, deseo, ni tampoco, a su vez, evitación ni intelección. Porque el objeto del deseo es el bien y el de (…)
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Plotino - Tratado 2,12 (IV, 7, 12) — A alma é imortal, indestrutível, indivisível e imutável (2)
14 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
12 Además, si dijeren que toda alma es corruptible, entonces hace tiempo debieran haber perecido todas las cosas. Mas si dijeren que un alma es corruptible y otra no, a saber que la del universo es inmortal pero que la nuestra no, debieran decir por qué, pues cada una de las dos es «principio de movimiento» y cada una de las dos vive por sí misma y entra en contacto con los mismos objetos por el mismo medio cuando piensa tanto los seres celestes como los supracelestes, cuando (…)
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Plotino - Tratado 12,4 (II, 4, 4) — A matéria inteligível existe
8 de maio, por Cardoso de Castro
Míguez
4. Damos por supuesta ahora la existencia de las ideas, cosa que ya se ha demostrado en otro lugar. Si realmente hay varias ideas, habrá también necesariamente en cada una de ellas algo común y algo propio, por lo que cada una se diferencie de la otra. Ese carácter propio y esa diferencia que separan a una idea de otra constituyen su forma particular. Pero si existe esta forma, es claro que existe algo informado en lo cual se da la diferencia. Hay, por tanto, una materia que recibe (…)