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dor etc
algos / ἄλγος / dor / ἀλγεινός / algeinos / ἀλγέω / algeo / ἀνάλγητος / analgetos / paschein / πάσχειν / páschein / páskhein / paskhein / sofrer / sofrimento / ser afetado
gr. ἄλγος, algos, pónos: dor. O prazer e o sofrimento respondem, como o demonstra o Filebo , às noções de harmonia e de dissolução, de repleção e de depleção. A explicação do prazer e da dor comporta dois aspectos: um lado propriamente físico e outro psicológico ou psíquico fazendo intervir a alma. Existe um estado neutro onde não há dissolução nem re-harmonização, nem prazer nem sofrimento: é o estado da sabedoria ou da divindade que nada pode alcançar.
gr. πάσχειν,
páschein:
sofrer, ser afetado,
padecer.
Aristóteles opõe ação e paixão desde o tratado Das categorias. Mas ele as designa com os infinitivos substantivados: tò poiein e tò páskhein, agir e sofrer (IX e X). Na Metafísica (A, 21),
páthos costuma ser traduzido por
afeição, ou seja, qualidade, estado que afeta uma substância.
Esta pasión (orgullo) es para el alma una fuente permanente de sufrimiento. Muchas razones pueden explicar esto. El orgulloso puede sufrir por el desfasaje entre lo que cree o quiere ser y lo que siente que es realmente. Puede sufrir también al ver amenazada o desmentida la imagen presuntuosa que tiene o quiere dar de sí mismo, o la superioridad que afirma en relación con los demás. Igualmente, se encuentra perpetuamente insatisfecho en la elevación que busca, porque nunca puede alcanzar la cima y su pretensión no conoce fin. [TERAPÊUTICA DAS DOENÇAS ESPIRITUAIS]
O Infinito inelutavelmente conota limitação, imperfeição, ou mal como uma consequência derivando de sua Toda-Possibilidade. O sofrimento por sua vez é o sentido de privação que segue à separação, que como um gancho, tem o poder de puxá-lo, manifestar sua limitação, miséria e destituição — todavia talvez oculto por vãs ilusões e prazeres. No sofrimento está oculta a misericórdia e a compaixão do Médico Divino que melhor sabe a doença e a cura. Eis porque alguns dizem que nada há superior ao sofrimento, quando oferecido a Deus.
Não escrevi essas linhas para justificar o sofrimento que é em si um escândalo inaceitável e que não obedece à nenhuma lei ontológica. Só o Homem é responsável pelo sofrimento; desviando-se de seu oriente e, portanto, do conhecimento das leis ontológicas que presidem a Criação, fecha os livros que os instruem desses dados fundamentais ao interior de si como ao exterior, pois, o Homem está escrito pelo Verbo divino como nossos Livros sagrados, e, transgredindo essas leis que nada deveria ignorar, os faz voltar-se contra si. Aí está o sofrimento.
Não iludamos, uma vez que o Homem não construiu o Filho, nossos filhos morreram; o exterior sendo objectivação do interior, o mundo não é senão uma tragédia. A cada drama nos apressamos para nomear um responsável para não ter que olhar nossos monstros interiores que são, portanto, os únicos autores de tais sofrimentos. [RESSONÂNCIAS BÍBLICAS; trad. Antonio Carneiro]
Gurdjieff tem alguns ditos notáveis pelo que encerram, cada um em sua síntese e densidade de pensamento: "sacrificar o sofrimento"; "trabalho consciente e sofrimento voluntário". Essas condições de sofrimento são exceções, pois a "existência-de-ser flui quase sempre com sofrimentos morais improdutivos" (BTG p. 1077).
...em todos os entes tri-cerebrais do todo de nosso Universo sem exceção, entre os quais estão também nós homens, devido a dados cristalizados em nossas presenças comuns para engendrar em nós o Divino impulso de consciência, o todo-de-nós e o todo de nossa essência são, e devem já ser em nossa fundação, somente sofrimento; e devem ser sofrimento porque a completada atualização da manifestação de tal impulso-de-ser em nós pode proceder somente da constante luta de dois complexos-do-funcionamento bastante opostos daquelas duas fontes, a saber, entre os processos do funcionamento de nosso corpo planetário ele mesmo e os funcionamentos paralelos surgindo progressivamente do revestimento e aperfeiçoamento de nossos corpos-de-ser, funcionamentos os quais em sua totalidade atualizam toda espécie de Razão nos entes tri-centrados" (BTG p.372).
...um dos melhores meios de tornar inefetiva a predisposição presente em tua natureza da cristalização das consequências das propriedades do órgão Kundabuffer é o sofrimento-intencional; e o maior sofrimento-intencional pode ser obtido em tuas presenças se compeles a ti mesmo a ser capaz de suportar as manifestações-desagradáveis-dos-outros-para-contigo.
Matérias
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Barbuy: Pavlovismo como Teoria da Vida
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
1. O pavlovismo se apresenta como o último remanescente das interpretações mecânicas da vida. Formulado no estilo e no espírito das teorias mecanicistas do século XIX, não ultrapassa os quadros do positivismo e constitui ainda hoje, como teoria, uma re-exposição do naturalismo científico. Como todo positivismo do século XIX, a teoria de Pavlov pretende ser o resultado de um rigoroso método indutivo, uma interpretação da vida fundada em experiência de laboratório, com a redução da qualidade à (…)
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Plotino - Tratado 41,2 (IV, 6, 2) — Percepção e outros sentidos
14 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
2. ¿Cómo, si no es así, se produce la sensación? Digamos que se refiere en realidad a objetos que ella no posee, porque es propio de toda facultad del alma no sufrir impresiones sino utilizar su poder con objetos para los que esté dispuesta. En este sentido, puede distinguirse perfectamente por el alma el objeto visible del objeto sonoro, lo cual no sería posible si ambos fuesen improntas. Y no lo son, sin duda alguna, como tampoco afecciones o pasiones del alma, sino actos (…)
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Plotino - Tratado 42,16 (VI, 1, 16) — O agir e o padecer
17 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
16 Y si alguno dijera que «el movimiento es un acto inacabado», nada impediría poner el acto al frente y, subordinado a él, como especie, el movimiento a título de inacabado, predicando de él que es acto y añadiendo que es inacabado. Porque el inacabamiento no se predica de él porque ni siquiera sea acto; lo es enteramente, pero es un acto que se reanuda una y otra vez, no con el fin de llegar a ser acto, que ya lo es, sino con el de realizar algo que sea distinto y posterior a él. Y (…)
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Plotino - Tratado 42,20 (VI, 1, 20) — O agir e o padecer
17 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
20 —Bien, concedido que no sea el reverso de la acción. No obstante, siendo distinta de la acción, no podrá entrar en el mismo género que la acción.
—Si ambas son movimientos, entrarán en el mismo género. Por ejemplo, «la alteración es un movimiento cualitativo».
—Entonces, cuando el movimiento cualitativo parta del agente, ¿la alteración será acción y pertenecerá al género «acción», con tal de que el agente permanezca impasible?
—Entrará en la acción si el agente permanece (…)
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Plotino - Tratado 42,19 (VI, 1, 19) — O agir e o padecer
17 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
19 Examinemos, por otra parte, si es probable que algunos actos sean incompletos por cuanto emplean tiempo, de suerte que vengan a ser lo mismo que los movimientos, por ejemplo el vivir y la vida. En efecto, la vida de cada uno se realiza en un tiempo completo, y la felicidad es un acto que no se cifra en un instante, sino que es tal y como ellos pretenden que es el movimiento. En consecuencia, debemos admitir que ambos son movimientos, y que el movimiento es una realidad una y un (…)
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Plotino - Tratado 42,21 (VI, 1, 21) — O agir e o padecer
17 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
21 —¿En qué reconoceremos, pues, la pasión?
—No, ciertamente, en el acto proveniente de otro, si quien recibe el acto lo hace suyo heredándolo.
—¿Acaso, entonces, en que no sea acto, sino sólo pasión?
—¿Qué pensar, entonces, del caso en que la pasión salga mejorada y el acto empeorado, o del caso en que uno obre viciosamente o mande en otro intemperantemente? En realidad, nada impide que el acto sea innoble y la pasión noble.
—¿Por qué característica distinguiremos, pues, la (…)
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Giuseppe Lumia: Abbagnano
5 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
Dominada durante trinta anos pelo idealismo, a cultura italiana só tarde se interessou pela filosofia da existência. A princípio não a tomou a sério, para o que basta recordar as muito conhecidas e ligeiras apreciações de Croce e De Ruggero. Mesmo pensadores de formação diferente, como Bobbio, nada mais viram nela que a transcrição, em tom filosófico, dos motivos típicos do decadentismo literário. O que feriu os italianos e fez que adotassem para com a filosofia da existência uma atitude (…)
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Barbuy: Sartre e Heidegger
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
Se o existencialismo contemporâneo dá como estrutura do existir o estar-jogado-no-mundo, isto significa para o homem atual o ter sido arremessado ao vazio, onde só há para ele, segundo Heidegger, a impossibilidade radical de conhecer o onde e o porque. — No vazio, não pode haver um onde e um para que.
O indivíduo humano está isolado, porque já não há mais o sentido da realidade, desde que as interpretações científicas do mundo destruíram a realidade. A pressão científica do geral e do (…)
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Plotino - Tratado 2,7 (IV, 7, 7) — Se a alma fosse um corpo, não teria sensação (2)
14 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
7. Lo mismo podría decirse respecto a la sensación de dolor. Cuando se afirma que un hombre siente dolor en un dedo, ese dolor se da precisamente ahí, pero la sensación, hemos de convenir en ello, se produce como es evidente en el principio hegemónico. Si la parte que sufre es otra, ese principio lo siente y el alma entera a su vez se ve afectada del mismo modo. Pero, ¿cómo ocurre eso? Por una especie de transmisión, dirán algunos. Y así, la parte del soplo que se encuentra en el (…)
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Plotino - Tratado 36,6 (I, 5, 6) — Quinta dificuldade
11 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
6 —Entonces, ¿qué decir del desdichado? ¿No es más desdichado con la prolongación? Y todas las otras cosas desagradables ¿no hacen mayor la desgracia con la prolongación del tiempo, por ejemplo los dolores duraderos, las penas y todas las cosas de este tipo?
Ahora bien, si estas cosas acrecientan el mal de este [5] modo, con el tiempo, ¿por qué las contrarias no acrecientan la felicidad del mismo modo?
—Es que, en el caso de las penas y dolores, sí cabe decir que el tiempo produce (…)
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Plotino - Tratado 28,19 (IV, 4, 19) — O prazer e a dor
7 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
19. Lo que llamamos placer y dolor puede ser definido del modo siguiente: el dolor como un conocimiento del retroceso del cuerpo, privado ya de la imagen del alma; el placer como un conocimiento del ser animado de la imagen del alma instalada nuevamente en su cuerpo. He aquí, por ejemplo, que el cuerpo experimenta algo; el alma sensitiva, que se halla próxima a el, conoce la sensación y la da a conocer, a su vez, a la parte del alma en la que concluyen las sensaciones. Pero es el (…)
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Pessoa: NIETZSCHE E O PAGANISMO
27 de julho de 2014, por Cardoso de Castro
«Quanto ao caso de Nietzsche, acho que V. tem razão — a razão que, em qualquer coisa se pode ter.
»O paganismo de Nietzsche é um paganismo de estrangeiro. Há erros constantes de pronúncia na sua interpretação do helenismo. Ainda se aceita que um alemão europeu (isto é, de antes de Bismarck) pudesse compreender a Grécia antiga; mas um alemão, isto é, como Nietzsche, um polaco ou checo, ou qualquer coisa sem Europa nem vogais, dificilmente se pode entender a si mesmo se quiser falar grego (…)
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Afetividade – Sofrimento
12 de setembro, por Cardoso de Castro
Na interação dos conceitos de afetividade e passividade, podemos distinguir uma determinação recíproca de afetividade pela passividade e de passividade pela afetividade. Se a afetividade constitui “a efetiva realização fenomenológica” desta estrutura ontológica que é a passividade, ou seja, define a sua experiência constitutiva, inversamente a passividade fornece a estrutura desta experiência, determina-a como uma relação consigo mesmo em unidade e interioridade radicais. Desta dupla (…)
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Plotino - Tratado 46,5 (I, 4, 5) — Os males não põem em causa a felicidade? O lugar do corpo na busca da felicidade
9 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
5 Pero ¿qué decir de los dolores, de las enfermedades y de cuanto impide del todo la actividad? ¿Y si ni siquiera está uno consciente? Cosa que bien puede suceder por efecto de drogas o de ciertas enfermedades. En todos estos casos, ¿cómo podrá poseer la buena vida y la felicidad? Dejemos de lado pobrezas y deshonras. Aunque alguien podría objetarnos a la vista de estos males y a la vista, asimismo, de las proverbiales, más que ninguna, desdichas de Príamo. Porque, aun cuando uno (…)
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Plotino - Tratado 46,6 (I, 4, 6) — Deve-se buscar alcançar o fim único que é o bem verdadeiro
9 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
6 La respuesta es que, si nuestra doctrina admitiera que el ser feliz consiste en no tener dolores, ni enfermedades ni desdichas y en no caer en grandes desventuras, nadie podría ser feliz en presencia de las cosas contrarias. Pero si la felicidad estriba en la posesión del bien verdadero, ¿por qué, prescindiendo de éste y de mirar a éste como criterio de vida feliz, hemos de andar en busca de los demás bienes, que no entran en la cuenta de la felicidad? Porque si la felicidad (…)
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Plotino - Tratado 29,8 (IV, 5, 8) — Luz e Corpo Exterior
13 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
8. Si existiese un ojo exterior al cielo y que mirase desde él sin obstáculo alguno que se lo impidiese, ¿podría contemplar todo aquello que no simpatiza consigo, siendo así que la simpatía se justifica por la misma naturaleza del animal universal? Si la simpatía descansa en el hecho de que quienes sienten y lo que ellos sienten pertenecen a un ser animado único, no podrá haber sensación si el cuerpo no forma parte de este universo, parte exterior ciertamente. En este caso sería, (…)
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Grassi : As aporias da linguagem: som, voz animal, palavra: a experiência da objetividade
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro
O desenvolvimento multi-facetado do homem, que inclui o conhecimento racional, é atestado pela palavra, principalmente pela palavra poética, numa vasta gama de projetos possíveis. Nossa referência ao que foi dito por artistas tem por finalidade descrever por que meios tentaram eles alcançar a objetividade, através de cuja moldura e tensão o ser humano alcança aos poucos o conhecimento.
Referimo-nos à "abertura ao mundo" do homem que, por um lado, age como premissa para os possíveis (…)
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Plotino - Tratado 42,17 (VI, 1, 17) — O agir e o padecer
17 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
17 Mas si alguno dijera que ni el acto ni el movimiento necesitan, de suyo, ser géneros, sino que son reductibles a lo relativo por el hecho de que el uno es acto del ser activo en potencia y el otro lo es del motor o del móvil en potencia, hay que responderle que los relativos los engendra, sí, la relación misma, pero no por el mero hecho de que sean enunciados en relación con otro. Ahora bien, a toda entidad real, aunque sea de otro y relativa a otro, le corresponde una naturaleza (…)
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Fernandes (FC:38-39) – Libertação do Sofrimento
1º de janeiro, por Cardoso de Castro
Mas, então, o que é que o Sábio ensina? Aqui estão três das Quatro Nobres Verdades (Ariya-Sacca): uma delas, sobre o que há de ser abandonado — o que origina (nidana) o sofrimento (dukkha), ou seja, o que origina o Encadeamento da Originação Dependente (Paticca samuppada); outra, sobre o que há de ser realizado — a extinção do sofrimento (nibbana, esfriamento pelo sopro); e outra, sobre o Caminho (magga) para sua extinção. A condição de todas elas, no entanto, é a primeira das Quatro (…)
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Grassi: II. Linguagem semântica arcaica
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro
1. A linguagem da sibila de cumae
Nossas discussões anteriores nos levaram a uma dupla conclusão: a linguagem racional, demonstrativa, explicativa não é originária: ela tem suas raízes na linguagem semântica e referente, que é extraída diretamente da fonte de "sinais" arcaicos. Para descobrir a estrutura dessa linguagem originária e sua relação com a "imagem", analisaremos agora a essência da linguagem pré-filosófíca.
Até agora não foi esclarecida a relação entre causas últimas, axiomas (…)