Raimon Panikkar — A FASCINAÇÃO DO BUDISMO Excertos de sua apresentação ao livro O DESPERTAR DO BUDA Tradições budistas Assim nasce o que hoje em dia nós, com essa facilidade de rotular tudo, chamamos de budismo, ou melhor, tradições budistas, porque há mais de uma dezena, com suas filosofias. Mas Buda não quer nada disso. Seu caminho não quer ser mundano, nem religioso, no sentido pelo qual ainda muitos entendem a palavra religião; caminha pelo caminho do meio, do equilíbrio, da harmonia, da (…)
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Panikkar, Raimon
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Panikkar Tradições Budistas
8 de setembro -
Panikkar (RPDB) – Nobres Verdades Budismo
8 de setembroE então, tendo superado a tentação do santo, que é fazer o bem, a tentação do político, que é utilizar os meios igualmente para fazer o bem, a tentação do monge, que é renunciar a todas as coisas para sentir-se bem e fundamentado; então, naquele parque de cervos, chamado ísipatana, juntou-se aos cinco monges que reencontrara e lhes disse:
"É preciso evitar esses dois extremos. E quais são esses extremos? Um deles é buscar e desejar o prazer. Tem origem no afetivo, é vulgar, é ignóbil, não (…) -
Panikkar Símbolo Conceito
8 de setembroRaimon Panikkar — A EXPERIÊNCIA DE DEUS O DISCURSO SOBRE DEUS Um discurso sobre um símbolo e não sobre um conceito Deus não pode ser objeto nem de um conhecimento nem de uma crença qualquer. A palavra «Deus» é um símbolo que se revela e se vela no símbolo do qual se fala. Todo símbolo é tal porque é e não porque é intérprete de um conteúdo objetivo de conhecimento. Não há hermenêutica possível do símbolo, porque sua própria interpretação se situa nele mesmo. O símbolo é sym-bolo (pôr junto) (…)
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Panikkar Deus Silêncio
8 de setembroRaimon Panikkar — A EXPERIÊNCIA DE DEUS Um discurso que necessita um silêncio prévio Tradução da versão francesa, "L’Expérience de Dieu"
Toda disciplina parte de pressupostos que lhe permitem aproximar seu domínio próprio. Assim como, para detectar um elétron, se tem necessidade de laboratórios sofisticados e matemáticas complicadas, o método apropriado para falar de Deus exige a pureza do coração que sabe escutar a voz da transcendência (divina) na imanência (humana).
Sem a pureza do (…) -
Panikkar Teofisica
8 de setembroRaimon Panikkar — SUGERENCIAS PARA UNA TEOFISICA Raimundo Panikkar — Universidade de California Santa Bárbara
Convivium, Nr. 21 (Enero-Junio. 1966), contenido en su libro Ontonomia de la Ciencia. Sobre el sentido de la Ciencia y sus relaciones con la Filosofía, Madrid (Gredos), 1961.
Al período en el que la ciencia teológica representaba la totalidad del saber se han venido sucediendo otros períodos en los que las diversas ramas del saber humano se han ido independizando de la Teología (…) -
Panikkar Sentidos Analogia
8 de setembroRaimon Panikkar — A EXPERIÊNCIA DE DEUS O DISCURSO SOBRE DEUS Um discurso de vários sentidos que não pode nem mesmo usar analogias O discurso sobre Deus tem, por conta de sua constituição mesma, numerosos sentidos e não pode existir um sentido primeiro, primum analogatum, dado que não pode haver uma metacultura a partir da qual se elaboraria o discurso. Existe muitos conceitos de Deus, mas nenhum deles não «concebe». Um superconceito ou um cenominador conceitual comum não resolveria o (…)
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Panikkar Nobres Verdades Budismo
8 de setembroRaimon Panikkar — A FASCINAÇÃO DO BUDISMO
Excertos de sua apresentação ao livro O DESPERTAR DO BUDA AS NOBRES VERDADES DO BUDISMO E então, tendo superado a tentação do santo, que é fazer o bem, a tentação do político, que é utilizar os meios igualmente para fazer o bem, a tentação do monge, que é renunciar a todas as coisas para sentir-se bem e fundamentado; então, naquele parque de cervos, chamado ísipatana, juntou-se aos cinco monges que reencontrara e lhes disse:
"É preciso evitar (…) -
Panikkar Deus Estilo Discurso
8 de setembroRaimon Panikkar — A EXPERIÊNCIA DE DEUS
Tradução da versão francesa, "L’Expérience de Dieu"
Um discurso com seu estilo próprio
O discurso sobre Deus é radicalmente diferente de qualquer outro discurso sobre não importa que objeto, pois Deus não é um objeto. Ele não seria então senão um simples ídolo.
A palavra "Deus" faz referência a um campo de investigação e de ensino radicalmente diferente de todos os outros. Tomemos, por exemplo, a física. A distinção não consiste em dizer que Deus (…) -
Panikkar Palavra Silêncio
8 de setembroRAIMON PANIKKAR — ENTRE DEUS E O COSMOS Excertos de seu livro de entrevistas concedidas a Gwendoline Jarczyk: Entre dieu et le cosmos
Palavra e Silêncio Não é dito na tradição cristã que a palavra seja o princípio, mas que ela está “no princípio” — e não no começo como algumas traduções inadequadas. “No princípio era a Palavra”. Ora o princípio, é o silêncio. É com efeito do silêncio — o Pai, ou ainda o Nada em certas tradições espirituais — que surge a Palavra. E logo, quando se rompe (…) -
Panikkar Nobre Silêncio
8 de setembroRaimon Panikkar — A FASCINAÇÃO DO BUDISMO Excertos de sua apresentação ao livro O DESPERTAR DO BUDA O nobre silêncio O Buda fala de silêncio sagrado, usando a mesma palavra que usou quando no jardim perto de Vârânâsi lhes falava das quatro verdades nobres e do nobre silêncio. Mas o nobre silêncio não consiste em calar para não dizer aquilo que se deveria dizer ou porque se quer esconder o segredo ou a pedra filosofal que se encontrou. O nobre silêncio é silêncio porque não se tem nada a (…)