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DeghayeND / O Nascimento de Deus / PDND
La Naissance de Dieu, ou, La doctrine de Jacob Boehme
Na cidade de Görlitz, na atual fronteira entre a Alemanha e Polônia, Jacob Boehme (1575-1624) era um sapateiro de profissão e teósofo por vocação. Suas meditações sobre Deus e a natureza se fixaram em uma obra que irradiou até nosso dias. Nos séculos XVII e XVIII, a teosofia de Boehme penetrou o pietismo alemão. Ela se propagou na Holanda e na Inglaterra. Na França, Louis-Claude de Saint-Martin se "converterá" ao ensino de Boehme. No seio da franco-maçonaria templária, Boehme aparecerá como o guardião da tradição. Os românticos alemães (vide Romantismo ) celebrarão sua memória. Hegel lhe consagrará todo um capítulo de sua História da Filosofia. Schelling verá nele uma "figura extraordinária" na linhagem dos grandes espíritos que marcaram a história da humanidade. mais perto de nós, o filósofo Nicolas Berdiaeff foi inspirado pelo autor do Mysterium Magnum .
Resumo
- Introdução
- Escritos de Boehme se apresentam entre 1612 e 1624, ano de sua morte
- Confluência de duas correntes: tradição da mística alemã e filosofia da natureza
- Teosofia de Boehme é um prolongamento da mística de Eckhart , Tauler , Suso , passada para a Reforma
- Mística transita da contemplação à devoção, vulgarizando-se através da edição por Lutero da Teologia Germânica
- No mundo da Reforma esta mística terá uma expansão que resultará no pietismo dos séculos XVII e XVIII
- Esta mística torna-se um paradoxo no seio do protestantismo, combatida pela ortodoxia luterana
- Esta teologia mística se torna uma teologia paralela à ortodoxa:
- abandono a Deus, renunciando a vontade própria, pela vontade divina (geläzenheit)
- ideia de submissão total à vontade divina tem o favor de Lutero
- negação da vontade própria é exigência da espiritualidade de Boehme
- Segundo nascimento:
- a criatura só é justa quando realmente transformada
- ela deve ser efetivamente regenerada
- a alma deve ser substancialmente renovada
- o homem deve nascer de novo
- este segundo nascimento não apenas metafórico
- a verdadeira fé concedida àquele renovado em sua substância mesma de seu ser pelo segundo nascimento
- renunciando à vontade própria e o segundo nascimento em relação de causa e efeito
- abandono à vontade divina permite à graça descer ao homem
- graça não é um favor em um veredito de quitação
- graça é uma substância
- graça é a carne de um verdadeiro corpo que se forma em nós sob a aparência do corpo grosseiro
- este corpo precioso é o fruto da graça que nos engendra ao nascermos de novo
- durante nossa estada aqui em baixo se produz este segundo nascimento
- antecipação da vida eterna, própria da teologia mística
- este homem ainda não tendo deixado o mundo, é o homem velho
- embora regenerado, o homem duas vezes nascido guarda seu corpo terrestre e segundo sua carne vil é sempre pecador
- entretanto é santificado em seu corpo novo
- a graça nele infundida se tornou a carne nobre deste outro corpo
- Primeira Parte - Teofania
- O Nascimento de Deus (1)
- O Nascimento de Deus (2)
- A Cidade santa ou a morada de Deus
- Maria mãe do Cristo
- A fome do Cristo no Deserto
- Segunda Parte - Psicologia Mística
- A flor do fogo. Da sublimação
- "Quarenta Questões sobre a alma" (1)
- "Quarenta Questões sobre a alma" (2)
- Terceira Parte - Da Natureza à Sabedoria
- A natureza na "Aurora nascente" (1)
- A natureza na "Aurora nascente" (2)
- A Sabedoria (1)
- A Sabedoria (2)