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No século XX, esta forma de conceber a filosofia moderna e a relação dos pensadores modernos com a filosofia antiga foi objeto de uma crítica radical por parte de Heidegger.
Na sua opinião, os filósofos modernos não devem ser tomados à letra quando afirmam ter finalmente identificado a essência da subjetividade ou do si-mesmo (Ichheit, Selbstheit). Na realidade, explica Heidegger, longe de terem descoberto a subjetividade, Descartes e os seus herdeiros perderam-na completamente (…)
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Descombes, Vincent
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Descombes (2014:PII:C3) – a querela do sujeito
6 de fevereiro -
Descombes (2014:Anexos) – "eu" e "mim"
12 de janeiro, por Cardoso de Castrodestaque
A primeira decisão é a de traduzir "das Ich" como "Eu" [Je] ou "eu" [Moi]. Balibar defende a escolha de Foucault, que fala de possuir o Eu (maiúsculo!) na sua representação. De fato, escreve, "o poder de que Kant fala aqui não é o de descrever um objeto (que é a própria pessoa), é o de assumir na primeira pessoa o que se diz sobre ele. A objeção a isto é que, em francês, a palavra utilizada para sublinhar que se está a assumir uma posição é precisamente "moi". O sujeito sublinha (…) -
Rosat – sujeito em Descombes
12 de janeiro, por Cardoso de Castrotradução
Não podemos dizer que somos sujeitos ou que não o somos, porque ninguém ainda explicou o que seria aplicar o termo como deveria ser entendido na "filosofia do sujeito" (p. 13).
Nem os apoiadores nem os oponentes do sujeito sabem o que estão dizendo. O conceito de sujeito, como usado na discussão, é um conceito inconsistente. De repente, a definição filosófica amplamente aceita da Modernidade — e até admitida por um certo número de historiadores — segundo a qual seria (…) -
Descombes (2005:175-176) – conscientia e consciência de si
12 de janeiro, por Cardoso de Castrotradução
Num atalho impressionante, Ortigues indica que é precisamente essa nova concepção de inteligibilidade — entendemos do que estamos falando se decidimos falar apenas daquilo que livremente colocamos "como objeto" — que permitiu a transferência da noção comum (isto é, latina) de consciência do domínio moral que até então era dela até o domínio teórico. Pois existe uma distância considerável entre a conscientia da teologia moral e a "consciência de si" das filosofias reflexivas. Como (…) -
Descombes (1991:545-576) – quatro questões sobre "eu" e "si"
12 de janeiro, por Cardoso de Castrodestaque
1) Uma questão de gramática filosófica: quais diferenças notáveis existem, do ponto de vista do emprego, entre estas palavras que nós preguiçosamente colocamos em uma única categoria de pronomes pessoais (e particularmente aqui eu, mim, ele/ela, si).
2) Uma questão de filosofia da ação: qual é o status das intenções de agir? Eles são principalmente propriedades da ação ou propriedades do agente?
3) Uma questão de metafísica: Devemos distinguir, como propõe Ricœur, dois (…) -
Descombes (1995:111-112) – o ator da ação
12 de janeiro, por Cardoso de CastroPor sua vez, as nossas volições são de duas espécies; umas são ações da alma que se confinam na própria alma, como quando queremos amar Deus, ou de uma maneira geral aplicar o nosso pensamento a qualquer objeto não material; as outras são ações que se estendem ao nosso corpo, como quando, só porque temos vontade de passear, as pernas se movem e andamos. [DESCARTES, René. As paixões da alma. Tr. Newton de Macedo. kttk editora, 2018 (epub), Parte I, Artigo 18]
tradução
Lemos, por exemplo, (…) -
Descombes (2014:Parte I) – "eu"
12 de janeiro, por Cardoso de Castronossa tradução
Desde a época de Descartes, um novo personagem ocupa a cena filosófica: o eu (enquanto outros personagens eclipsam, como o intelecto agente e logo a alma). De onde ele vem? De que alquimia os filósofos conseguiram extrair do material vulgar que é nossa conversa interna comum este ser desse filosofal que prontamente descrevemos como "eu puro" (das reine Ich)?
A linguagem comum conhece dois usos da palavra francesa "moi". Como pronome pessoal na primeira pessoa do singular, (…)