Orlandi & Machado
Cogito cartesiano e cogito kantiano
Nada é mais instrutivo, temporalmente, isto é, do ponto de vista da teoria do tempo, do que a diferença entre o cogito de vista da teoria do tempo, do que a diferença entre o cogito de Descartes operasse com dois valores lógicos: a determinação e a existência indeterminada. A determinação (eu penso) implica uma existência indeterminada (eu sou, pois “para pensar é preciso ser”) — e a determina, precisamente, como a existência de (…)
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Deleuze, Gilles
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Deleuze (DR:150-155) – o "eu"
10 de novembro de 2023, por Cardoso de Castro -
Deleuze (DR:169-174) – objetos virtuais
10 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroOrlandi & Machado
Mas os objetos reais, o objeto posto como realidade ou suporte do liame, não constituem os únicos objetos do eu. assim como não esgotam o conjunto das relações ditas objetais. Distinguimos duas dimensões simultâneas: é assim que a síntese passiva não se ultrapassa na direção de uma síntese ativa sem aprofundar-se também numa outra direção em que ela permanece síntese passiva e contemplativa, servindo-se da excitação ligada para atingir outra coisa, mas de uma maneira (…) -
Deleuze (LS:1-4) – devir e acontecimento
10 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroSalinas Fortes
Alice assim como Do outro lado do espelho tratam de uma categoria de coisas muito especiais: os acontecimentos, os acontecimentos puros. Quando digo “Alice cresce”, quero dizer que ela se toma maior do que era. Mas por isso mesmo ela também se toma menor do que é agora. Sem dúvida, não é ao mesmo tempo que ela é maior e menor. Mas é ao mesmo tempo que ela se torna um e outro. Ela é maior agora e era menor antes. Mas é ao mesmo tempo, no mesmo lance, que nos tornamos maiores (…) -
Deleuze (NF): para que serve a filosofia?
10 de novembro de 2023, por Cardoso de Castro[tobby title="Dias & Dias"]
O conceito de verdade só se determina em função de uma tipologia pluralista. E a tipologia começa por uma topologia. Trata-se de saber a que região pertencem tais erros e tais verdades, qual é o seu tipo, quem os formula e os concebe. Submeter o verdadeiro à prova do baixo, mas também submeter o falso à prova do alto é a tarefa realmente crítica e o único meio de reconhecer-se na “verdade”. Quando alguém pergunta para que serve a filosofia, a resposta deve (…) -
Deleuze (QF): O filósofo é o amigo do conceito
10 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroBento Prado Jr. et alii
O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência. Quer dizer que a filosofia não é uma simples arte de formar, de inventar ou de fabricar conceitos, pois os conceitos não são necessariamente formas, achados ou produtos. A filosofia, mais rigorosamente, é a disciplina que consiste em criar conceitos. O amigo seria o amigo de suas próprias criações? Ou então é o ato do conceito que remete à potência do amigo, na unidade do criador e de seu duplo? Criar (…) -
Deleuze (C:215-217) – controle da comunicação
10 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroPelbart
Toni Negri — Em seu livro sobre Foucault e também na entrevista televisiva ao Institut National de l’Audio-visuel (I.N.A.), você propõe aprofundar o estudo de três práticas do poder: o Soberano, o Disciplinar, e sobretudo o de Controle sobre a “comunicação”, que hoje está em vias de tomar-se hegemônico. Por um lado, este último cenário remete à mais alta perfeição da dominação, que toca tanto a fala como a imaginação, mas por outro lado, nunca tanto quanto hoje todos os homens, (…) -
Deleuze (Espinosa) – affectio e affectus
9 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroHoje faremos uma pausa em nosso trabalho sobre a variação contínua, e voltaremos provisoriamente, por uma sessão, à História da Filosofia, sobre um ponto muito preciso. É como um corte, pedido por alguns de vocês. Esse ponto muito preciso concerne a isto: o que é uma Ideia e o que é um Afeto em Spinoza? Ideia e Afeto em Spinoza. No decorrer de março, a pedido de alguns de vocês, também faremos um corte sobre o problema da síntese, e o problema do tempo em Kant.
Experimento um curioso (…) -
Deleuze (C72-90:14-15) – falar em nome próprio
30 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroChego então à sua primeira crítica, onde você diz e repete com todas as letras: você está cercado, você está acuado, [13] confessa. Procurador geral! Não confesso nada. Já que se trata por sua culpa de um livro sobre mim, gostaria de explicar como vejo o que escrevi. Sou de uma geração, uma das últimas gerações que foram mais ou menos assassinadas com a história da filosofia. A história da filosofia exerce em filosofia uma função repressora evidente, é o Édipo propriamente filosófico: “Você (…)
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Deleuze (SSTC): corpo afetado por outro corpo
20 de abril de 2020, por Cardoso de CastroErnesto Hernández B.
Para Espinoza se tienen tres tipos de ideas. Por el momento, no hablaremos de affectus, del afecto, puesto que en efecto el afecto está determinado por las ideas que se tienen, pero no se reduce a las ideas que se tienen, esta determinado por las ideas que se tienen; entonces lo esencial es ver un poco cuáles son las ideas que determinan los afectos, teniendo presente en nuestro espíritu que el afecto no se reduce a las ideas que se tienen, que es absolutamente (…) -
Deleuze (EFP:23-26) – A consciência é apenas um sonho de olhos abertos
20 de abril de 2020, por Cardoso de CastroDaniel Lins & Fabien Pascal Lins
Espinosa propõe aos filósofos um novo modelo: o corpo. Propõe-lhe instituir o corpo como modelo: “Não sabemos o que pode o corpo...”. Esta declaração de ignorância é uma provocação: falamos da consciência e de seus decretos, da vontade e de seus efeitos, dos mil meios de mover o corpo, de dominar o corpo e as paixões — [24] mas nós nem sequer sabemos de que é capaz, um corpo. Porque não o sabemos, tagarelamos. Como dirá Nietzsche, espantamo-nos diante (…)