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José Le Roy: L’apaisement et la maîtrise
segunda-feira 30 de abril de 2018, por
José Le Roy
Depuis toujours, l’abandon des imprégnationsest appelé « śamah », apaisement.Le retrait des activités extérieuresest dite « damah », maîtrise. (Śaṇkara)
Śamah d’une racine śam- être apaisé ; Śamkara, l’auteur supposé de ce texte, a un nom qui signifie précisément « celui qui porte la paix ». On connaît bien le dérivé śanti : la paix
Damah d’une racine dam- dompter, discipliner, maîtriser.
Vāsanā signifie « imprégnations mentales », ce sont les traces laissées dans le psychisme par nos pensées et nos actes passés qui parfument notre individualité. Ces traces donnent naissance à des désirs-répulsions ; l’abandon des imprégnations mentales consiste donc pratiquement à se détacher de ces mouvements internes, à s’en libérer. Pour Śankara, je ne peux être disponible à la vision du Soi que si je suis maître des impulsions qui m’agitent, car comment pourrais-je ramener mon regard à sa source si je vis dans l’agitation intérieure ?
De même, je dois contrôler mes actions et ne pas me laisser emporter par l’extérieur. Cette maîtrise des mouvements intérieurs et extérieurs qui me tirent à la périphérie est nécessaire pour me permettre de revenir vers le centre de ma subjectivité, vers mon propre Soi dont on a déjà dit qu’il était éternel.
Antonio Carneiro
Desde sempre, o abandono das impregnaçõesé chamado « śamah », apaziguamento.A retirada das atividades exterioresé dita « damah », domínio. (Śaṇkara)
Śamah de uma raiz śam- ser apaziguado; Śamkara, o suposto autor desse texto, tem um nome que significa precisamente « aquele que leva a paz ». Conhece-se bem o derivado śanti: a paz
Damah de uma raiz dam- domar, disciplinar, dominar.
Vāsanā significa « impregnações mentais », esses são os traços deixados no psiquismo por nossos pensamentos e nossos atos passados que perfumam nossa individualidade. Esses traços dão nascimento à desejos-repulsões; o abandono das impregnações mentais consiste então praticamente à se desapegar desses movimentos internos, a se liberar deles. Para Śankara, só posso estar disponível à visão do Si mesmo se sou mestre dos impulsos que me agitam, pois como poderia reconduzir meu olhar a sua fonte se vivo na agitação interior?
Assim também, devo controlar minhas ações e não me deixar levar pelo exterior. Este domínio dos movimentos interiores e exteriores que me lançam à periferia é necessário para me permitir retornar em direção ao centro de minha subjetividade, rumo ao meu próprio Si mesmo do qual já se disse que era eterno.