Capítulo 2: Analise dicotômica da divisibilidade e da indivisibilidade da alma. 5-35. Exame das consequências da hipótese segundo a qual a alma seria somente divisível. Demonstração de sua impossibilidade. 35-39. Demonstração da impossibilidade da hipótese adversa segundo a qual a alma seria exclusivamente indivisível. 39-49. Conclusão: a alma é ao mesmo tempo divisível e indivisível.
Míguez
2. La naturaleza del alma, pues, ha de ser tal que no pueda haber al lado de ella ni un alma que sea sólo (...)
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Platão / Platon / Platón / platonism / platonismo / platonisme
PLATÃO (grego Πλάτων, Platon) (427-348 aC)
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
OBRA COMPLETA EM VERSÕES FRANCESAS
OBRA COMPLETA TRADUÇÃO BENJAMIN JOWETT
DIÁLOGOS ONLINE EM DIFERENTES VERSÕES EM INGLÊS
A tradição filosófica assimila Platão, na leitura, no comentário e no uso que faz de sua obra, ao instituidor de termos cuja evidência marcou toda a história da filosofia. Seria possível escrever filosoficamente fora dos termos platônicos, que a tradição filosófica retoma ou critica? Para sempre a ousia vem confundir a distinção serena da essência e da existência, o eidos assombrar a eidética, a idea legitimar todos os idealismos; tantos termos que se formaram em conceitos que incontestavelmente testificam por sua fortuna a vã nomotética de Platão. Todavia, a disponibilidade dos termos platônicos, a familiaridade que toleram, ocultam a segunda figura em operação no Crátilo, aquela do dialético, sem o qual a produção nomotética perde toda significação. Herdeira do léxico, dos instrumentos, a tradição o foi. Mas que fez ela do dialético? Este, reconhecido como o praticante da “ciência mais elevada”, viveu dias gloriosos e pôs a pedra angular do edifício do platonismo. Mas secundarizando seu papel, esquece-se a lição do Crátilo, segundo a qual só aquele que sabe usar a palavra-instrumento na arte da dialética pode dar conta da palavra ela mesma, arrancá-la da eros ão da usura . O texto platônico, tecido, tramado segundo uma nomotética e uma dialética, não sai indemne de uma leitura que pretenda disjuntá-las e se esquiva a toda apreensão que tente fazer qualquer economia desta articulação. [Montet, Danielle. Les traits de l’être. Essai sur l’ontologie platonicienne. Paris: Jérôme Millon, 1990, p. 5]
Matérias
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Plotino - Tratado 4,2 (IV, 2, 2) — Analise dicotômica da divisibilidade e da indivisibilidade da alma
15 de maio, por Cardoso de Castro -
Gaston Maire – Biografia de Platão
17 de setembro, por Cardoso de CastroExcertos do livro de Gaston Maire, "Platon", trad. para português de Rui Pacheco.
A biografia de Platão defronta-se com dificuldades insuperáveis. É certo que numerosos pormenores, por vezes aparentemente muito precisos, foram transmitidos pelos primeiros discípulos, nomeadamente pelo próprio sobrinho Espeusipo e por Xenócrates, e recolhidos por Diógenes Laércio (Vida, doutrina e sentenças dos filósofos ilustres, livro III); além disso, a Carta VII, escrita por Platão na sua velhice e cuja (...) -
Plotino - Tratado 27,22 (IV, 3, 22) — A alma está no corpo como a luz está no ar
21 de abril, por Cardoso de CastroCapítulos 20-24: A alma está no corpo como em um lugar? Cap 20 a 21: A alma não está no corpo, como em um lugar, nem como um substrato, nem como uma parte em um todo, nem como a forma na matéria, nem mesmo como o piloto em seu navio Cap 22: A alma está no corpo como a luz está no ar, e é o corpo que está na alma Cap 23: Como as faculdades da alma se exercem localmente Cap 24: A saída da alma fora do corpo
Míguez
22. ¿Diremos entonces que el alma está presente en el cuerpo como el fuego lo está en (...) -
Daniélou: ORIGÈNE ET LE MILIEU PHILOSOPHIQUE
13 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroExtrait d’Origène, par Jean Daniélou. La Table Ronde, 1948.
Les chapitres précédents nous ont montré que la vie et la pensée d’Origène plongeaient dans la communauté chrétienne, dans sa foi, dans ses sacrements, dans son idéal de sainteté. Mais, par ailleurs, la pensée d’Origine s’est aussi définie en fonction de la philosophie grecque de son temps. Nous avons vu dans quelles circonstances Origène a été amené à étudier la philosophie. Ce n’est pas, comme Justin ou Clément, un philosophe converti au (...) -
Histoire critique de l’École d’Alexandrie (I)
24 de março de 2008, por Cardoso de CastroBNF-Gallica
TABLE DES MATIÈRES DU PREMIER VOLUME.
Préface.
PREMIÈRE PARTIE.
Introduction.
LIVRE PREMIER.
Chapitre I. Platon
Chapitre II. Aristote
Chapitre III. Décadence de la philosophie grecque. Le Stoïcisme
LIVRE DEUXIÈME
Chapitre I. Établissement de la philosophie grecque en Orient. Influence du Platonisme sur la fusion des doctrines grecques et orientales
Chapitre II. École juive. Ses origines. Théologie des Hébreux. La Genèse. Les Livres de Salomon. Les livres de la Sagesse et de (...) -
Pessoa: CRÍ TICA DA TEORIA DE PLATÃO
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". A Filosofia no Tempo.
Erra Platão quando diz que só a Beleza é Bela, que só a Brancura é verdadeiramente branca. Pois ser belo significa «participar na Beleza» e ser branco significa «participar na brancura», possuir a brancura nalgum grau. Mas a Beleza não possui Beleza, nem a Brancura possui o branco.
Quando, vendo que o infinito contém todos os números, dizemos que ele é o único número verdadeiro, estamos a cometer o (...) -
Jean Brun (Platão) – A Recusa da Aparência
18 de setembro, por Cardoso de CastroEsta distinção de quatro tipos de conhecimento mostra-nos claramente que, para Platão, a aparência não pode ressaltar de qualquer processo inteligível e que se o aparecer está ligado ao ser devemos ir daquele até este. Uma tal distinção mostra-nos ainda que a matemática tem na filosofia de Platão um papel proeminente mas puramente propedêutico, como iremos em seguida pormenorizar.
A recusa da aparência
Heidegger critica Platão por este ter contribuído para a introdução de uma separação entre o ser e o (...) -
Jean Brun (Platão) – A Alegoria da Caverna
18 de setembro, por Cardoso de CastroPlatão colocou, depois de Parmênides e numa perspectiva muito diferente, o problema das relações entre o ser e o conhecer: se o ser é posicionado, como irá ele deixar-se penetrar pelo conhecimento que eu possa ter dele? Se partir do «eu penso», poderei dizer que não existe qualquer ser independente de mim com o qual o meu pensamento se relacione? Eis o grande problema que coloca Platão e cuja gênese tentaremos reproduzir.
O livro VII da República inicia-se com um dos textos mais célebres de Platão: (...) -
Plotino - Tratado 47,11 (III, 2, 11) — As razões produzem tudo, mesmo os males
27 de maio, por Cardoso de CastroCap. 11: As razões produzem tudo, mesmo os males, pois tudo não tem ser igual no universo e tudo aí está bem disposto.
Míguez
11- ¿Hemos de atribuir a la naturaleza y a la sucesión de las causas el que cada cosa sea así y tan bella como es posible? Contestaremos que no y que la razón lo hace todo con plena soberanía y voluntad. Esa razón obra de acuerdo consigo misma cuando produce los seres malos, porque no quiere realmente que todos los seres sean buenos.
Comparémosla con el artista que no sólo (...) -
Platão (Alcibíades I:127c-130a) – remediar o mal da política
11 de fevereiro, por Cardoso de CastroRobin
Alcibiade: Moi non plus, par tous les Dieux, je ne sais plus, Socrate, ce que je veux dire! Et il est bien possible que, depuis longtemps même, je sois, sans m’en être douté, dans une bien vilaine situation!
Socrate: Allons! il faut avoir confiance! Si c’était en effet à cinquante ans que tu t’étais rendu compte de l’état où tu es, [d] il te serait difficile d’avoir souci de toi-même! Mais l’âge que tu as, c’est l’âge auquel on doit s’en être rendu compte!
— Mais, une fois qu’on s’en est rendu (...) -
Platão (Alcibíades I:109c-113c) – o que é o justo?
11 de fevereiro, por Cardoso de CastroRobin
Socrate: Alors, n’est-il pas vrai que ce «valoir mieux» sur lequel je t’interrogeais tout à l’heure par rapport à la décision de faire ou non la guerre, et à ceux auxquels il faut ou ne faut pas la faire, et dans le temps qu’il faut ou ne faut pas, ce doit être précisément ce qui est plus juste, n’est-ce pas?
Alcibiade: Oui, c’est évident!
— [d] En ce cas, que dirons-nous, cher Alcibiade? Est-ce toi qui ne t’es pas aperçu que cela, tu ne le sais pas? ou bien est-ce moi qui ne me suis pas aperçu que (...) -
Plotino - Tratado 45,13 (III, 7, 13) — O movimento do céu não é o tempo
21 de maio, por Cardoso de CastroCap 12, 22 a cap 13, 9: Interpretação do Timeu 38b-39d, de acordo com o que precede: o movimento do céu não é o tempo mas somente uma medida do tempo, que o torna visível Cap 13, 9-18: Retorno crítico à definição aristotélica do tempo: ela confunde a essência do tempo e um acidente daquele Cap 13, 18-30: Em que sentido o tempo nasceu ao mesmo tempo que o mundo (Timeu 37d7) Cap 13, 30-66: O movimento e a temporalidade da alma são anteriores ao movimento e à temporalidade das coisas sensíveis Cap 13, (...)
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Coomaraswamy (TE:64-74) – Platão - Tempo
27 de setembro, por Cardoso de CastroFilebo 53 D-59 A: «Hay [en nuestra existencia] dos cosas, un Sí mismo auténtico (auto kath’ahyto), y el otro que siempre persigue a otro que a sí mismo... uno que está siempre atento (eneka) a las cosas-que-realmente-son, y el otro que, habiendo devenido en razón (charin, quizás “por amor”) del primero — (es decir) en razón de algo (“otro” que sí mismo) — está siempre deviniendo...
Para Platón, el mundo lo hizo Zeus según un paradigma auto-mismado, estable, vivo, y no generado, sino eterno (aidios); y como (...) -
Plotino - Tratado 40,5 (II, 1, 5) — Sobre o demiurgo, a alma do mundo e a alma intelectiva
31 de maio, por Cardoso de CastroCapítulos 3-5: A alma e o corpo participam da imortalidade do vivente. Cap 3: O corpo do mundo e do céu Cap 4: O poder da alma do mundo Cap 5: Exegese do Timeu 41c, sobre o demiurgo, a alma do mundo e a alma intelectiva
Míguez
5. ¿A qué es debido que las partes del cielo subsistan y que, en cambio, no permanezcan los elementos y animales de la tierra? He aquí lo que dice Platón: "Unos provienen del Dios supremo, otros de los dioses salidos de éste; no es licito que conozcan su destrucción los (...) -
Mesquita (RP:64-66) – eidos - idea
26 de janeiro, por Cardoso de CastroA hipertrofia destes termos [ἰδέα/εἶδος], como marcas designativas de toda a ontologia platônica, é aliás, muito provavelmente, de origem aristotélica (cf. Metaph., A, 5, 987b7-8, b32), embora possa ser reconduzida a algumas formulações clássicas do próprio Platão [...].
Todavia, como é geralmente notado, as preocupações de Platão com a terminologia são, em regra, marginais, o que explica uma razoável flutuação vocabular, agravado no caso dos dois termos em presença pelo facto de o uso platônico ser já importado (...) -
Plotino - Tratado 23,10 (VI, 5, 10) — É em permanecendo nela mesma que a unidade verdadeira pode estar presente
29 de março, por Cardoso de CastroCap 10: É em permanecendo nela mesma que a unidade verdadeira pode estar presente nas outras coisas, que se suspendem a ela; é necessário que o mundo inteligível difira do mundo sensível.
Míguez
10. La unidad, pues, es prudente para permanecer en sí misma y no dirigirse a ningún otro lugar. Son las otras cosas las que se encuentran suspendidas a ella como si tratasen de descubrir el lugar donde se halla. Llamemos Eros a ese deseo en vigilia constante, siempre fuera y siempre apasionado de lo (...) -
Corbin (PM:14-19) – Momentos do Paradoxo do Monoteísmo
18 de dezembro, por Cardoso de CastroCORBIN, Henry. Le paradoxe du monothéisme. Paris: L’Herne, 1981
Los tres momentos de la paradoja son los siguientes: 1) Bajo su forma exotérica, la de la profesión de fe que enuncia Lá Iláha illá Alláh, el monoteísmo perece en su triunfo, se destruye a sí mismo convirtiéndose, sin saberlo, volens nolens, en una idolatría metafísica. 2) El monoteísmo no encuentra su salvación y su verdad más que al alcanzar su forma esotérica, ésa que para la conciencia ingenua parece destruirle y cuyo símbolo de fe se (...) -
Ficino (TP:L1C3) – acima da forma dividida no corpo há a forma indivisível, a alma
5 de setembro, por Cardoso de CastroChapitre III Au-dessus de la forme divisée dans le corps il y a une forme indivisible : l’âme.
Nous voilà donc montés du corps à la qualité. A la manière des Platoniciens nous appelons qualité toute forme divisée dans le corps. Mais doit-on s’arrêter là, comme les Stoïciens et les Cyniques ? Pas le moins du monde. La qualité est une forme. La nature de la forme est simple, efficace, prompte à l’action. C’est pourquoi les Physiciens l’appellent souvent acte. Dans le sein de la matière, cette nature se (...) -
Entralgo: A «epode» terapêutica de Platão
24 de marçoVengamos ahora al problema de la epode terapéutica. ¿ Cuándo esta epode dejará de ser supersticiosa y mágica ? ¿ Cuándo no será «ensalmo» o «conjuro», en el sentido estricto de estas palabras ? Creo que la respuesta de Platón puede ser lícitamente formulada así: una epode será filosóficamente aceptable y médicamente eficaz cuando alcance la condición de logos kalos, «bello discurso», y cuando el enfermo la reciba habiendo previamente «ofrecido», «entregado» o «presentado» su alma. Lo cual nos plantea el (...)
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Deleuze (DR:150-155) – o "eu"
30 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DELEUZE, Gilles. Diferença e Repetição. Tr. Luiz Orlandi e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988, p. 150-155]
português
Cogito cartesiano e cogito kantiano
Nada é mais instrutivo, temporalmente, isto é, do ponto de vista da teoria do tempo, do que a diferença entre o cogito de vista da teoria do tempo, do que a diferença entre o cogito de Descartes operasse com dois valores lógicos: a determinação e a existência indeterminada. A determinação (eu penso) implica uma existência (...)
Seções
Notas
- Alain: Le mythe de la caverne
- Alain: Maïeutique
- Alain: Que serait le monde sans les idées ?
- Bastid: Proclo comentador de Platão
- Bouillet - corpo parte do universo, alma parte da Alma do Mundo
- Bouillet – a unidade do princípio senciente
- Bouillet – alma e astros
- Bouillet – coexistência matéria e forma
- Bréhier (HF) – As Leis
- Bréhier (HF) – Ciência e Dialética do Amor
- Bréhier (HF) – Decadência da cidade
- Bréhier (HF) – Dialética platônica
- Bréhier (HF) – Ensinamento oral de Platão
- Bréhier (HF) – Finalidade da Filosofia
- Bréhier (HF) – Justiça e Temperança
- Bréhier (HF) – Justiça social
- Bréhier (HF) – Mito do Político
- Bréhier (HF) – Natureza e Sociedade
- Bréhier (HF) – Origem da ciência. Reminiscência e mito
- Bréhier (HF) – Platão, filosofia e política inseparáveis