(Wittgenstein1980)
No decorrer de uma investigação científica, dizemos toda sorte de coisas; formulamos um grande número de enunciados cujo papel não compreendemos na investigação. É que, na verdade, as coisas não se passam como se tudo o que dizemos tivesse um objetivo consciente; simplesmente soltamos a língua. Nosso pensamento se move segundo trajetórias impostas pela tradição; passamos automaticamente de uma ideia à seguinte, conformando-nos às técnicas que aprendemos. E é só então que devemos examinar o que dissemos. Fizemos toda uma série de movimentos inúteis, ou até inoportunos, e agora nos cabe esclarecer filosoficamente os movimentos de nosso pensar.