Para construir o templo, para criar o lugar dentro do qual a mais elevada santidade poderia ser contatada — óbvio que esse grande templo era interno, e não um simples edifício externo —, ele precisava da ajuda do shamir — alguma coisa pequena e oculta, alguma coisa tão ativa que, simbolicamente, conseguia cortar qualquer coisa. Penetrar qualquer coisa. Sem esse poder sutil, o templo do homem não poderia conter aquele a quem os hebreus deram o nome de YHWH — ou seja, o Eu sou.
Essa coisa sutil, fina, capaz de penetrar em tudo — essa força que conseguia cortar a pedra mais dura —, é guardada por Asmodeus, o chefe dos demônios.
Salomão traça um plano. Asmodeus, dizem-lhe, mora nas montanhas das trevas. Ali ele tem um poço de água, coberto com uma grande pedra e fechado com seu selo. ‘Vá às montanhas das trevas’, diz Salomão para seu servo de maior confiança, ‘e quando Asmodeus se ausentar, despeje vinho onde hoje existe água cristalina dentro do poço.’
O servo obedece e quando Asmodeus retorna, sua raiva é imensa ao encontrar vinho no poço. Conhece muito bem o poder daquela bebida de anuviar sua mente. Mas a sede acaba por dominá-lo e ele bebe, caindo em seguida em estupor. O servo de Salomão, armado de correntes e do anel mágico contendo o grande selo de Salomão — a estrela de seis pontas, representando a interpenetração dos reinos celestial e terreno, com o nome sagrado de Deus inscrito nele —, subjuga o grande chefe dos demônios e o leva de volta para o rei.
’Por que?’, Asmodeus pergunta a Salomão. ‘Por que me subjugastes? Por que me cobriu com essas cadeias? Por que não me deixou viver e agir como sempre faço, andando pra lá e pra cá, entre terra e céu, prestando atenção e estudando as sagradas discussões entre os anjos do céu e entre vocês aqui, mortais da terra? Por que não me permitiu ocupar o lugar que me foi designado por Deus nos dois mundos do céu e da terra? Não lhe bastou ser rei e governador sobre tudo o mais neste mundo? Não consegues admitir que também eu tenha um lugar?’
’Deus é o motivo, o único motivo, porque o trago até minha presença’, replica Salomão. ‘Quero de ti aquele sobre quem só você tem poder, o shamir, para cortar as pedras do templo de Deus. Onde posso encontrar o shamir?’
’O shamir não está comigo’, responde Asmodeus. ‘Ele foi confiado a Rahab, governador das águas e dos mares, que por sua vez confiou-o ao mais valoroso dos pássaros, a poupa. E você, grande rei, deve saber como a poupa foi encarregada de empregar o shamir.’
’Fale!’ exige Salomão.
’É tarefe da poupa’, explica Asmodeus, ‘colocar o shamir sobre as rochas estéreis, sem vida, da terra, que então se partem sob ação dele. Depois disso, a poupa carrega no bico sementes de cada espécie de árvore, deixando-as cair dentro das novas fendas de rochas. Pouco a pouco as rochas nuas e estéreis transformam-se em lugares frutíferos, cheios de vida’.
’O shamir é aquela força cuja ação permite que a vida floresça onde até então ela não conseguia entrar’.
’Para a construção do templo de Deus’, diz Salomão, ‘vamos encontrar essa poupa e tirar-lhe o shamir.’
E assim é feito. Guerreiros e caçadores são enviados para lugares despovoados. Sobre uma montanha escarpada encontram o ninho e o cobrem de vidro. Quando a poupa volta e não consegue alimentar seus filhotes, ela vai buscar o shamir para cortar o vidro. Quando isso acontece, os caçadores atiram uma pedra no pássaro. O shamir cai da montanha, os caçadores pegam-no e o levam para Salomão. E assim, o templo de Deus é construído.
Mas a lenda nos conta ainda que, ao ver que falhara em sua responsabilidade, a poupa se mata de remorso.
Como pode ser que Salomão se visse obrigado a procurar o chefe dos demônios, em busca do poder para construir o templo de Deus?
Na verdade, é a questão do próprio Salomão. Muito antes de o shamir fazer seu trabalho, Asmodeus continua acorrentado. ‘Se fosse mesmo só por causa de Deus que me mandastes prender’, diz Asmodeus, ‘então por que ainda estou aqui? Deixe-me ser livre e fazer meu trabalho, que não foi menos ordenado pelo Altíssimo que o seu, ó grande rei!’
Mas, acima de tudo, Salomão quer compreensão, conhecimento. E isso que faz dele uma pessoa tão especial, essa sede de saber. Poucos personagens da literatura mundial representam de maneira tão poderosa o desejo pelo conhecimento e compreensão. Por esse motivo aqueles para quem a piedade consiste basicamente na fé sem crítica não conseguem compreendê-lo. Em nossa era, no entanto, onde o impulso em direção ao conhecimento é tão predominante, talvez possamos responder a Salomão mais do que aos símbolos sagrados convencionais. O conhecimento que Salomão busca é muito ‘caro’. Só se pode alcançá-lo por intermédio de uma espécie excepcional de experiência, um envolvimento em todas as forças da vida.
E assim, Salomão busca aprender com o próprio diabo.
’Diga-me’, diz Salomão para Asmodeus, ‘qual a natureza do seu poder? Como podes governar com tanta força sobre a humanidade?’
’Solte-me’, responde Asmodeus, ‘deixe-me segurar teu anel com o sinete por um instante, e lhe mostrarei o segredo do meu poder.’
Podemos bem imaginar a mente do rei Salomão. Ele correrá o risco que nenhum outro correria. Eu o vejo como Ulisses, outro personagem que vivia à procura de desafios, outro grande símbolo do envolvimento intencional no todo da vida, ousando apenas para adquirir o conhecimento do Ser. Ulisses — cujo nome grego, Odisseu, significa literalmente ‘aquele que procura dificuldades’ —, o rei de ítaca que se permite ser vencido por Circe, a fonte dos sonhos animais de prazer. Ulisses, que se arrisca a lutar com o ciclope Polifemo, de um olho só e devorador de homens, representando o poder devorador do mundo sensorial. O mesmo Ulisses que comprova, pelo espírito de Aquiles, que a verdadeira vida humana está alicerçada na luta pela presença consciente, que estar no Hades, na terra das trevas, é perder a totalidade da atenção a si próprio, mesmo enquanto se adquire fama e glória aos olhos do mundo, mesmo quando se é, como Aquiles era, a descendência de um ‘deus’. Ulisses, o homem de vários artifícios — rei, guerreiro, tolo, proscrito; e Salomão, sábio, favorecido por Deus, passional, corajoso e estranhamente humano demais em seus amores. O Salomão hebreu; o Ulisses grego; o Gilgamesh sumério; o Arjuna hindu; o Coyote norte-americano; o Lancelot da corte do rei Artur — uma lista infinita de símbolos transmitidos pela imensidão de mitos e lendas que nos contam do caminho na vida.
Salomão corre o risco. Solta Asmodeus e lhe entrega o anel sagrado. Com um forte clarão, Asmodeus cresce até ficar imenso, uma de suas asas tocando a terra, a outra roçando os mais elevados domínios do céu. Dessa forma, com as asas tocando cada um dos dois mundos, o chefe dos demônios engole Salomão e o cospe com tanta força que o atira longe, muito além da santa Jerusalém, a cidade de Deus, para um país distante e estrangeiro. Quanto ao anel que contém o nome sagrado de Deus, Asmodeus o lança para a imensidão do oceano, o domínio de Rahab, governador dos mares, a quem Deus originalmente confiou o shamir.
Tendo lançado o rei Salomão para um país distante, e o anel sagrado dentro das profundezas do mar, Asmodeus em seguida rouba as câmaras internas do rei. Ali se apodera dos trajes reais, coloca sobre a cabeça a coroa real e muda seu rosto para o rosto de Salomão! Senta-se no trono do rei e julga o povo. De acordo com a lenda, ninguém sabe que não é Salomão que os governa, mas o chefe dos demônios, Asmodeus!
Salomão correra o risco de libertar Asmodeus a fim de aprender o segredo do seu poder sobre os homens. Pois é esse o segredo: o poder de Asmodeus está em sua capacidade de assumir o rosto e a função do verdadeiro governador, o verdadeiro eu interior! O poder de todos os outros demônios se deriva desse poder maior de Asmodeus.
O chefe dos demônios, a principal fraqueza do homem é o sentido falso do Eu!
O verdadeiro rei está no exílio!
Um usurpador tomou o trono!
E agora, eis Salomão vindo para uma terra estranha e desconhecida. Não sabe onde está, nem para onde vai, nem o que faz. Sente-se pasmado, fome e sede o atormentam. Anda com dificuldade, sem destino certo, através de um bosque onde não existem trilhas, até chegar a uma poça de água. Ao se curvar para beber, depara-se com o próprio reflexo na água, e o que ele vê o perturba. A luz da realeza e majestade desapareceu de seu semblante, a ponto de deixá-lo pequeno e encurvado, não mais possuindo a estatura de um rei. Paralisado de medo, Salomão olha mais de perto e outra vez se espanta ao perceber que inclusive a marca ao redor de sua cabeça, provocada pela coroa da casa de Davi, desapareceu.
E Salomão chorou. Todo o dia chorou diante de Deus, em altos brados: ‘O senhor desviou de mim sua misericórdia, o senhor tirou de mim minha herança!’
E Salomão chorou. Alguns relatos dessa história dizem que durante o sono, bastante conturbado, ele teve três sonhos. No primeiro, montanhas de prata e ouro vomitavam sangue em cima dele. No segundo, carruagens puxadas por um sem número de magníficos cavalos eram tragadas pela terra. E no terceiro, a grande multidão de suas viúvas e concubinas dançavam a sua volta quando desapareceram no ar, como fantasmas. Diz-se que Salomão despertou, trêmulo, e compreendeu que Deus visitara seus pecados nele mesmo — seu amor pela riqueza, pelo poder e pelas mulheres.
Mas em outras versões, a lenda guarda silêncio sobre essas coisas, deixando para nós ponderarmos sobre o significado mais profundo do exílio de Salomão, seu começo voluntário, como a opção profundamente voluntária de Ulisses para explorar, para buscar em meio a todas as forças da vida. Nas versões mais amenas da lenda, só nos contam que Asmodeus, governando no lugar de Salomão, cometeu vários excessos, mas mesmo assim não foi reconhecido por ninguém do povo de Israel, com exceção da mãe de Salomão, Betsabé. É principalmente nessas versões que surge a questão no ouvinte, como aliás deve mesmo acontecer, por meio de um sentimento oculto, que vai se infiltrando na mente como uma verdade que só pode ser sussurrada e ouvida por alguém que quer ouvir: quem, então, era rei enquanto Salomão governava? Quem é rei quando Asmodeus governa? Quem vive nossas vidas quando nos entregamos aos desejos e amores, e quando mesmo a sabedoria de Deus, pela qual podemos anelar com toda sinceridade, não consegue nos libertar? Eu não sou rei de minha própria vida, meu próprio eu. Como devo viver, o que devo experimentar a fim de ganhar a herança destinada à alma humana?
A lenda agora nos mostra Salomão despertando do sono, vagando pela terra desconhecida de aldeia em aldeia, de casa em casa, suas roupas transformando-se em andrajos dignos do mendigo mais miserável. Dia sim, dia não, ele grita para aqueles que o vêem: ‘Sou Salomão! Fui rei em Jerusalém!’ Tomam-no por louco. As crianças zombam dele e lhe atiram pedras.
Sou Salomão! Fui rei em Jerusalém! Essas palavras do rei exilado ecoam pela imensidão da lenda assim como ela hoje revela as aventuras de um homem à procura de seu verdadeiro ser e lugar. De acordo com alguns narradores dessa história, foi ao despertar do sono que Salomão compôs os versos por nós conhecidos como o Eclesiastes, a visão de um homem que viu em tudo o que a vida comum tem a oferecer, que viu que a vida sem seu próprio e verdadeiro eu não pode ter significado algum, que o amor e o favor de Deus, ou, como também se pode dizer, a energia divina, não consegue penetrar os recessos e fissuras da vida humana, a menos que exista eu sou verdadeira e completamente na presença de alguém.
Há um outro mal que observo debaixo do sol e que é grave para o homem: a um, Deus concede riquezas, recursos e honra, e nada falta de tudo o que poderia desejar; Deus, porém não lhe permite desfrutar estas coisas; é um estrangeiro que as desfruta. Isso é vaidade e sofrimento cruel. (Eclesiastes, 6:1-2.)
Esse, creio eu, é o segredo do Eclesiastes, que tem confundido teólogos há séculos com seu aparente cinismo, sua constatação de que não existe justiça ou realização debaixo do sol. A questão é que a influência de Deus, a influência daquilo que está acima do sol, não pode entrar na vida humana exceto pela da presença consciente do homem desperto, o verdadeiro rei.
Examinei todas as obras que se fazem debaixo do sol. Pois bem, tudo é vaidade e correr atrás do vento!
Observei outra coisa debaixo do sol: a corrida não depende dos mais ligeiros, nem a batalha dos heróis, o pão não depende dos, sábios, nem a riqueza dos inteligentes, nem o favor das pessoas cultas, pois oportunidade e chance aconteceu a eles todos. (Eclesiastes, 1:14 e 9:11.)
Essa lenda nos dá várias imagens dos anos em que Salomão vagou no exílio, das degradações e humilhações por que passou. Mas, como nos contos de fadas da nossa infância, ele também se apaixona por uma princesa, Naamah, que miraculosa-mente retribui seu amor. O rei, pai da princesa, expulsa os dois de suas terras, obrigando-os a viverem na mais abjeta miséria, sempre percorrendo ermos e desertos. Nesse ponto vemos que Salomão foi rebaixado em cada detalhe — o que significa dizer, na linguagem da lenda, que ele experimentou o seu nada.
Certo dia, depois de três anos no exílio — e o número três sempre significa um processo completo — o rei e a esposa, empobrecidos, jazem à beira da inanição, o que significa dizer que Salomão esvaziou-se, abriu-se por inteiro. Buscando uma forma de conseguir comida para a esposa e para si próprio, Salomão vaga por terras distantes, até se deparar com rastos humanos que o levam a um lugar junto ao mar onde pescadores puxam suas redes. Com seu último vintém, compra um peixe e o leva para Naamah. Ao rasgar a barriga do peixe para prepará-lo para o marido, de repente ela grita: ‘Venha, veja o que encontrei!’ Salomão corre para junto dela e vê, depositado nas entranhas do peixe, o anel sagrado que Asmodeus lançara nas profundezas do oceano!
A lenda nesse instante nos convida a imaginar Salomão colocando no dedo o anel com o selo sagrado e o nome sagrado de Deus. Uma súbita transformação se opera e ele surge novamente, magnânimo, em toda sua antiga majestade. O resplendor da realeza emana de seu rosto, a marca da coroa volta a sua fronte. Segundo a lenda, ele parou diante de Naamah como um grande e florescente cedro. Era outra vez o rei Salomão.
Naamah observa maravilhada enquanto ele cai de joelhos e profere a Deus uma oração de graças. Agora é capaz de receber dentro de si a majestade que antes ainda não havia penetrado em seu ser. Anos de exílio em condições que em nada correspondiam a sua natureza, anos em que a graça (a energia) de Deus dele se ausentara, anos de experimentar-se como um desgraçado, um mendigo mortal, sem no entanto jamais se esquecer de sua identidade como rei, anos inventando estratagemas e métodos para prosseguir com o objetivo de voltar para Deus, tudo isso deixou marcas em sua natureza e o trouxe para a autêntica dignidade real do homem, na qual o próprio eu sou do indivíduo se torna uma partícula consciente do Eu sou de toda a Criação, sendo este último o significado do nome secreto de Deus. Pois, como está escrito em letras esmaecidas e tem sido sussurrado em palavras suaves por todas as tradições interiores do mundo, o nome secreto de Deus é o nome secreto do homem.
Naamah vê Salomão de joelhos e a marca da coroa real que de repente apareceu em sua fronte. E Salomão lhe diz afinal quem ele na verdade é.
Como Ulisses ao regressar para Ítaca, Salomão volta a Jerusalém vestido como um mendigo. Pouco a pouco o povo da cidade — nossos eus menores — e os rabinos do conselho de anciãos o reconhecem e se dão conta de quem têm servido. Salomão irrompe no palácio e enfrenta Asmodeus, o chefe dos demônios, que assumira seu rosto e a função de rei.
A lenda não dá detalhes desse reencontro. Nenhum poeta espiritual sentiu-se tentado a incluir nessa narrativa o drama do segundo encontro entre Salomão e Asmodeus, o segundo encontro do rei interior com o falso rei, o encontro do eu sou e do falso eu que governa todos os impulsos de nossa natureza decaída. Peço-lhes, portanto, para que visualizem a cena mentalmente. O verdadeiro rei Salomão, ainda em roupas de mendigo, mas em plena majestade, com o semblante irradiando a luz da glória, parado diante do chefe dos demônios, cujo rosto é idêntico ao seu próprio, e traja os hábitos reais.
A lenda só nos conta, sem maiores elaborações, que Asmodeus voou para longe assim que Salomão lhe mostrou o anel sagrado, deixando o trono para seu ocupante de direito. Não existe nenhuma luta prolongada, não existe troca de palavras entre os dois, não existe, como hoje se diz, nenhum debate. O falso eu simplesmente desaparece, no mesmo instante e sem a mais leve objeção, quando plenamente confrontado pelo verdadeiro eu. O debate, a luta, aconteceu durante os anos. Naquele momento, com o verdadeiro eu plenamente desperto, o falso eu perde todo seu poder. Nosso esforço, a lenda está nos dizendo, deve ser para despertar o verdadeiro eu. Ele triunfará sem qualquer outra luta de nossa parte.
As lendas são mais sábias do que nós. Talvez optássemos por escrever uma batalha fantástica e decisiva. Mas essa batalha decisiva não existe. Só a vitória existe, sem violência e sem a passagem do tempo, instantânea e completa, quando eu sou está na nossa presença.
Mas a sabedoria da lenda não para por aí. Ela conclui dizendo-nos que, tendo assumido o lugar que lhe era de direito no trono o rei Salomão continuou com medo do poder de Asmodeus, sua principal fraqueza. Daquele dia em diante, todas as noites Salomão fazia com que seus mais poderosos guerreiros o guardassem de Asmodeus enquanto ele dormia. Nenhum homem tem o direito de presumir que não será tomado pela própria fraqueza, não importa que glória interior ele tenha alcançado. Não importa quem ou o que somos, devemos estar sempre alertas, vigilantes. Vamos dormir, faz parte de nossa natureza. Não estaremos sempre plenamente presentes. Como as palavras de Salomão no Cântico dos Cânticos:
E a liteira de Salomão! Sessenta soldados a escoltam, soldados seletos de todo Israel.
São todos treinados na espada, provados em muitas batalhas. Vêm todos cingidos de espada, temendo surpresas noturnas. (Cântico dos Cânticos 3: 7-8.)