Míguez
22. ¿Diremos entonces que el alma está presente en el cuerpo como el fuego lo está en el aire? Aclaremos en qué consiste la presencia del fuego en el aire, pues no se trata de que esté presente en el fuego sino mejor de que lo penetra enteramente, pero sin mezclarse a él. El fuego, en realidad, permanece inmóvil, mientras que el aire esta siempre fluyendo. Cuando el aire abandona la región de la luz, sale de ella sin dejar rastro de sí; pero, mientras está bajo la luz, permanece (…)
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Enéada IV, 3
Enéada IV, 3 (27)
PLOTINO - TRATADO 27 (IV, 3) - SOBRE AS DIFICULDADES RELATIVAS À ALMA (1)
Os tratados 27, 28 e 29 estão sob muitos aspectos no coração da obra de Plotino. São até mesmo quantitativamente, posto que estão justo no meio dos cinquenta e quatro tratados editados por Porfírio , que nos diz que foram redigidos durante o período particularmente fecundo que foram os seis anos ao longo dos quais Porfírio ele mesmo passou em Roma ao lado do mestre. Estes tratados participam de um movimento de síntese e de aprofundamento das questões filosóficas. Como já se vê no Tratado 26 e como se verá ainda nos tratados 30, 31, 32 e 33, este conjunto de tratados do 26 ao 33 parecem perseguir um esforço de elaboração doutrinal no seio do qual o conjunto 27-29 desempenha um papel maior. Os tratados 27-29, de fato, produzem a exposição mais completa da "psicologia plotiniana", quer dizer a exposição de sua doutrina da alma e de todas as dificuldades que aí são tradicionalmente associadas. E por esta razão mesma, estes tratados ocupam um lugar central na obra de Plotino: porque seu objeto é a alma, e porque a alma ela mesma ocupa um lugar ao mesmo tempo intermediário e determinante na concepção plotiniana da realidade mas também na sua teoria do conhecimento e na sua física . [Brisson ]
Capítulo 1, 1-16: Introdução geral: três razões para se interessar pela alma
- 1. Conhecer os princípios
- 2. Obedecer à máxima "Conhece-te a ti mesmo" (gnothi sauton).
- 3. Conhecer o sujeito conhecedor (hypokeimenon).
Capítulos 1, 16-8. Unidade e multiplicidade da alma: refutação da tese estoica.
- Capítulo 1, 16-37: Apresentação dos cinco argumentos em favor da tese segundo a qual nossa alma provém da Alma do Mundo, da qual ela é parte.
- Argumento 1: esta tese é compatível com a doutrina estoica
- Argumento 2: nossas almas são partes da Alma do Mundo, assim como nossos corpos são partes do Corpo do Mundo
- Argumento 3: a influência da rotação do mundo sobre nossas almas indica que elas provêm da Alma do Mundo
- Argumento 4: participamos da Alma do Mundo da mesma maneira que as partes de nosso corpo participam de nossa alma
- Argumento 5: não há alma fora da Alma do Mundo, que governa tudo o que é inanimado
- Capítulo 2-7: Exame, refutação e correção dos cinco argumentos.
- Cap 2: Resposta ao argumento 1: ser da mesma espécie não significa ser uma parte, e um incorporal não pode ter partes como tem um corpo
- Cap 3-6: Resposta ao argumento 4: a analogia do macrocosmo e do microcosmo, se tratando das relações da alma e do corpo, não é recepcionável senão com o custo de certas precisões
- Cap 7, 1-12: Resposta ao argumento 2: o Filebo sustenta bem que o mundo tem uma alma, mas não diz que nossa alma é uma parte do mundo
- Cap 7, 12-20: Resposta ao argumento 5: segundo o Fedro , a alma que perdeu suas asas não é a Alma do Mundo
- Cap 7, 20-31: Resposta ao argumento 3: nossa alma resiste à influência da revolução do mundo e a alma que anima o embrião vem do exterior
Cap 8: Dificuldades relativas à unidade e à multiplicidade da alma
Capítulo 9-19: A entrada da alma no corpo.
- Cap 9, 1-12: As duas maneiras para a alma de entrar em um corpo
- Cap 9, 12 a cap 11: A Alma do Mundo
- Cap 9, 12-51: A Alma do Mundo cria o Corpo do Mundo para avançar e agir através dele
- Cap 10 e 11: Segunda explicação: a Alma do Mundo é a intermediária que faz participar o sensível do inteligível
- Cap 12-19: As almas humanas
- Cap 12: Sua descida não é total mas cíclica
- Cap 13: Sua descida obedece a uma lei
- Cap 14: As almas são o ornamento do mundo
- Cap 15 a 17: Os diferentes níveis de descida
- Cap 18: O uso do raciocínio
- Cap 19: Um comentário do Timeu 35a-b
Capítulos 20-24: A alma está no corpo como em um lugar?
- Cap 20 a 21: A alma não está no corpo, como em um lugar, nem como um substrato, nem como uma parte em um todo, nem como a forma na matéria, nem mesmo como o piloto em seu navio
- Cap 22: A alma está no corpo como a luz está no ar, e é o corpo que está na alma
- Cap 23: Como as faculdades da alma se exercem localmente
- Cap 24: A saída da alma fora do corpo
Capítulo 25 (até o Tratado 28, 17): A memória em sua relação com a união da alma e do corpo.
- Cap 25: A memória não pertence ao intelecto
- Cap 26: A memória não pertence ao vivente
- Cap. 27: A memória pertence à alma
- Cap 27 a 31, 16: A memória depende da faculdade representativa e pertence como ela à alma sensitiva
- Cap 31, 16 até o Tratado 28, 5: Isto que se lembram as almas
- Cap 31, 16 a 32, 27: A sua saída do corpo
- Tratado 28, 1-5: No lugar inteligível