Página inicial > Palavras-chave > Escritores - Obras > República I

República I

  
Resumo analítico de Francis Wolff  , no livro de Julia Annas, Introduction à la République   de Platon   (PUF, 1981)

PREÂMBULO (L1): CRÍTICA DAS IDEIAS ADMITIDAS SOBRE A JUSTIÇA

  • Introdução: Sócrates   e Céfalo (327a-331d)
    • Sócrates na festa de Bendidios (327a)
      • Conversação com o velho Céfalo sobre os incômodos da velhice (328b)
      • O bem supremo que busca a fortuna é de não ser tentado a ser desonesto (330d)
    • Mas (primeira opinião sobre a justiça, Céfalo): a justiça consiste em "dizer a verdade e pagar suas dívidas"?
  • A) Crítica das definições correntes da justiça (331e-336a)
    • Primeira definição (Simonide, por generalização daquela de Céfalo): "dar a cada um aquilo que a ele se deve" (331e)
    • Segunda definição (aditamento à precedente): "fazer o bem a seus amigos e o mal a seus inimigos" (332b)
    • Primeira crítica (analogia justiça/arte): todas as técnicas são mais úteis que a justiça
    • Segunda crítica (analogia justiça/arte): o homem que sabe ser justo sabe também ser o mais injusto (333e)
    • Terceira crítica: quem são os verdadeiros amigos e os verdadeiros inimigos? (334b)
    • Terceira definição: fazer o bem ao amigo e o mal ao inimigo mau (335a)
      • Crítica: fazer o mal aos maus os torna piores; o homem justo não deve fazer o mal a ninguém
  • B) Discussão da tese de Thrasymaco: Thrasymaco intervém, revoltado contra o método seguido (336b)
    • Exposição e crítica da tese sofística: a justiça é o interesse do mais forte (336b-347e)
      • Exposição da tese (338c)
      • Primeira tentativa de refutação (339b)
        • Aquilo que os fortes instituem nem sempre é para eles vantajoso (339b)
        • Réplica: o forte só é forte enquanto não se engana sobre sua vantagem (340c)
      • Segunda tentativa de refutação (341c)
        • Toda técnica é feita para vantagem daquilo que sobre o qual ela se exercita e que ela domina
        • Réplica: toda técnica busca a vantagem daquele que a exercita e redesenvolvimento da tese; A injustiça é mais forte e mais livre que a justiça (344b)
      • Terceira refutação (345b)
        • Réplica à: distinção da função das artes enquanto artes e das vantagens buscadas por aqueles que as exercem; donde: a arte de governar se propõe para o bem dos governados (346e)
    • A injustiça é mais lucrativa que a justiça? (347e-354c)
      • Thrasymaco classifica a injustiça junto com a virtude e a sabedoria (348d)
      • Primeira refutação (349a)
        • A justiça é mais bela que a injustiça. O justo a conduz sobre seu contrário apenas, ele portanto sábio e bom. Intermezzo. (350c)
      • Segunda refutação (351a)
        • A justiça é mais forte: a injustiça impede os homens de agir em concerto
      • Terceira refutação (352d)
        • O injusto não é mais feliz que o justo: cada coisa tem sua virtude própria; a função da alma é de governar; sua virtude é a justiça (353d); o homem justo vive portanto melhor que o injusto
  • Conclusão (aporética)
    • Buscou-se qualificar a justiça — Saber se ela é uma virtude ou se ela é vantajosa — Sem conhecer sua essência