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sujeito-objeto

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Cuando hablamos de sujeto, no nos expresamos en un sentido lógico (lo que cae bajo la extensión de un predicado), ni en un sentido ontológico (lo que está debajo de las cualidades sensibles y las sostiene).

En una filosofía del conocimiento, sujeto significa algo estrictamente crítico, y puede significar o la persona que conoce (suppositum cognoscens, sujeto remoto de todo conocimiento), o la potencia que conoce (potentia cognoscitiva, sujeto próximo de conocimiento), o el mismo acto de conocer (actus cognitionis, sujeto inmediato cognoscitivo). En nuestra opinión, el sujeto gnoseológico esencial es el sujeto como persona que conoce, aunque para los análisis   críticos tengamos que acudir necesariamente a la potencia y al acto. Nuestra opinión se funda en la convicción de una mayor humanización de la Gnoseología, so pena de dejar la solución navegando en una nube imprecisa de presupuestos inconvincentes.

A su vez, el término objeto tiene un sentido estrictamente filosófico y un sentido crítico. En un sentido filosófico significa cualquier realidad en su peso específico ontológico; mas en su sentido crítico significa todo aquello que se opone (ob-icitur) al sujeto en su sentido crítico-gnoseológico. El sentido, pues, de la realidad objetiva como el contrapunto del conocimiento objetivo, es mucho más amplio que el objeto entendido en un sentido elemental filosófico. [José Maria de Alejandro, "Gnoseología"]


Se considerarmos a nossa realidade do ponto de vista do sujeito, daquele ponto de vista que podemos chamar de “excentricidade subjetivista”, ela se apresentará como uma única enorme procura e interrogação, uma busca de significado. Essa excentricidade subjetivista caracteriza, por exemplo, o pensamento romântico. Se considerarmos a nossa realidade do ponto de vista do objeto, que podemos chamar de “excentricidade objetivista”, ela se apresenta como um único enorme obstáculo, uma barreira categórica que nos determina e sobre nós impera. Essa excentricidade objetivista caracteriza, confessa ou inconfessa, por exemplo, o pensamento marxista. A aparente dicotomia entre as duas [52] excentricidades se dissolve na visão da frase inteira, na qual tanto sujeito como objeto têm “Bewandnis”. A realidade se apresentará, desse ponto de vista, como uma indicação, isto é, uma articulação, uma organização linguística que supera, no “Sachverhalt” entre sujeito e objeto, o interrogativo e o imperativo. O objeto alcançado pelo sujeito na frase desvenda a eterna querela entre deterministas e indeterministas como sendo uma querela entre excêntricos, como uma querela nascida de uma falsa gramática.

As palavras “sujeito” e “objeto”, se consideradas etimologicamente no sentido de “língua pura” (conforme indiquei mais acima), não deveríam dar margem a muita confusão. “Sujeito” é aquilo que está no fundo do projeto (sub-jectum). “Objeto” é aquilo que obsta o projeto (ob-jectum). Entretanto ambas palavras fazem parte, há milhares de anos, da conversação filosófica e têm sido, portanto, utilizadas fora do seu contexto autêntico, que é a gramática. Dessa forma deram origem a múltiplas especulações metafísicas que devem ser conduzidas ao absurdo, se as palavras forem recolocadas no seu contexto. Por exemplo, a distinção entre “objeto real” e “objeto ideal”, ou a identificação de sujeito com “Eu” ou com “Deus”. Trata-se, nos exemplos citados e em outros, de simples erros de sintaxe. Espero que a presente discussão possa contribuir para a eliminação desses erros e para a recolocação de ambas as palavras em seu contexto estruturalmente certo, isto é, em seu contexto dentro da estrutura das línguas flexionais.


Sujeito e objeto, horizontes que são da frase, formam os elos entre frases e garantem, dessa maneira, a continuidade da realidade. Por exemplo: “O homem lava o carro. Mais tarde, o homem guia o carro”. Esses dois “Sachverhalte” participam do mesmo contínuo de realidade, porque as duas frases contêm o mesmo sujeito e objeto. Encarado o problema do fluxo da realidade desse ponto de vista gramático, a eterna querela entre Parmênides   e Heráclito   fica superada.

Sujeito e objeto, os “onta” imutáveis da especulação pré-socrática, transcendem o rio heraclitiano no sentido de participar dele somente para lhe garantir o fluxo. Não fazem, a rigor, parte do rio, não são “reais” no sentido pré-socrático. Justamente por serem imutáveis, isto é, não totalmente predicáveis, [56] não são propriamente “onta”. São os limites e as metas dos predicados.

O predicado “significa” o sujeito e o objeto. Dentro do predicado, o sujeito e o objeto adquirem significado. O predicado é o sujeito e objeto transformado em sinal, em signo. Fora da frase, “o homem” e “o carro” são símbolos sem significado, a procura de significado. Como sujeito e objeto da frase adquirem o significado “lava”. Tornam-se signos graças ao “lava”. Como símbolos, transcendem o “Sachverhalt”, como signos, como tendo significado, participam dele. O “Sachverhalt” (a frase) é significante no sentido de transformar símbolos em signos. A realidade é o processo que transforma símbolos em signos, predicando símbolos. O sujeito e o objeto são o vir-a-ser da realidade, porque são o vir-a-ser da frase dentro da qual adquirirão significado. [FLUSSER  , Vilém. Da dúvida. São Paulo  : É Realizações, 2018, p. 51-52, 55-56]

LÉXICO: sujeito-objeto

HEIDEGGER  : Subjekt / sujeito / sujet / subjetivo / subject / Subjektivität / subjetividade / subjectivité / subjectivity / Subjektität / subjectness / subiectity / Subjekt-Objekt-Beziehung / rapport sujet-objet / relação sujeito-objeto / subject-object-relation / relación-sujeto-objeto / Subjektivierung / subjectivisation / subjetivação / subjetivização / subjectivizing / Gegenstand / Gegen-stand / Objekt / obiectum / objeto / objet / object / Gegenständlichkeit / objectivité / objetividade / objetividad / Gegenstandsbezirke / área objectual / Objektivierung / objectivation / objetivação / Objektiv / Objektivität / objective / objectively / objectivity / Vergegenständlichung / objectivation / objetivação / objectification