[FERREIRA DA SILVA, Vicente. Transcendência do Mundo. São Paulo: É Realizações, 2010, p. 223-225]
“Sobre a Origem e o Fim do Mundo”, Jornal de Letras, Rio de Janeiro, abr. 1950.
Continuando o estudo da origem do mundo, na linha dessas nossas reflexões, vejamos se é possível pensar essa origem como uma criação de coisas. Só podemos falar em coisas como de realidades intramundanas, isto é, como seres que se destacam numa prévia presença mundanal. A esse respeito, diz Heidegger: “O mundo não é simples (...)
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Homero / Ilíada / Odisseia
HOMERO. Ilíada. Tr. Frederico Lourenço. Lisboa: Quetzal Editores, 2019
HOMERO. Odisseia. Tr. Frederico Lourenço. Lisboa: Quetzal Editores, 2018
Porphyry informs us, in his excellent treatise, De Antro Nymph. [TTS vol. 13] that it was the opinion of Numenius, the Pythagorean, (to which he also assents) that the person of Ulysses, in the Odyssey, represents to us a man, who passes in a regular manner, over the dark and stormy sea of generation; and thus, at length, arrives at that region where tempests and seas are unknown, and finds a nation, who
Ne’er knew salt, or heard the billows roar.
Indeed, he who is conscious of the delusions of the present life, and the enchantments of this material house, in which his soul is detained, like Ulysses in the irriguous cavern of Calypso, will, like him continually bewail his captivity, and inly pine for a return to his native country. Of such a one it may be said as of Ulysses (in the excellent and pathetic translation of Mr Pope,)
But sad Ulysses by himself apart.Pour’d the big sorrows of his swelling heart;All on the lonely shore he sate to weep,And roll’d his eyes around the restless deep:Tow’rd the lov’d coast, he roll’d his eyes in vain,Till, dimm’d with rising grief, they stream’d again.Odyssey book v. 103.
Such a one, too, like Ulysses, will not always wish in vain for a passage over the dark ocean of a corporeal life, but by the assistance of Mercury, who may be considered as the emblem of reason, he will at length be enabled to quit the magic embraces of Calypso, the goddess of Sense, and to return again into the arms of Penelope, or Philosophy, the long lost and proper object of his love. [Thomas Taylor ]
Matérias
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Ferreira da Silva (TM:223-225) – origem do mundo
10 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Beneval de Oliveira: A reinterpretação da filosofia grega segundo inspiração heideggeriana
5 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroA Fenomenologia no Brasil, Beneval de Oliveira, Pallas, 1983 O presente trabalho tem como objetivo enfocar a temática do existencialismo brasileiro. Neste sentido, procuramos pesquisar as origens dessa temática, a partir de uma reinterpretação da filosofia grega, dando ênfase, sobretudo, à ontologia de Martin Heidegger, justamente por ter esse filósofo despertado maior atenção que os demais filósofos existencialistas entre os nossos estudiosos da matéria.
De outro lado, procuramos analisar a frio, (...) -
Platão - A República - Livro I (331e-336a) — Primeira tentativa de definir justiça
17 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroEggers Lan
331e Entonces interpelé a Polemarco:
—Puesto que eres el heredero de la argumentación, di qué es lo que Simónides afirma correctamente acerca de la justicia.
—Que es justo devolver a cada uno lo que se le debe: me parece que, al decir esto, habla muy bien —respondió.
—Ciertamente —dije—, no es fácil dudar de lo que dice Simónides, pues es un varón sabio y divino. No obstante, qué es lo que quiere decir, tal vez tú lo sepas, Polemarco, mas yo lo ignoro. Porque es evidente que no se refiere a (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:118-123) – interpretação da República VI e VII (504d-517c)
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 118-123]
REPÚBLICA VI e REPÚBLICA VII
68. Só para desentranhar todas as implicações destas poucas páginas da República, necessário seria escrever um livro inteiro. Supondo que não nos tenhamos omitido de ler com a devida atenção nenhum dos mais importantes comentários que constam da bibliografia especializada, digamos, para começar, que só nos ocorre uma excepção (Fergusson) ao quase unânime (...) -
Plotino - Tratado 1,8 (I,6,8) - A fuga para o "aqui em baixo": Ulisses e Narciso
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBaracat Júnior, José Carlos. Plotino, Enéadas I, II e III; Porfírio, Vida de Plotino. Introdução, tradução e notas. Tese de Doutorado. Campinas, UNICAMP, 2006
Baracat
8. Então, qual o modo? Qual a concepção? Como alguém contemplará uma "beleza inconceptível" que, por assim dizer, guarda-se no íntimo dos sacros áditos e não se adianta afora para que mesmo um profano a veja? Avance e adentre quem é capaz , deixando do lado de fora a visão dos olhos e sem mais voltar-se para as antigas fulgências dos (...) -
Platão - A República (estrutura segundo Annas)
17 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroEstrutura-resumo baseada no livro ANNAS, Julia. Introduction à la "République" de Platon. Paris: PUF, 1994, p. 451-466
PREÂMBULO
PREÂMBULO (LIVRO I): CRÍTICA DAS IDEIAS ADMITIDAS SOBRE A JUSTIÇA Introdução: Sócrates e Céfalo (I, 327a-331d) Sócrates na festa de Bendidios Conversação com o velho Céfalo sobre os incômodos da velhice O bem supremo que busca a fortuna é de não ser tentado a ser desonesto Mas (primeira opinião sobre a justiça, Céfalo): a justiça consiste em "dizer a verdade e pagar suas (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:31-33) – Horizonte
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 31-33]
1. Conhecimentos geográficos e astronômicos, acumulados e sedimentados durante mais de vinte séculos de reflexão filosófica e investigação científica, já não nos permitem a vivência primordial do horizonte: por de mais sabemos que a esfera é o estereograma da realidade que se ocultava sob a aparência dos distantes confins do céu e da terra. Mas teriam ficado definitivamente relegados para o (...) -
Platão - A República - Livro II (357a-367e) — Repercussões do debate sobre a justiça
9 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroIntrodução metodológica: o desafio lançado por Sócrates e seu método para observá-lo (II, 357a-369b) Sócrates classifica a justiça entre as coisas que nós achamos desejáveis nelas mesmas e por suas consequências Retomada, para relançar a discussão, da tese de Thrasymaco por Glaucon e Adimante: Glaucon: Ninguém, se está seguro da impunidade, resistirá à tentação de cometer a injustiça (lenda do anel de Gyges) Adimante: O que importa não de ser justo mas de parecê-lo, tanto aos olhos dos homens como dos deuses (...)
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Eudoro de Sousa (HCSM:214-219) – mitologia, mito, mítico
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 214-219]
Não que faltem manuais, tratados, dicionários ou enciclopédias especializadas, expondo de maneira mais ou menos resumida ou de modo excessivamente minucioso, o que se deva entender por tal palavra [mitologia]. Mas não há leitor que não perca o pé nesse oceano de erudição (nós o perdemos, lendo o artigo «Zagreus» que W. Fauth escreveu para a REI), ao bem atentar em «histórias» que, no (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:69-73) – Tales de Mileto
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[Eudoro de Sousa. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 69-73]
A filosofia, na Grécia, tem por certidão de nascimento um texto de Aristóteles repetidamente citado e minuciosamente comentado (Met., I, 3, 983 b 6 e segs.): «a maioria dos primeiros filósofos, acreditaram que os únicos princípios (arkhas) de todas as coisas (hapanta tà ónta) são os de índole material; pois aquilo de que constam todos os entes e é a primeira origem da sua geração e término (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:125-142) – Heráclito
10 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[Eudoro de Sousa. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 125-142]
72. Deixamos Heráclito para o fim, por duas razões que, de algum modo, sem sabermos por ora quais sejam, devem andar estreitamente correlacionadas. A primeira é que o filósofo não tem lugar na «história» da filosofia grega, se por tal entendemos o desenvolvimento do que se chama «filosofia», em qualquer direcção bem definida a partir de problemas enunciados, de Tales de Mileto a Proclo de (...) -
Platão - A República - Livro X (595a-608b) – os imitadores
5 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroC) A má educação pelas artes de ilusão como causa da injustiça 1 Como a representação, na arte, está ligada à realidade A imitação: os três leitos (o leito pintado, o leito particular, a ideia de leito) e seus três artesãos (o pintor, o marceneiro e o deus). A imitação distanciada da realidade dos três graus. A poesia, notadamente homérica, ignora aquilo de que fala. O poeta, e em particular Homero, não pode em nenhum caso ser o educador da humanidade Pintura e poesia, artes de ilusão. Elas imitam não a (...)
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Fernandes (FC:204-208) – A invenção recente da consciência
9 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroFERNANDES, Sérgio L. de C.. Filosofia e Consciência. uma investigação ontológica da Consciência. Rio de Janeiro: Areté Editora, 1995, pp. 204-208
Gostaria de mostrar ao leitor de que maneira a consciência pode ser compreendida como parte do que chamamos de “natureza”; em outras palavras, tentarei eu mesmo compreender a “natureza” da consciência, ou seja, a relação entre a Aparência da consciência e suas “projeções” ou hipóteses, como uma “Realidade” no Universo. É a Realidade uma “parte”, ou “aspecto” da (...) -
Platão - A República - Livro X (608c-614a) – nova prova da imortalidade da alma
5 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro1 A imortalidade da alma (608c-612a) Demonstração da imortalidade da alma: toda coisa que possui em si um mal tende a ser destruída; inversamente sua excelência própria a preserva. Se uma coisa não é destruída por seu vício de constituição interna, nada o pode. Assim a doença acaba por destruir o corpo. Mas posto que a injustiça – mal interno – não pode vencer a alma, nada – de externo – não o pode. É preciso considerar que a verdadeira natureza da alma aparece quando ela está destacada do corpo e se associa (...)
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Eudoro de Sousa (HCSM:115-118) – Mito da Caverna
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 115-118]
RESUMO DE REPÚBLICA VII apenas de 514a-517a
67. «Agora afigura-te a condição da nossa própria natureza, quanto à relação entre cultura e incultura, da maneira que vai seguir. Representa-te homens que vivem numa espécie de morada subterrânea, em forma de caverna, que tem, em toda a sua largura, uma entrada que abre para a luz do dia; no interior desta morada, desde a infância, que (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:79-84) – Xenófanes
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[Eudoro de Sousa. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 79-84]
42. Não nos move, nem de leve, o intuito de escrever uma história, ainda que parcelar, da filosofia grega. Mas, a fim de [79] restabelecer o paralelismo (ou, talvez, a convergência) da codificação mítica e da codificação lógica do mistério do horizonte, que, vê-lo-emos em breve, Parménides revelou o quanto pôde, há pelo menos dois nomes que não devem ser omitidos, se quisermos evitar o maior (...) -
Plotino - Tratado 1 (I,6) - Sobre o belo (estrutura)
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroApresentações de algumas traduções
Laurent
PLOTIN, Traités 1-6. Paris: GF Flammarion, 2002, p. 237-239
Plano detalhado do tratado segundo seu recente tradutor para o francês, Jérôme Laurent:
Capítulo 1: Que espécies de coisas são belas; crítica da definição estoica da beleza. 1-11. Relembrando o Hípias maior e o Banquete. 12-20. Os corpos não são belos por si mesmos, mas por participação (methexis) a uma Forma (eidos). 21-25. Relembrando a tese estoica sobre o belo. 25-30. Consequências absurdas da (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:181-184) – falácia da fórmula "do mito ao logos"
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 181-184]
Não obstante a fortuna que ganhou o pensamento implícito na fórmula «Do Mito ao Logos» (como se sabe, este é o título de um célebre trabalho de Wilhelm Nestle, que o mais sucintamente designava os primórdios do processo evolutivo do pensamento europeu) [181], da mitologia para a filosofia, ainda ninguém conseguiu ver distintamente o caminho recto ou sinuoso e, portanto, traçá-lo em (...) -
Jaspers: Realidade
23 de marçoKarl Jaspers, Filosofia da Existência. Trad. Marco Aurélio de Moura Matos. Conferências pronunciadas na Academia Alemã de Frankfurt
Karl Jaspers, Filosofia da Existência. Trad. Marco Aurélio de Moura Matos. Conferências pronunciadas na Academia Alemã de Frankfurt
À MEDIDA QUE EU ELUCIDO a esfera da realidade abrangente para mim mesmo, as sombrias paredes da minha prisão se tornam transparentes. Vejo o espaço livre, e tudo que existe pode tornar-se a mim presente. À medida que, então, verifico a (...) -
Enos
28 de março= ENOS =- Enosch, Enosh, Anoush Filosofia Philon - Fílon: De Abrahamo Éditions du Cerf, les oeuvres de Philon d’Alexandrie n. 20, publiées sous le Patronage de l’Université de Lyon; Paris; 1966; 139 p.; sem ISBN; introduction, traduction et notes para Jean Gorez, edition bilingue (grec-français)
Contribuição e tradução anotada de Antonio carneiro das pp. 25, 27 e 20.
“Première Triade”
Enosch, a Esperança
(7) E então, assim que o ponto é a esperança, e que este, como uma via de passagem, a alma (...)
Notas
- A Alegoria Filoniana
- A Alma e a Morte
- Ação Educadora
- adelphos
- akrita
- anabasis
- aphesis
- Apologia 34b-35d: Conclusão da defesa
- askesis
- Benedito Schleiermacher
- BQT 174a-178a: Prólogo
- BQT 189d-190c: A humanidade primitiva
- BQT 195a-196b: A natureza do Amor
- BQT 198a-212c: A palavra passa à Filosofia. Sócrates e Diotima
- Branco Sagrado
- Brun: Visão do mundo de Tales
- Burckhardt Simbolos
- Canteins Agitadores
- Coomaraswamy Catarse
- Coomaraswamy Paz