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psyche zosan / ψυχην ζωσαν / alma vivente / pneuma zoopoioun / πνευμα ζωοποιουν / espírito vivificante / espírito que vivifica

      

Paulo Apóstolo

O primeiro homem  , Adão  , tornou-se alma   vivente; o último Adão, espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o animal  ; depois o espiritual. O primeiro homem, sendo da terra  , é terreno; o segundo homem é do céu. Qual o terreno, tais também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial. (1Cor 45-49)


1co.15.35 αλλ [BUT] ερει [WILL SAY] τις [SOME ONE,] πως [HOW] εγειρονται [ARE RAISED] οι [THE] νεκροι [DEAD?] ποιω [WITH WHAT] δε [AND] σωματι [BODY] ερχονται [DO THEY COME?]

1co.15.36 αφρον [FOOL;] συ [THOU] ο [WHAT] σπειρεις [SOWEST,] ου [NOT] ζωοποιειται [IS QUICKENED] εαν μη [UNLESS] αποθανη [IT DIE.]

1co.15.37 και [AND] ο [WHAT] σπειρεις [THOU SOWEST,] ου [NOT] το [THE] σωμα [BODY] το [THAT] γενησομενον [SHALL BE] σπειρεις [THOU SOWEST,] αλλα [BUT] γυμνον [A BARE] κοκκον ει [GRAIN,] τυχοι [IT MAY BE] σιτου [OF WHEAT] η [OR] τινος [OF SOME ONE] των [OF THE] λοιπων [REST;]

1co.15.38 ο δε θεος [AND GOD  ] αυτω [TO IT] διδωσιν [GIVES] σωμα [A BODY] καθως [ACCORDING AS] ηθελησεν [HE WILLED,] και [AND] εκαστω [TO EACH] των [OF THE] σπερματων [SEEDS] το ιδιον [ITS OWN] σωμα [BODY.]

1co.15.39 ου [NOT] πασα [EVERY] σαρξ [FLESH   "IS"] η [THE] αυτη [SAME] σαρξ [FLESH,] αλλα [BUT] αλλη μεν [ONE] σαρξ [FLESH] ανθρωπων [OF MEN,] αλλη δε [AND ANOTHER] σαρξ [FLESH] κτηνων [OF BEASTS,] αλλη δε [AND ANOTHER] ιχθυων [OF FISHES,] αλλη δε [AND ANOTHER] πτηνων [OF BIRDS  .]

1co.15.40 και [AND] σωματα [BODIES " THERE ARE "] επουρανια [HEAVENLY,] και [AND] σωματα [BODIES] επιγεια [EARTHLY :] αλλ [BUT] ετερα μεν [DIFFERENT "IS"] η [THE] των [OF THE] επουρανιων [HEAVENLY] δοξα [GLORY,] ετερα δε [AND DIFFERENT] η [THAT] των [OF THE] επιγειων [EARTHLY :]

1co.15.41 αλλη [ONE] δοξα [GLORY] ηλιου [OF "THE" SUN,] και [AND] αλλη [ANOTHER] δοξα [GLORY] σεληνης [OF "THE" MOON  ,] και [AND] αλλη [ANOTHER] δοξα [GLORY] αστερων [OF "THE" STARS;] αστηρ [STAR] γαρ [FOR] αστερος [FROM STAR] διαφερει [DIFFERS] εν [IN] δοξη [GLORY.]

1co.15.42 ουτως [SO] και [ALSO "IS"] η [THE] αναστασις [RESURRECTION] των [OF THE] νεκρων [DEAD.] σπειρεται [IT IS SOWN] εν [IN] φθορα [CORRUPTION,] εγειρεται [IT IS RAISED] εν [IN] αφθαρσια [INCORRUPTIBILITY.]

1co.15.43 σπειρεται [IT IS SOWN] εν [IN] ατιμια [DISHONOUR,] εγειρεται [IT IS RAISED] εν [IN] δοξη [GLORY.] σπειρεται [IT IS SOWN] εν [IN] ασθενεια [WEAKNESS,] εγειρεται [IT IS RAISED] εν [IN] δυναμει [POWER.]

1co.15.44 σπειρεται [IT IS SOWN] σωμα [A BODY] ψυχικον [NATURAL  ,] εγειρεται [IT IS RAISED] σωμα [A BODY] πνευματικον [SPIRITUAL :] εστιν [THERE IS] σωμα [A BODY] ψυχικον [NATURAL,] και [AND] εστιν [THERE IS] σωμα [A BODY] πνευματικον [SPIRITUAL.]

1co.15.45 ουτως [SO] και [ALSO] γεγραπται [IT HAS BEEN WRITTEN,] εγενετο [BECAME] ο [THE] πρωτος [FIRST] ανθρωπος [MAN] αδαμ εις [ADAM] ψυχην [A SOUL] ζωσαν [LIVING;] ο [THE] εσχατος [LAST] αδαμ εις [ADAM] πνευμα [A SPIRIT  ] ζωοποιουν [QUICKENING.]

1co.15.46 αλλ [BUT] ου [NOT] πρωτον [FIRST "WAS"] το [THE] πνευματικον [SPIRITUAL,] αλλα [BUT] το [THE] ψυχικον [NATURAL,] επειτα [THEN] το [THE] πνευματικον [SPIRITUAL :]

1co.15.47 ο [THE] πρωτος [FIRST] ανθρωπος [MAN] εκ [OUT OF] γης [EARTH,] χοικος [MADE OF DUST;] ο [THE] δευτερος [SECOND] ανθρωπος [MAN,] ο [THE] κυριος [LORD] εξ [OUT OF] ουρανου [HEAVEN.]

1co.15.48 οιος [SUCH AS] ο [HE] χοικος [MADE OF DUST,] τοιουτοι [SUCH] και [ALSO "ARE"] οι [THOSE] χοικοι [MADE OF DUST;] και [AND] οιος [SUCH AS] ο [THE] επουρανιος [HEAVENLY "ONE",] τοιουτοι [SUCH] και [ALSO] οι [THE] επουρανιοι [HEAVENLY "ONES".]

1co.15.49 και [AND] καθως [ACCORDING AS] εφορεσαμεν [WE BORE] την [THE] εικονα [IMAGE] του [OF THE "ONE"] χοικου [MADE OF DUST,] φορεσομεν [WE SHALL BEAR] και [ALSO] την [THE] εικονα [IMAGE] του [OF THE "ONE"] επουρανιου [HEAVENLY.]

1co.15.50 τουτο δε [BUT THIS] φημι [I SAY,] αδελφοι [BRETHREN,] οτι [THAT] σαρξ [FLESH] και [AND] αιμα [BLOOD "THE"] βασιλειαν [KINGDOM] θεου [OF GOD] κληρονομησαι [INHERIT] ου δυνανται [CANNOT,] ουδε η [NOR] φθορα την [CORRUPTION] αφθαρσιαν [INCORRUPTIBILITY] κληρονομει [DOES INHERIT.]

Roberto Pla

article 9933; article 9952; article 9979; breve 6978; breve 8834; breve 8845

Paulo Apóstolo   faz seu este ensinamento da vivificação da alma e o repete em várias ocasiões, inclusive quando dá aos coríntios sua definição sobre os dois   "adãos" que foi tão mal entendida. O Apóstolo diz: "Foi feito o primeiro homem, Adão, alma vivente; o último Adão, espírito que dá vida".

Levados pela importância que para as teses da antropologia manifesta — a qual propunha um homem dicótomo, de alma e corpo — tinha que o primeiro homem, segundo a Escritura, não fosse o espírito feito à imagem de Deus no sexto dia [Gen 1,27], senão a alma plasmada pelas mãos de YHWH  -Deus no Paraíso (Gen 2,7), poucos parecem ter reparado em que o essencial do texto paulino era a diferença   que se aponta entre dar vida e ser vivente.

Quando se dá a vida é, em puro sentido neotestamentário, porque se tem a vida em propriedade, para sempre. Ao contrário, ter vida por vivificação credita uma maneira transitória de ser vivente que não exime de ser mortal  , quer dizer, não libera de morrer quando a vivificação conclui.

Por outra parte, dado que o espírito se revela como o Ser   real do Adão último, o Adão completo, se indica na definição paulina a glorificação da imortalidade que aguarda à consciência psíquica se se essencializa a si mesma, por virtude da fé no Cristo preexistente, no Espírito de Deus, até o ponto de união com ele, e alcançar assim seu verdadeiro e eterno Ser pneumático.

René Guénon

Nas doutrinas tradicionais  , porém, uma teoria   física (no sentido antigo dessa palavra) jamais pode ser considerada como auto-suficiente. Ela é apenas um ponto de partida, um "suporte" que permite, por meio de correspondências analógicas, elevar-se   ao conhecimento das ordens superiores; aí está, como se sabe, uma das diferenças essenciais entre o ponto de vista da ciência sagrada ou tradicional e o da ciência profana, tal como é concebida pelos modernos. Não é portanto apenas o éter  , no sentido próprio da palavra, que reside no coração  ; na medida em que o coração é o centro   do ser humano considerado em sua integralidade, e não apenas em sua modalidade corporal, o que se encontra nesse centro é a "alma vivente" (Jivatma) que contém em princípio todas as possibilidades que se desenvolvem no curso da existência individual, da mesma forma que o éter contém em princípio todas as possibilidades da manifestação corporal ou sensível  . É notável, sob o ângulo das concordâncias entre as tradições orientais e ocidentais, que Dante   fale também do "espírito da vida que habita a mais secreta câmara do coração, [1] ou seja, precisamente a mesma "cavidade" de que se trata na doutrina   hindu. E o que talvez seja o mais singular, é que a expressão por ele empregada a esse respeito, spirito della vita  , é uma tradução literal, tão rigorosa quanto possível, do termo sânscrito Jivatma, do qual no entanto é muito pouco provável que tenha tomado conhecimento por uma via qualquer.

Isso não é tudo: o que diz respeito à "alma vivente" que reside no coração, refere-se apenas, ao menos diretamente, a um domínio intermediário, que constitui na verdade o que se pode chamar de ordem   psíquica (no sentido original da palavra grega psyche) e não ultrapassa a consideração   da individualidade humana como tal. Daí, portanto, é necessário elevar-se ainda a um sentido superior, ou seja, o sentido puramente espiritual ou metafísico; apenas devemos notar que a superposição desses três sentidos corresponde exatamente à hierarquia dos "três mundos". Assim, o que reside no coração, de um primeiro ponto de vista, é o elemento   etéreo  , mas não consiste apenas nisso; de um segundo ponto de vista, é a "alma vivente" e que também não se resume a isso, pois o coração representa essencialmente o ponto de contato do indivíduo   com o universal  , ou, em outros termos, do humano com o Divino, ponto de contato este que se identifica naturalmente com o próprio centro da individualidade. Por conseguinte, faz-se necessária aqui a intervenção de um terceiro ponto de vista, que se pode dizer "supra-individual", pois ao exprimir as relações do ser humano com o Princípio, ultrapassa por isso mesmo os limites da condição individual, e é desse ponto de vista que se diz por fim que o próprio Brahma   reside no coração, ou seja, o Princípio divino do qual procede e depende inteiramente toda existência, e que, do interior, penetra, sustenta e ilumina todas as coisas. O éter, no mundo corporal, pode também ser considerado como o que tudo produz e tudo penetra; é por isso que os textos sagrados da Índia e seus comentários autorizados o apresentam como um símbolo de Brahma. [2] O que se designa como "o éter no coração", no sentido mais elevado, é portanto Brahma, e, por conseguinte, o "conhecimento do coração", quando alcança o seu grau mais profundo, identifica-se na verdade ao "conhecimento divino" (Brahma-vidya  ). [3]


[1"In quel punto dice veracementa che le spirito della vita, le quale dimora nella segretissima camera dei cuore..." (Vita Nuova, 2).

[2"Brahma é como o éter, que está por toda parte, e que penetra simultaneamente o exterior e o interior das coisas" (Sankaracharya, Atma-Bodha).

[3Esse próprio conhecimento divino pode ser ainda de duas espécies, "não supremo" (apara) ou "supremo" (para), que correspondem respectivamente ao mundo celeste e ao que está além dos "três mundos". Essa distinção, no entanto, apesar de sua extrema importância do ponto de vista da metafísica pura, não interfere nas considerações que estamos expondo, o mesmo acontecendo com os dois diferentes graus em que, correlativamente, a própria "União" pode ser considerada.