LUMIA. (Giuseppe) O EXISTENCIALISMO PERANTE O DIREITO, A SOCIEDADE E O ESTADO. Tradução de Adriano Jardim e Miguel Caeiro. Colecção «Doutrina». N.º 3. Livraria Morais Editora. Lisboa. 1964.
Quem se iniciar no estudo da «filosofia da existência» depara com duas novidades: a primeira, é a linguagem especial adotada, pelos seus escritores, e a segunda o facto de as suas obras, mesmo as mais importantes, não revestirem a forma tradicional de ensaio ou de tratado, e pertencerem antes à literatura de (...)
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Odysseus / Ὀδυσσεύς / Ὀδυσεύς / Odysseús / Odyseús / Ulysses / Ulixes
Matérias
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Giuseppe Lumia: a filosofia da existência
4 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Platão (Fedro:259e-266c) — Condições gerais de uma obra de arte
12 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroA. A arte de falar (259d-274b) a) Princípios (259d-266c) Toda arte implica no conhecimento do verdadeiro a retórica só se interessa pelo verossímil o verossímil implica no verdadeiro O conhecimento do verdadeiro depende de um método exigências definição organização procedimentos dialéticos exemplo de loucura descrição dos procedimentos
Nunes
SÓCRATES: - Pensemos pois sobre o que há pouco estávamos discutindo; examinaremos o que seja recitar ou escrever bem um discurso, e o seu contrário, fazê-lo mal. (...) -
Rocha Pereira: Mito de Er
13 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroPLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017, p. XXXIX-XLII.
A réplica às grosseiras doutrinas de felicidade vai ser dada sob a forma de um mito - processo literário que estava fortemente enraizado na tradição grega, quer na épica, quer na lírica, e que surge nos diálogos, a substituir a discussão dialética, quando se passa da esfera do certo para a do provável . Expor desta forma doutrinas escatológicas foi, além disso, praticado mais vezes por (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:51-55) – Teogonia, a gênese dos deuses
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 51-55]
20. A Teogonia, gênese dos deuses, põe o começo da linhagem de Zeus nas núpcias do Céu e da Terra; mas a preposição do acto genesíaco dos dois grandes componentes cósmicos nada apresenta de original. No poema de Hesíodo, o traço mais surpreendente e, que o saibamos, inédito e inaudito, consta dos vv. 126-127: [51] «Primeiro, a Terra gerou, igual a si mesma, / O Céu estrelado, para que a (...) -
Gusdorf (OH): As Origens da Hermenêutica
12 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroA hermenêutica, o trabalho de interpretação é a arte e a técnica da leitura. Textos e documentos não oferecem um acesso direto ao sentido. Não se lê em transparência como se vê uma pedra na água do riacho. Um texto deve ser interpretado. O texto antigo é obscurecido pelas sedimentações dos séculos e o distanciamento das mentalidades. para manter viva a memória d a humanidade, é preciso regenerar o espírito da letra, despertar o sentido dentre os mortos.
Na tradição do Ocidente, a obra de compreensão nasceu (...) -
Plotino - Tratado 1,8 (I,6,8) - A fuga para o "aqui em baixo": Ulisses e Narciso
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBaracat Júnior, José Carlos. Plotino, Enéadas I, II e III; Porfírio, Vida de Plotino. Introdução, tradução e notas. Tese de Doutorado. Campinas, UNICAMP, 2006
Baracat
8. Então, qual o modo? Qual a concepção? Como alguém contemplará uma "beleza inconceptível" que, por assim dizer, guarda-se no íntimo dos sacros áditos e não se adianta afora para que mesmo um profano a veja? Avance e adentre quem é capaz , deixando do lado de fora a visão dos olhos e sem mais voltar-se para as antigas fulgências dos (...) -
Orpheus
28 de março de 2022Orfeu, orfismo, Orfismo Segundo Elemire Zolla - Elèmire Zolla, um dos grandes estudiosos italianos da Tradição, que inicia com Orpheus sua obra monumental sobre os místicos do Ocidente, o orfismo teria se difundido no século IV AEC, enquanto tradição congênere ao ensinamento dos templos egípcios. Pico de la Mirandola demonstrará na Renascença, a sua concordância com a Qabbalah.
Segundo os pesquisadores da tradição grega, Anaxagoras teria sido iniciado na tradição órfica, e seria o mestre de Sócrates. Só (...) -
Buzzi (IP:91-95, 105) – a ciência
24 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBUZZI, Arcângelo. Introdução ao Pensar (sexta edição). Petrópolis: Vozes, 1976, p. 91-95, 105
A ciência também é uma expressão articulada de conhecimento do ser. Em oposição ao conhecer ordinário e mítico, cuja articulação intelectiva morre como que submersa no próprio real que intende elucidar, o conhecimento científico se caracteriza por distanciar-se da convivência do ser, por apreendê-lo numa clara representação objetiva. Ao fazer ciência, a mente como que se afasta da realidade. Submete o ser à lei do (...) -
Arendt: O Homem: Animal Social ou Político
14 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroTradução
A vita activa, a vida humana na medida em que está ativamente empenhada em fazer algo, está sempre enraizada em um mundo de homens ou de coisas feitas pelos homens, um mundo que ela jamais abandona ou chega a transcender completamente. As coisas e os homens constituem o ambiente de cada uma das atividades humanas, que não teriam sentido sem tal localização; e, no entanto, esse ambiente, o mundo no qual nascemos, não existiria sem a atividade humana que o produziu, como no caso de coisas (...) -
Plotino - Tratado 1 (I,6) - Sobre o belo (estrutura)
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroApresentações de algumas traduções
Laurent
PLOTIN, Traités 1-6. Paris: GF Flammarion, 2002, p. 237-239
Plano detalhado do tratado segundo seu recente tradutor para o francês, Jérôme Laurent:
Capítulo 1: Que espécies de coisas são belas; crítica da definição estoica da beleza. 1-11. Relembrando o Hípias maior e o Banquete. 12-20. Os corpos não são belos por si mesmos, mas por participação (methexis) a uma Forma (eidos). 21-25. Relembrando a tese estoica sobre o belo. 25-30. Consequências absurdas da (...) -
Bréhier: A forma literária em Platão
24 de março de 2022Excertos da trad. de Eduardo Sucupira FIlho
O diálogo platônico oferece três aspectos, combinados em graus diversos: é um drama, é, na maior parte do tempo, uma discussão, envolve, algumas vezes, uma narrativa em sequência.
De início, um drama: o lugar, a época, as circunstâncias são indicadas com precisão, como em Protágoras (309 a - 310 a). O diálogo é sempre, como no Banquete (172-174), uma narrativa. Ao contrário, o que é frequente, à medida que Platão progride, o diálogo começa ex abrupto. Dos, (...) -
Grassi: II. Linguagem semântica arcaica
23 de março de 2022Poder da Imagem - Impotência da Palavra Racional Ernesto Grassi Trad. Henriqueta Ehlers & Rubens Siqueira Bianchi Livraria Duas Cidades 1978
Poder da Imagem - Impotência da Palavra Racional Ernesto Grassi Trad. Henriqueta Ehlers & Rubens Siqueira Bianchi Livraria Duas Cidades 1978
1. A linguagem da sibila de cumae
Nossas discussões anteriores nos levaram a uma dupla conclusão: a linguagem racional, demonstrativa, explicativa não é originária: ela tem suas raízes na linguagem semântica (...) -
Fedro 260a-262c — A Retórica
24 de março de 2022SÓCRATES: - Examinemos, pois, essa afirmação.
FEDRO: - Sim.
SÓCRATES: - Imagina que eu procuro persuadir-te a comprar um cavalo para defender-te dos inimigos, mas nenhum dos dois saiba o que seja um cavalo; eu, porém, descobri por acaso uma coisa: "Para Fedro, o cavalo é o animal doméstico que tem as orelhas mais compridas"...
FEDRO: - Isso seria ridículo, querido Sócrates.
SÓCRATES: - Um momento. Ridículo seria se eu quisesse seriamente persuadir-te a que escrevesses um panegírico do burro, (...) -
Pico Magia
28 de março de 2022Excertos de Giovanni Pico della Mirandola, De la dignité de l’homme (1487, 1- ed. póstuma 1496), trad. do latim: P.M. Cordier, Nouvelles Éditions Debresse, bilíngue, 1957 p. 171-177. Trad. Yara Azeredo Marino Magia Propus também teoremas de magia, nos quais demonstrei existir uma dupla magia: a que depende inteiramente da obra e do poder dos demônios, coisa execrável e monstruosa na verdade; e a que não é, após ser examinada detidamente, nada mais do que o resultado absoluto da filosofía natural. Os (...)
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Needleman Lenda de Asmodeus
28 de março de 2022Para construir o templo, para criar o lugar dentro do qual a mais elevada santidade poderia ser contatada — óbvio que esse grande templo era interno, e não um simples edifício externo —, ele precisava da ajuda do shamir — alguma coisa pequena e oculta, alguma coisa tão ativa que, simbolicamente, conseguia cortar qualquer coisa. Penetrar qualquer coisa. Sem esse poder sutil, o templo do homem não poderia conter aquele a quem os hebreus deram o nome de YHWH — ou seja, o Eu sou.
Essa coisa sutil, (...) -
Kerenyi: bios e zoe
24 de março de 2022Excerto de KERENYI, Käroly. Dionysos, Archetypal Image of Indestructible Life. Princeton: Princeton University Press, 1976, p. xxxi-xxxvii
Uma ampla gama de significados está ligada à palavra latina vita e seus descendentes românicos, e à palavra life, assim como o alemão Leben e o escandinavo liv. Em sua linguagem cotidiana, os gregos possuíam duas palavras diferentes que têm a mesma raiz que vita, mas apresentam formas fonéticas muito diferentes: bios (βίος) e zoe (ζωή). Enquanto a língua grega (...) -
Snell: corpo
24 de março de 2022Excerto resumido de SNELL, Bruno. A Cultura Grega e as Origens do Pensamento Europeu. São Paulo: Perspectiva, 2005, p. 5-8 (versão em inglês).
Segundo Bruno Snell, já Aristarco observava que a palavra σώμα (soma), que mais tarde significará “corpo”, jamais se refere, em Homero, aos viventes: σώμα significa “cadáver”. Mas que palavra usa Homero para indicar o corpo? Aristarco achava que δέμας (démas) seria, para Homero, o corpo vivo. Mas isso só vale para certos casos. Por exemplo, a frase “seu corpo era (...) -
Humano
28 de março de 2022FILOSOFIA Buzzi - Arcângelo Buzzi: O ser aparece em tudo quanto é. No aparecer se desvela e se vela, se dá e se retrai.
O homem é o lugar onde aparece o ser. Ele se constitui na fluência ou vigência - vigência do ser: emerge, surge, vem à existência, enviado por uma profundidade que se esquiva ao discurso direto.
Aquela profundidade inominável é a autoridade do homem. Está nele sem ser dele. Autoridade é o que o possibilita crescer, humanizar-se. Ele se humaniza, i. é, se constitui em sua identidade e (...) -
Fédon 92a-95a — Exame da concepção de Símias
24 de março de 2022Então, falou Sócrates: No entanto, forasteiro de Tebas, é o que terás de fazer, se continuares a dizer que a harmonia é algo composto, e a alma, uma espécie de harmonia resultante da tensão dos elementos constitutivos do corpo. Pois decerto não te permitirás afirmar que a harmonia, sendo um composto, é anterior aos elementos de que é formada. Ou afirmarás isso mesmo?
De forma alguma, Sócrates, respondeu.
E não percebes, continuou, que é justamente o que se dá ,quando declaras que a alma existia antes (...) -
Grassi: II. Linguagem semântica arcaica
23 de março de 2022Poder da Imagem - Impotência da Palavra Racional Ernesto Grassi Trad. Henriqueta Ehlers & Rubens Siqueira Bianchi Livraria Duas Cidades 1978
1. A linguagem da sibila de cumae
Nossas discussões anteriores nos levaram a uma dupla conclusão: a linguagem racional, demonstrativa, explicativa não é originária: ela tem suas raízes na linguagem semântica e referente, que é extraída diretamente da fonte de "sinais" arcaicos. Para descobrir a estrutura dessa linguagem originária e sua relação com a (...)
Notas
- A Alma e a Morte
- anabasis
- askesis
- Brun: Empédocles
- Canteins Agitadores
- COTIDIANO
- Egito Lua
- ÉPICO
- epistrophe
- Eudoro de Sousa (MHM:144) – loucura mansa
- Gusdorf Leitura
- Hípias menor
- Jornada de Gilgamesh
- Malta: Hipias Menor 364d-369a — Posição do Problema
- Memorabilis
- menis
- Metanoia e Daimon
- mneme
- Platão: República X
- Rocha Pereira: República Livro V