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symbolon / συμβάλλω / σύμβολον / súmbolon / symbolum
gr. σύμβολον, symbolon = símbolo, através de sua transposição latina symbolum. Deriva do verbo symballein como outras palavras de sentido próximo tais como symbalaion e symbole. Os sentidos do verbo symballein são múltiplos: aí se encontra sempre a ideia de "ser junto", "com", expressa pelo prefixo sym-, e a ideia de um "movimento " que exprime o verbo ballein, donde o sentido primeiro dado pelos dicionários de "pôr junto", "juntar ", "reunir", "por em contato". Prefiro seguir a composição de termos dando o sentido de "algo que pro-move a união ".
- Antigas acepções
- symbolon (plural, symbola): marca de reconhecimento, objeto cortado em dois , onde cada parte era conservada por aqueles que assim se reconheciam, e passavam sua parte para seus descendentes.
- Credo. Para os teólogos e teósofos, os filósofos e os mistagogos: formulário das verdades principais podendo servir de signo de agrupamento.
- Acepções clássicas
- O símbolo, sobretudo para os esoteristas, se define como uma CORRESPONDÊNCIA natural de significante a significado. Há uma ligação de parentesco ou de simpatia, ligação portadora de sentido, entre forma e fundo de unidades. Tudo pode ser símbolo, quer dizer simbolizando ou simbolizado: um evento, um ser, um objeto, uma coisa, um estado , uma ação, um sentimento , um desejo, uma ideia, mas tudo não pode ser símbolo de tudo: o vermelho é símbolo de sangue que é símbolo de alma sem que o vermelho seja símbolo de alma. Aqui o símbolo é gnose, e não mais significante somente.
- No sentido restrito, o símbolo exprime uma ANALOGIA natural e poderosa entre um elemento de uma ordem "inferior ", "material" e um elemento de uma ordem "superior", "moral", isto em uma direção (do literal ao figurado) ou em outra.
- Sentido pobre , onde o símbolo se apresenta como analogia emblemática.
- Símbolo cultural, representação concreta de uma ideia, de uma realidade, de um valor , formulado por uma tradição no interior de um conjunto cultural preciso, e indicando uma ligação exterior entre representante e representado.
- Símbolo científico
- Personificação
Cabe ainda outra observação antes de prosseguirmos: nesse caso, como em todos os demais do mesmo gênero , seria um grande erro acreditar que a consideração dos sentidos superiores se opõe à admissão do sentido literal, ou que o sentido superior anula ou destrói o sentido literal, ou ainda que de certa maneira o falseie. Na verdade, a superposição de uma pluralidade de sentidos que, longe de se excluírem, se harmonizam e se completam é, ao contrário, como já explicamos inúmeras vezes, uma das características gerais do verdadeiro simbolismo. [SIMBOLISMO E FILOSOFIA]
Segundo C. del Tilo (pseudônimo do falecido Emmanuel d’Hooghvorst), o símbolo se dirige à intuição da fé e não às especulações da razão, posto que o símbolo encerra uma realidade que só pode conhecer aquele que a experimentou. Por isso, enquanto seja o símbolo objeto de fé, o homem só pode explicar um símbolo mediante outro, e corre assim o risco de contentar-se com este jogo , esquecendo que os símbolos somente existem para recordar os mistérios da ciência divina (La Puerta: Introducción al estudio de los símbolos).
Matérias
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Attar (AP) – O califa e seus sete filhos
12 de dezembro de 2008, por Cardoso de Castro
Extrait de « Anthologie persane (XIe-XIXe siècles)», par Henri Massé. Payot, 1950
Un homme qui avait parcouru l’univers, le cœur en désarroi, ses affaires troublées, pour chercher un ami qui avait disparu, me conta, le tenant de gens bien renseignés, qu’un calife était père, autrefois, de sept fils ; or chacun d’eux avait conçu de hauts desseins; ils ne renonçaient pas à la présomption ; en toute science qui existait de leur temps, chacun d’eux ressemblait à une perle unique. Comme ils étaient versés (...)
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Watts (VC:I-1) – Símbolos
29 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Afinal, o mais importante sobre Cristo não é a sua aparência exterior, mas o seu caráter interior. Assim, da mesma forma, o importante sobre os eventos não é como se verificam, mas sim o que significam. Seria, sem dúvida, possível dizer-se que, mesmo que toda a história de Cristo e todos os dogmas da Igreja a seu respeito fossem puro mito, seria, não obstante, um mito implantado na alma humana por Deus, surgido da inconsciência racial sob a direção do Espírito Santo. Ter-se-ia também de dizer que o (...)
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Vâlsan (Guénon:112-118) – Complementarismo de símbolos ideográficos
12 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
As três letras árabes alif, waw e mim [AMIN = AMEM] enquanto elementos de um grupo ternário determinado e situado no quadro simbólico de nosso esquema do Homem Universal, podem ser interpretados assim: o alif, que é um símbolo da unidade e do princípio primeiro, representa naturalmente Alá, cujo nome tem como letra inicial um alif; em oposição a última das três letras, o mim designa o Enviado de Alá, Maomé, cujo nome começa por esta letra.
Tentativa de destacar o sentido da presença das três letras (...)
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Eros e Psique 4
28 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Excertos da versão alemã integral de A. Schaeffer, trad. por Zilda Hutchinson Schild
Enquanto isso, nessa mesma noite, o esposo que ela não conhecia voltou a advertir a esposa:
— Não vês o perigo que te espreita de longe? Fortuna trama e se abaterá sobre ti, se não procederes com a máxima cautela. As lobas pérfidas se esforçam por armar-te uma cilada, cuja pior armadilha é persuadir-te a contemplar o meu rosto. Já te adverti inúmeras vezes de que nunca mais o verás se o contemplares uma única vez. (...)
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Eros e Psique 7
28 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Excertos da versão alemã integral de A. Schaeffer, trad. por Zilda Hutchinson Schild
Enquanto Psique peregrinava de cidade em cidade à procura de Cupido, este guardava o leito na casa de sua mãe, gemendo de dor pela queimadura. Vênus não se encontrava presente. Foi então que uma gaivota branca como a neve; dessas que voam nas cristas das ondas, desceu apressada até o fundo do mar onde a deusa se banhava e nadava despreocupadamente. A gaivota indiscreta contou-lhe tudo acerca do filho. Disse-lhe (...)
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Eros e Psique 8
28 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Excertos da versão alemã integral de A. Schaeffer, trad. por Zilda Hutchinson Schild
Enquanto isso, Psique continuava sua triste peregrinação, buscando noite e dia pelo esposo. Quanto mais desespero sentia na alma, tanto mais sequioso de amor ficava também o encolerizado Eros, visto sentir falta do amor da esposa para aplacar-lhe os desejos; também não conseguia satisfazer-se com os favores obtidos de uma escrava.
Quando Psique avistou um templo no alto de uma montanha, disse para si mesma: "Se (...)
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Eckhart – Sermão 18 - Adolescens, tibi dico: surge.
29 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Então, chegando-se, tocou no esquife e, quando pararam os que o levavam, disse: Moço, a ti te digo: Levanta-te. (Lc 7:14)
Brugger
1. Nuestro Señor se dirigió a una ciudad, llamada Naín, y con Él iban una muchedumbre y también los discípulos. Cuando llegó al portón ( de la ciudad ) estaban sacando de ahí a un joven muerto, hijo único de una viuda. Nuestro Señor se acercó y tocó el féretro donde yacía el muerto, y dijo: «Joven, yo te digo ¡levántate!». El joven se incorporó y en seguida comenzó a hablar (...)
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Eros e Psique 3
28 de março de 2022, por Cardoso de Castro
CAPÍTULO 3 Enquanto isso, os pais envelheciam de dor e de tanto se lamentar; e como os rumores desses acontecimentos logo se espalharam, tão logo souberam do fato, as irmãs mais velhas de Psique abandonaram seus lares, consternadas e preocupadas, para ir visitar os pais.
Nessa mesma noite, o esposo de Psique lhe disse - pois, com exceção da voz, ele só lhe era perceptível ao tato e aos ouvidos:
— Doce e adorável esposa, estás ameaçada por um triste destino e um perigo iminente, que na minha opinião (...)
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Coomaraswamy (AKCcivi:94-106) – Sobre lebres e sonhos (1)
13 de novembro de 2022, por Cardoso de Castro
O dr. Layard, autor de “Os homens de pedra de Malekula”, é um antropólogo famoso que depois de uns tempos tornou-se psicanalista. Seu último livro divide-se em duas partes: a primeira é o caso dos problemas de uma cliente, em que há uma referência especial ao sonho que ela teve com uma lebre que deveria ser sacrificada e estava perfeitamente resignada a ser a vítima; a segunda é um resumo do significado mitológico do simbolismo arquetípico da lebre no Egito, na Europa, na Índia, na China, na América e (...)
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Coomaraswamy (AKCcivi:121-124) – Mente e Mito
13 de novembro de 2022, por Cardoso de Castro
Contudo, falando em “mente” temos de lembrar que os ditados tradicionais sempre pressupõem a distinção de “duas mentes”: a “apática” (que não depende de motivação de prazer ou dor) e a “patética” (que está sujeita a uma persuasão dos apetites); só a Primeira Mente (que é o intellectus vel spiritus da filosofia escolástica), pelo simples fato de ser desinteressada consegue julgar a extensão em que um apetite (ou instinto) deve ser satisfeito se quisermos servir o nosso bem real, e não apenas o prazer imediato. (...)
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Coomaraswamy (AKCcivi:128-133) – Interpretação dos símbolos
13 de novembro de 2022, por Cardoso de Castro
Naturalmente não estamos discutindo a interpretação dos significados subjetivos ou “fantasiosos” contidos nas fórmulas iconográficas; estamos falando apenas em interpretar o significado dessas fórmulas.
Al estudioso de los símbolos a menudo se le acusa de «leer significados» dentro de los emblemas verbales o visuales cuya exégesis propone. Por otra parte, el esteta e historiador del arte, más preocupado de las peculiaridades estilísticas que de las necesidades iconográficas, generalmente evita el (...)
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Santos Símbolo Luz
29 de março de 2022
O SÍMBOLO DA LUZ E DAS CORES Não cabe à Simbólica o estudo da luz, como o é feito na ótica e na Física, mas apenas o referente à sua significabilidade, como motivadora das cores e o significado que estas sempre tiveram e têm para o ser humano.
Nesta parte, onde iremos examinar algumas aplicações do símbolo, não podemos estender-nos como seria de desejar, pois o nosso “Dicionário dos Símbolos e Sinais” em preparação, conterá a simbólica universal, não só no campo da Arte, como no campo da Religião, da (...)
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Eros e Psique 6
28 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Excertos da versão alemã integral de A. Schaeffer, trad. por Zilda Hutchinson Schild
O bem-amado deus, lá das alturas, não abandonou a amada, voando até a ponta de um cipreste, de onde, comovido, proferiu as seguintes palavras, destinadas à Psique:
— Na verdade, minha ingênua Psique, sem seguir as prescrições da minha mãe Vênus, que me ordenou que te acorrentasse a uma união com o mais pavoroso dos monstros e que te fizesse gozar das paixões mais inferiores de um casamento, preferi aproximar-me de ti (...)
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Eros e Psique 10
28 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Excertos da versão alemã integral de A. Schaeffer, trad. por Zilda Hutchinson Schild
Foi então que Psique compreendeu que seu fim estava próximo. Não havia mais enigmas, e enviavam-na sem mais disfarces para a própria morte. Como não? Pois estavam mandando que fosse voluntariamente ao Tártaro e que se misturasse às almas dos mortos. Sem mais delongas, ela dirigiu-se a uma grande torre muito alta, a fim de precipitar-se de lá de cima: este, pensou, seria o atalho mais curto para chegar mais depressa (...)
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Garcin de Tassy (Attar) – A poesia filosófica persa
1º de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Segundo os sufis afegãos, o vinho significa direção; sono, meditação nas perfeições divinas; perfume, a esperança do favor divino; o zéfiro, as explosões de graça; os beijos, os transportes de piedade. Os idólatras, os infiéis, os libertinos não são outros senão aqueles que possuem a verdadeira fé; seu ídolo é o criador, a taberna é o templo do amor divino; o taberneiro, o guia espiritual; a beleza é a perfeição da Divindade; os cachos e tranças de cabelo são a imensidão de sua glória; os lábios, os mistérios (...)
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Tourniac (VPR) – O símbolo do Fênix ou "perit ut vivat"
23 de agosto de 2022, por Cardoso de Castro
TOURNIAC, Jean. Vie posthume et résurrection dans le judéo-christianisme. Paris: Dervy-Livres, 1983
Antes de ver se o que foi escrito — e descrito — relativamente às condições póstumas do defunto, encontra uma referência entre os autores católicos de espírito tradicional, Tourniac volta-se para a mistura na mentalidade ocidental das noções de imortalidade e de eternidade.
Na arte heráldica, o Fênix, este pássaro fabuloso que se representa de perfil, com as asas entreabertas, repousa sobre uma fogueira e (...)
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Charbonneau-Lassay: LA NAISSANCE ET LA FORMATION DE LA SYMBOLIQUE ET DE L’EMBLÉMATIQUE DANS L’ÉGLISE
19 de novembro de 2022, por Cardoso de Castro
Extraits de "Le Bestiaire du Christ" de Louis Charbonneau-Lassay.
CHAPITRE PREMIER
Nous le verrons, l’usage des symboles, des emblèmes magiques ou religieux, a commencé avec le groupement des premières familles humaines, des premières tribus, cet usage, perpétué jusqu’à nous, durera tant qu’il y aura des hommes sur la terre. De toute évidence, ces idéogrammes ne peuvent être compris que par la connaissance des temps et des milieux humains qui les ont créés, des idées en cours à ces lointaines époques (...)
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Natal – Calendario
28 de março de 2022, por Cardoso de Castro
As celebrações do período do Natal, para manter a memória viva de sentidos e significados.
Em 1582 o Papa Gregório reformou o calendário originário do Imperador romano Juliano, para corrigir um desequilíbrio. Ele havia notado que no calendário Juliano que se estendia por 365 dias e 1/4, lá pelo século XVI, 10 dias haviam se “perdido".
Tanto no antigo Egito como no mundo clássico, os dias introduzidos já faziam parte do calendário considerados como especiais, sendo dedicados a honra dos deuses, costume (...)
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Hildegard de Bingen (LDO:I,2,9-17) – a visão dos círculos
14 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Esses seis círculos concêntricos que compõem a segunda estrutura estão divididos em três setores: um setor ígneo, um setor etéreo, um setor aéreo. A zona de fogo é dupla: um fogo brilhante e um fogo negro, o fogo do amor e o fogo do julgamento. A zona aérea, separada da zona ígnea pelo éter puro, é tripla: ar aquoso, ar denso, ar sutil, nossa atmosfera. O famoso sonho de Daniel permite a animação das duas estruturas. [Bernard Gorceix]
Por que estos seis circulos se unen entre si sin intervalos; y a que (...)
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Eros e Psique 9
28 de março de 2022, por Cardoso de Castro
CAPÍTULO 9 Entrementes, pouco inclinada a usar os meios terrenos de investigação, Vênus parte para o céu. Ordena que lhe preparem a carruagem primorosamente polida e construída às pressas pelo ourives Hefestos, que sutilmente a deu de presente de casamento à deusa antes de sua primeira tentativa dentro da câmara nupcial, pressa que lhe custou um ferimento com a lima afiada, bem como certo prejuízo financeiro.
Das várias pombas presas nos aposentos da deusa, adiantaram-se quatro que, com passo (...)