Baracat Júnior, José Carlos. Plotino, Enéadas I, II e III; Porfírio, Vida de Plotino. Introdução, tradução e notas. Tese de Doutorado. Campinas, UNICAMP, 2006
Baracat
8. Então, qual o modo? Qual a concepção? Como alguém contemplará uma "beleza inconceptível" que, por assim dizer, guarda-se no íntimo dos sacros áditos e não se adianta afora para que mesmo um profano a veja? Avance e adentre quem é capaz , deixando do lado de fora a visão dos olhos e sem mais voltar-se para as antigas fulgências dos (...)
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Hades / ᾍδης / Ἀΐδης / ἀϊδής / haides / Gehenna / Geena
Em Homero , o Hades é o mundo inferior , a que chegam as almas dos mortos. Mais tarde, torna-se significativa entre os gregos, além da concepção de um Hades que recebe todas as almas, a de um julgamento no Além.
Dixsaut (Hades)
Sobre a sabedoria do deus dos Infernos, Hades, ver a etimologia de seu nome no Crátilo (403b-404b): é por desejo de continuar a entender os discursos do "deus que sabe" que os mortos permanecem mortos, no pensamento que que eles se tornarão melhores e porque eles aspiram à virtude! Hades o "filósofo" não frequenta senão aqueles que purificaram sua alma do que os corpo implicam em males. Desde o Crátilo, a morte é uma purificação que torna a alma sensível aos sábios raciocínios de Hades. Quanto aos homens que Sócrates espera reencontrar no Hades, a Apologia (41a) cita Orfeu , Museu, Hesíodo e Homero. [Monique Dixsaut]
Kingsley (Hades)
Há a antiga ideia homérica do Hades dominando um reino nebuloso e escuro. Isto eventualmente veio a formar a base para a interpretação alegórica de Hades como representando a região obscura de aer ao redor, assim como sob, a terra . Mas que relevância poderia isto ter para Empédocles? A resposta deve ser apontada para a interpretação neoplatônica de suas Purificações. De acordo com aquela interpretação, a "caverna sobrecoberta" que Empédocles descreve almas caídas como descendo não é uma caverna literal mas um símbolo do mundo que vivemos. Quanto à região tradicional do submundo, de acordo com a mesma interpretação ela foi transferida por Empédocles para a superfície da terra e o ar imediatamente ao nosso redor. Aplicado ao poema cosmológico de Empédocles, isto parece justificar equacionar seu elemento de ar com Hades: "Hades ele colocou no reino do ar". [KingsleyAPMM ]
Matérias
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Plotino - Tratado 1,8 (I,6,8) - A fuga para o "aqui em baixo": Ulisses e Narciso
18 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 54,3 (I, 7, 3) — A vida é um bem graças à virtude
12 de junho de 2022, por Cardoso de CastroCapítulo 3: A vida é um bem graças à virtude e ao favor da separação do corpo.
Igal
3 —Si, pues, la vida es un bien, ¿compete este bien a todo viviente?
—¡Oh, no! La vida del malo es renqueante .]], como lo es la del ojo que no ve con limpidez, porque no desempeña su función propia .
—Si, pues, la vida que tiene mezcla de mal es un bien para nosotros, ¿cómo negar que la muerte sea un mal?
—¿Un mal para quién? El mal debe sobrevenir a alguien; pero para aquel que ya no existe o, si existe, está (...) -
Cristologia Morte
29 de março de 2022Calvário - A MORTE 1. Eficácia contra o Thanatos 2. Executores da morte a) O diabo b) O demiurgo ou seus arcontes 3. Morte e engano a) A morte devoradora b) A fraude 4. Conclusão A pesar de algún testimonio adverso de Orígenes, ningún hereje negó la muerte de Cristo. Ni los docetas llegaron hasta ahí.
En cambio, muchos, singularmente gnósticos, de acuerdo con el esquema platónico (el universo repartido en dos grandes reinos: el de la plenitud o verdad, el de la penuria o imagen), negaron a (...) -
Eros e Psique 8
28 de março de 2022, por Cardoso de CastroExcertos da versão alemã integral de A. Schaeffer, trad. por Zilda Hutchinson Schild
Enquanto isso, Psique continuava sua triste peregrinação, buscando noite e dia pelo esposo. Quanto mais desespero sentia na alma, tanto mais sequioso de amor ficava também o encolerizado Eros, visto sentir falta do amor da esposa para aplacar-lhe os desejos; também não conseguia satisfazer-se com os favores obtidos de uma escrava.
Quando Psique avistou um templo no alto de uma montanha, disse para si mesma: "Se (...) -
Alegoria Cupido Psique
28 de março de 2022Excertos traduzidos da Introdução da obra de Thomas Taylor, «A FÁBULA DE CUPIDO E PISQUE». Interpretação da Fábula «Cupido e Psique» A Psique, ou alma, é descrita como transcendentalmente bela; e isto de fato é verdade de cada alma humana, antes de profundamente se misturar a si mesma nas enganosas dobras da matéria obscura. No estágio seguinte, quando Psique é representada como descendo do ápice de uma altíssima montanha a um belo vale, isto significa a descida da alma do mundo inteligível para uma (...)
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Burkert Morte
28 de março de 2022Excerto do capítulo Necessidades pessoais na Vida Terrena e após a Morte (sem as diversas notas)
O medo da morte é um fato da vida. "À medida que a pessoa se aproxima da expectativa da morte", escreveu Platão, "aparecem o medo e a preocupação com coisas em que não se pensava antes"; assim, algumas pessoas, como diz Plutarco, pensam que algum tipo de iniciação e purificação há de ajudar: uma vez purificadas, elas acreditam que continuarão brincando e dançando no Hades em locais cheios de brilho, luz e (...) -
Os Pré-socráticos e as Tragédias
24 de março de 2022Não apenas os beócios é que não pensam. Os próprios atenienses renunciaram ao pensamento quando em Sócrates, Platão e Aristóteles a filosofia inaugurou sua avalanche histórica. Para Hegel, a filosofia é uma época concentrada em pensamentos. Para os primeiros pensadores, pensar é acordar o não pensado, acionar a inércia de pensamento de uma tradição histórica. É o que fizeram recuperando a tragédia da poesia e mitologia vigente na consciência de sua época, da religião, da política, da educação. Na crítica aos (...)
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Asín Palacios (EMDC:117-121) – Inferno
10 de agosto de 2022, por Cardoso de CastroASÍN PALACIOS, Miguel. La escatologia musulmana en la Divina comedia
3. Las líneas generales de este escenario infernal, esbozadas por los autores de las tradiciones islámicas desde los primeros siglos, fueron conservadas con religioso respeto por los teólogos, sobre todo por los místicos, que las glosaron fantásticamente y hasta intentaron, a veces, interpretarlas por medio de gráficos, esquemas y dibujos.
Uno de esos teólogos místicos anteriores a Dante es el murciano Ibn Arabi, cuyas (...) -
Eros e Psique 10
28 de março de 2022, por Cardoso de CastroExcertos da versão alemã integral de A. Schaeffer, trad. por Zilda Hutchinson Schild
Foi então que Psique compreendeu que seu fim estava próximo. Não havia mais enigmas, e enviavam-na sem mais disfarces para a própria morte. Como não? Pois estavam mandando que fosse voluntariamente ao Tártaro e que se misturasse às almas dos mortos. Sem mais delongas, ela dirigiu-se a uma grande torre muito alta, a fim de precipitar-se de lá de cima: este, pensou, seria o atalho mais curto para chegar mais depressa (...) -
Plotino - Tratado 51,13 (I, 8, 13) — O mal obstáculo
13 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro13: O mal obstáculo 1-2: Objeção: o mal é um obstáculo para o bem 2-5: Resposta: o mal obstáculo não é o mal primeiro 5-14: Analogia entre a relação da virtude ao Bem e a relação do vício ao mal 14-26: Distinção entre a contemplação do mal e a participação ao mal
Igal
13 A no ser que el vicio sea un mal por esto: en cuanto impedimento, como el que impide al ojo ver.
Pero, en ese caso, el mal será, para quienes así piensan, causa de mal, y causa de mal sobre el supuesto de que sea distinto del mal mismo. (...) -
Hausherr : APATHEIA
5 de agosto de 2014, por Cardoso de CastroExtrait de l’introduction de I. Hausherr à la « Vie de Saint Siméon le Nouveau Théologien »
On distingue une double apatheia. L’une est le fruit de l’ascèse, du jeûne, de la mortification des sens; elle éteint les passions et rétablit dans les mouvements de l’âme l’ordre de la nature. La seconde commence seulement avec le début de la contemplation. Elle se manifeste par des effets merveilleux : la paix parfaite des pensées, la vue pénétrante et même prophétique des choses divines et humaines, les (...) -
Platão - Fédon (78b-84b) – Os objetos dos sentidos e os objetos do pensamento
19 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroPlatão. Obras. Tr. Carlos Alberto Nunes. (ebook)
Platon. Oeuvres. Tr. Émile Chambry
Platon. Oeuvres. Tr. Victor Cousin
Platon. Complete Works. Tr. Benjamin Jowett
Nunes
Agora o de que precisamos, falou Sócrates, é perguntar a nós mesmo mais ou menos o seguinte: Com que coisas é natural semelhante processo de dispersão, com quais devemos ter medo de que isso aconteça, e com quais não devemos? De seguida, teremos de examinar a qual das classes pertence a alma, para daí concluirmos se precisamos (...) -
Preparação para o Neoplatonismo
24 de março de 2022Um novo clima espiritual e a preparação do neoplatonismo Excertos de El Neoplatonismo, José Alsina Clota
Las preguntas que se formula el hombre de finales de la Antigüedad no se traducen, empero, en un simple deseo de comprensión lógica. Se trata de algo más profundo. Se trata de la manifestación de un desgarro íntimo, resultado de una ruptura entre el hombre y el mundo que le rodea. El hombre ha perdido su tradicional puesto en el cosmos. En verdad, no es ésta la primera vez en que el ser humano (...) -
Kingsley (DPW:93-96) – A Deusa que acolhe Parmênides
6 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroMais do que no caso de quaisquer outras divindades, era normal não dar um nome aos deuses ou deusas do submundo. Então o silêncio foi deliberado. Qualquer risco de confusão era aceito como parte do mistério; a ambiguidade era inevitável.
Ele [Parmênides] não diz quem ela é.
Logo no início de seu poema, ele descreve como foi levado no “caminho da divindade”, e quando você lê o original grego há apenas uma dica de que a divindade é feminina – apenas uma mínima sugestão, isto é tudo. Seria difícil até (...) -
Rocha Pereira: Mito de Er
13 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroPLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017, p. XXXIX-XLII.
A réplica às grosseiras doutrinas de felicidade vai ser dada sob a forma de um mito - processo literário que estava fortemente enraizado na tradição grega, quer na épica, quer na lírica, e que surge nos diálogos, a substituir a discussão dialética, quando se passa da esfera do certo para a do provável . Expor desta forma doutrinas escatológicas foi, além disso, praticado mais vezes por (...) -
ENÉADA I, 1 [53] – alma
14 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroPLOTINO. Enéada I. Tr. Jesús Igal. Madrid: Gredos, 1992
PLOTIN. Ennéades.. Tr. E. Bréhier.
PLOTINOS COMPLETE WORKS. Tr. Kenneth Guthrie.
Igal
¿Cuál será el sujeto de los placeres y de las penas, de los temores y de los atrevimientos, de los apetitos, de las aversiones y del dolor? Porque el sujeto será o el alma, o el alma que se vale del cuerpo o algún tercero resultante de ambos. Y éste puede ser de dos clases: o la mezcla u otra cosa distinta resultante de la mezcla. Dígase lo mismo de los (...) -
Platão - A República - Livro X (614a-621d) — Descida aos infernos: o mito de Er
7 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro3 Recompensas da justiça após a morte: Mito de Er o Pamphyliano (mito da escolha do destino) (614a até o fim) Er, morto em uma batalha, retorna à vida e relata o que viu no além. As almas, julgadas, e punidas ou recompensadas na proporção de sua conduta sobre a terra. Estrutura do mundo Antes de renascer à vida mortal, as almas devem, em uma ordem fortuita, escolher o gênero de vida ao qual elas serão em seguida ligadas necessariamente: "cada um é responsável de sua escolha, o deus está fora de (...)
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Platão - A República - Livro II (357a-367e) — Repercussões do debate sobre a justiça
9 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroIntrodução metodológica: o desafio lançado por Sócrates e seu método para observá-lo (II, 357a-369b) Sócrates classifica a justiça entre as coisas que nós achamos desejáveis nelas mesmas e por suas consequências Retomada, para relançar a discussão, da tese de Thrasymaco por Glaucon e Adimante: Glaucon: Ninguém, se está seguro da impunidade, resistirá à tentação de cometer a injustiça (lenda do anel de Gyges) Adimante: O que importa não de ser justo mas de parecê-lo, tanto aos olhos dos homens como dos deuses (...)
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Plotino - Tratado 51,10 (I, 8, 10) — Mal e ausência de qualidade
11 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro10: Mal e ausência de qualidade 1: Objeção: se a matéria é sem qualidade, como poderia ela ser qualificada de "má"? 2-16: Resposta: é precisamente a ausência de qualidade que torna a alma má
Igal
10 Hasta aquí sobre este punto.
Pero si la materia carece de cualidad, ¿cómo puede ser mala?
Se dice que carece de cualidad porque ella misma, en sí misma, no tiene nada de esas cualidades que va a recibir y que van a estar en ella como en un sustrato; no, sin embargo, en el sentido de que no tenga (...) -
Platão - Crátilo – Hades
23 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroExcertos da tradução espanhola do Crátilo da Escuela de Filosofía Universidad ARCIS
VER AINDA SOBRE HADES
Sócrates.— Hablemos entonces de sus hermanos Poseidón y Plutón, y también del segundo nombre con que éste es conocido.
Hermógenes. — Conforme.
Sócrates.— Creo que al inventor de la palabra (Poseidoon) se le ocurrió por la siguiente circunstancia. Según caminaba, el mar detuvo sus pasos, y no le permitió pasar adelante, siendo para él como una cadena puesta a sus pies: llamó al dios que preside a (...)
Notas
- allasso
- Burckhardt (Ciência) – A Divina Comédia de Dante
- Corbin (CSTC:47-48) – Yima
- Críton
- Críton: Resumo Jean Brun
- Demeter e Kore/Persephone
- Detalhes sobre o último dia de Sócrates (58c-60a)
- Do Mito à Razão (I): O Mito Grego
- Doczi – Imagem do Inferno de Dante
- Empédocles
- Evola Revolta contra o Mundo Moderno
- Fédon 105b-107a — Prova da imortalidade, fundada sobre a teoria dos contrários
- Fédon 107a-107d — Tudo ainda não foi dito
- Fédon 107d-116a — Mito do destino final das almas
- Fédon 114c-116a — Lição do mito
- Fédon 67b-68b — Purificação e mortificação
- Fédon 68b-69e — A verdadeira virtude
- Fédon 79e-80d — Consequências
- Fédon 80d-82c — Destino das almas após a morte
- Fédon 82c-84b — O trabalho do filósofo