Página inicial > Termos e noções > Pi

Pi

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Perenialistas
Jacques Thomas: LA DIVINE PROPORTION

No que concerne precisamente este número π medindo a relação da circunferência a seu diâmetro, pode-se considerar em primeiro lugar sua aproximação a 2 cifras, ou seja 31, que é o número do Nome divino de 2 letras El, calculado segundo o valor numérico dito simples. O número π tem logo relação com a noção geral de Divindade significada por El e, portanto desta relação «lógica» (de logos), vai-se destacar certas implicações interessantes deste Nome El, que, por consequência, se encontrarão associadas igualmente ao número π.

Se se considera agora a aproximação de π com 3 cifras, obtém-se então 314 que é o número divino de 3 letras Shaddai (Todo-Poderoso), Nome que figura, sobre o mesmo Calendarium, de imediato sob o Nome de duas letras El.

Na mesma ordem de ideia, se considera agora a relação do diâmetro à circunferência, seja 1/π, obtém-se, sempre segundo as mesmas convenções, o número 318 que é revestido de uma grande importância no simbolismo da Cabala   judaica-cristã. Com efeito, na estória de Abraão, este número 318 se encontra em duas ocorrências estreitamente conexas. Assinalar-se-á somente estas ocorrências sem visar suas interpretações simbólicas, as quais necessitariam desenvolvimentos maiores. A primeira é referente aos 318 servidores de Abraão e, em seguida, o valor numérico do nome «Eliezer», o servidor de Abrão, que a Tradição põe em relação com o que se poderia chamar o «envelope corporal» do ser humano, a saber o conjunto de sua nephesh-psyche-anima e seu corpo físico. Por outro lado, 318 corresponde ao valor numérico das letras gregas IH (as duas primeiras do Nome IESOUS) associadas ao T, a cruz: I(= 10) + H(=8) +T(=300) = 318. Estas três letras IHT encontram-se entre os grafites de Palestina estudados pelos Padres Testa e Begatti, e a ‘"Carta de Barnabé as mencionam explicitamente e isto por seu valor numérico como por seu valor simbólico: «Logo é evidente que Jesus é no número de duas letras e a cruz no número de uma letra». Cabe lembrar ainda que os padres do Concílio de Niceia eram em número de 318, o que dá lugar a numerosas observações de caráter simbólico.

Quanto ao simbolismo destas duas relações inversas, pode-se dizer que o ato do Todo-Poderoso (=314) sobre a Um - Unidade (=1) produz o círculo. Em sentido inverso, partindo desta vez da periferia do manifestação - mundo manifestado pelo centro principial, é Jesus unido a sua cruz redentora que permite realizar o Vertical - diâmetro vertical da Retitude a partir da Circunferência unificada. E tendo em conta do que, como se assinalou, 318 é mais especialmente ligado à modalidade corporal, pode-se ver nisso a simbolização da primeira etapa do «retorno da alma a Deus»: com efeito, é dito no Zohar   I,80b que os órgãos do corpo aptos a andar com a alma são em número de 318.

Note-se também que obtendo a média aritmética entre 314 e 318 é 316 que corresponde a um dos Nomes hebraicos de Jesus, Yeshu, figurando sobre o mesmo Calendarium de Hepburn. Este Nome já foi indicado por Irineu de Lião  .

Duas outras relações são igualmente a visualizar para dar uma aproximação «racional» do Número transcendente π. O primeiro é 22/7. O numerador corresponde ao número das letras do alfabeto hebraico (22) e simboliza o conjunto das possibilidades que pode desenvolver a um - Unidade, o Aleph, e isto basta para pô-lo em analogia - relação analógica com a circunferência. O número 7 do denominador simboliza o centro, o repouso e consequentemente o princípio que desempenha aqui o papel de medida - unidade de medida.

Outra aproximação da questão da relação da circunferência a seu diâmetro é aquela que apresenta a particularidade notável de fazer referência desta feita ao Número Φ (v. Número de Ouro).