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Yoga / Ioga

  

René Guénon

Considera-se, por outro lado, que o Princípio divino reside de certa forma no centro de todo ser, o que está de acordo com o que diz São João ao tratar da "verdadeira Luz que ilumina todo homem que vem ao mundo". Mas essa "presença divina", assimilável à Shekinah hebraica, será apenas virtual, na medida em que o ser pode não ter dela consciência atual. A "presença divina" só se torna plenamente efetiva para o ser que tomou consciência e a "realizou" pela "União", entendida no sentido do sânscrito Yoga. Então, esse ser sabe, mediante o mais real e imediato de todos os conhecimentos, que "o Atmâ que reside no coração" não é simplesmente o jivâtmâ, a alma individual e humana, mas também o Atmâ absoluto e incondicionado, o Espírito universal e divino, e que ambos, nesse ponto central, estão em contato indissolúvel e além disso inexprimível, pois são na verdade apenas um, assim como, de acordo com a palavra de Cristo, "meu Pai e eu somos um". Aquele que, de fato, alcançou esse conhecimento, atingiu na verdade o centro, e não apenas o seu próprio centro, mas também, por essa razão, o centro de todas as coisas; realizou a união do seu coração com o "Sol espiritual", que é o verdadeiro "Coração do Mundo". O coração assim considerado é, segundo os ensinamentos da tradição hindu, a "cidade divina" (Brahma-pura), que, por sua vez, como já indicamos antes, é descrita com termos semelhantes ao que o Apocalipse aplica à "Jerusalém Celeste", ela também, de fato, uma das figurações do "Coração do Mundo". [GuenonSCS]


Aquí hacemos alusión más especialmente a las enseñanzas que se vinculan al Hatha-yoga, es decir, a los métodos preparatorios para la "Unión" ( yoga en el sentido propio de la palabra ) y que se basan sobre la asimilación de algunos ritmos, principalmente ligados a la regulación de la respiración. Lo que se llama dhikr en las escuelas esotéricas árabes tiene exactamente la misma razón de ser, y, frecuentemente, incluso los procedimientos puestos en obra son completamente similares en las dos tradiciones, lo que, por lo demás, no es para nos el indicio de ningún plagio; la ciencia del ritmo, en efecto, puede ser conocida por una y otra parte de una manera completamente independiente, ya que se trata de una ciencia que tiene su objeto propio y que corresponde a un orden de realidad claramente definido, aunque sea enteramente ignorada por los occidentales. [Nota sobre nadis]

Frithjof Schuon

O Yoga é a manifestação mais direta possível e também a mais ampla de um princípio espiritual que, como tal, deve poder se manifestar por toda parte onde a natureza das coisas o permite ou o exige; este princípio é essencialmente aquele de uma "técnica" — ou de uma "alquimia  " — tendendo a abrir o microcosmo humano ao influxo divino. O Yoga se defeine a ele mesmo como uma "parada das atividades da substância mental", e rigorosamente falando só um Yoga, a arte da concentração perfeita, do qual o Hatha-Yoga e o Raja-Yoga são as duas formas essenciais e do qual os outros Yogas (laya e mantra) são modos ou desenvolvimentos especiais. É verdade que a palavra Yoga designa também — em virtude de seu sentido literal de "união" — as grandes vias de "gnose" (jnana), de "amor" (bhakti) e de "ação" (karma), mas a relação com o princípio característico da arte ióguica é então muito mais direta. O Yoga, tal qual definido no Shastra de Patanjali e nas obras conexas, é sempre a "alquimia" interior, ou o conjunto dos meios técnicos permitindo realizar — com a ajuda de elementos intelectuais, corporais, morais e por vezes emotivos — a "União" através do êxtase, o samadhi. [SchuonIE]


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