Perenialistas Kenosis

PERENIALISTAS — KENOSIS

René Guénon: POBREZA ESPIRITUAL

Frithjof Schuon  : O ESOTERISMO COMO PRINCIPIO E COMO VIA

A cisão em sujeito e objeto é função da relatividade. Sem essa cisão ou polaridade, não haveria nem limitação nem diversidade e, portanto, nenhum fenômeno. O sujeito não pode apreender a sua própria natureza a não ser reconhecendo-a no objeto e descobrindo o objeto nele mesmo, no sujeito, que é o objeto interiorizado assim como o objeto é o sujeito exteriorizado. O sujeito apreende a sua própria realidade em dois tempos, isto é, segundo a adequabilidade e a totalidade. Apreende-a adequadamente pelo objeto mais elevado e no objeto mais elevado proporcionado à inteligência humana, ou seja, o Objeto absoluto. E pela assimilação totalmente contemplativa desse Objeto, o que implica a vacuidade e a extinção do sujeito: vacuidade do ponto de vista dos artifícios mentais que comprometem a percepção do Objeto puro, e extinção do ponto de vista dos elementos passionais que limitam e obscurecem esse espelho que é o sujeito. É na coincidência entre o Objeto transcendente e a subjetividade pura que se realiza o conhecimento do sujeito que, como tal, revela uma dimensão do Objeto imanente, que surge como Sujeito absoluto, sendo objetivo apenas em razão do seu velamento.