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Manu / Manou / Minos / Menes

  

René Guénon

O título de «Rei do Mundo», tomado na sua acepção mais elevada, mais completa e, ao mesmo tempo, mais rigorosa, aplica-se propriamente a Manu, o Legislador primordial e universal, cujo nome se encontra sob diversas formas, em grande número de povos antigos. Lembremos apenas, a este respeito, o Mina ou Menés, dos Egípcios, o Menw, dos Celtas, e o Minos  , dos Gregos. Entre os Gregos, Minos era, ao mesmo tempo, o Legislador dos Vivos e o Juiz dos Mortos. Na tradução hindu, essas duas funções pertencem, respectivamente, a Manu e a Yama, mas estes são representados como irmãos gêmeos, o que indica que se trata do desdobramento de um princípio único, encarado sob dois aspectos diferentes. Aliás, esse nome não designa, de modo algum, um personagem histórico ou, mais ou menos, lendário. O que designa, na realidade, é um princípio, a Inteligência cósmica que reflete a Luz espiritual pura e formula a Lei (Dharma) conveniente às condições do nosso mundo, ou do nosso ciclo de existência, e ao mesmo tempo, o arquétipo do homem, considerado especialmente enquanto ser pensante (em sânscrito, manava).

Por outro lado, o que importa essencialmente salientar aqui é que esse princípio pode ser manifestado por um centro espiritual, estabelecido no mundo terrestre por uma organização encarregada de conservar integralmente o depósito da tradição sagrada, de origem «não humana» (Apauvushêya), pela qual a Sabedoria primordial se comunica, através das idades, àqueles que são capazes de a receber. O chefe dessa organização, representante por assim dizer do próprio Manu, poderá legitimamente usar o título e os atributos dele.

Além disso, pelo grau de conhecimento que deve ter atingido para poder exercer as suas funções, identifica-se realmente com o princípio, de que é como que a expressão humana e diante do qual a sua individualidade desaparece. [REI DO MUNDO]


Esta Voluntad (Purusha) se manifiesta más particularmente, en cada ciclo especial de existencia, como el Manu de ese ciclo, que le da su Ley ( Dharma ); en efecto, así como ya lo hemos explicado en otra parte, Manu no debe considerarse en modo alguno como un personaje ni como un "mito" ( al menos en el sentido vulgar de esta palabra ), sino más bien como un principio, que es propiamente la Inteligencia cósmica, imagen reflejada de Brahma ( y en realidad una con Él ), que se expresa como el Legislador primordial y universal. [PURUSHA E PRAKRITI]