O conceito de realidade adita àquele de ser uma certa determinação. Designa uma existência, mas não uma existência qualquer, uma existência qualificada de certa maneira, nem que seja porque se opõe a um desejo ou a um projeto. Diz-se da realidade que ela se impõe e resiste àqueles que tentam esquecê-la ou negá-la. Opõe-se assim à aparência que se pode fazer desaparecer e que desaparece a princípio geralmente por ela mesma. Opõe-se também ao que escapa a toda espécie de apreensão. Sendo determinada, a realidade é portanto permanente, pelo menos entre certos limites, e confiável, pelo menos na perspectiva precisa onde se encontra ela e onde ela manifesta uma existência irredutível.

Se assim é, não se deve surpreender se o caráter inteligível do ser pareceu mais real que seu aspecto sensível. é esta primazia ontológica do Inteligível em relação ao sensível que caracteriza o platonismo  . O real nesta filosofia, é a ideia, que não deve senão a ela mesma ou a um princípio superior (tal como o Bem) suas próprias qualidades, que subtraída ao tempo e ao devir, e que é verdadeira, no sentido onde ela não é enganadora. [Notions philosophiques  ]

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Les mots « réel » et « chose » (angl. « thing ») sont eux-mêmes intéressants. « Réel » est apparenté au latin res, « chose », et sans doute à reor, « réfléchir », « évaluer » ; et « thing » à « think » (« penser », all. denken). Cela montre que les apparences sont dotées de réalité et d’une quasi-permanence dans la mesure où nous les nommons. Ce qui établit un rapport intime avec la nature du langage lui-même, dont la fonction principale est toujours de concrétiser les choses ; et c’est pour cette raison que nous devons employer des termes négatifs (via negativa) pour désigner l’ultime réalité, qui n’est pas une « chose ». (Coomaraswamy, 1976, p. 15)