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atividade

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Como a lei da atividade faz evoluir os seres? A continuidade da evolução não satisfaz senão a causalidade; a atividade quer uma ação; uma ação, qualquer que seja, satisfaz a atividade; mas a repetição de uma ação, qualquer que seja, constitui realmente uma ação? Somos forçados a responder negativamente; pois, do ponto de vista da ação ela mesma, sua repetição constitui a monotonia; e, do ponto de vista dos motores da ação, vemos que uma mesma ação é engendrada pelos mesmos motores, agindo sob o mesmo impulsão, com a mesma força; a continuidade de uma ação não é portanto a atividade; é, ao contrário, após o pôr-se em movimento, a imobilidade do princípio motor. Consequentemente, o princípio da atividade é satisfeito, não por uma única ação, não pela mesma ação duas vezes ou indefinidamente repetida, mas antes por uma série indefinida de ações, que são devidas a motores diferentes, e que, em sequência, não podem ser absolutamente idênticos. Portanto, em nome do princípio de atividade, não se repassa duas vezes pela mesma corrente das formas. E nós é totalmente interditado crer na metempsicose, pelo menos a metempsicose brutal e grosseira que foi extraída penosamente das doutrinas budistas e pitagóricas e que, em realidade, nelas não se encontra [1].

Mas, ao contrário, depois de termos esgotado uma forma, e todas as circunstâncias de uma modificação, passamos inevitavelmente a uma outra modificação, com a certeza lógica de que jamais voltaremos àquela que acabamos de deixar. [MatgioiVM  :65] (v. Wenwang)

LÉXICO: ATIVIDADE

Observações

[1A lei dos renascimentos é totalmente outra, mas não queremos desde já afirmar que ela é real e lógica, com todas as consequências felizes que a humanidade dela espera, tanto do ponto de vista do seu fim quanto do ponto de vista da sua personalidade.