(gr. aploos; lat. simplex; in. Simple; fr. Simple; al. Einfach; it. Semplicé).
Aquilo que carece de variedade ou de composição, vale dizer, o que existe de um único modo ou é destituído de partes. Aristóteles entendeu o simples no primeiro sentido, como falta de variedade: “No sentido primário e fundamental o que é simples é necessário porque não é possível que o simples seja ora de um modo, ora de outro” (Met., V, S, 1015 b 12). Leibniz usou essa palavra no segundo sentido, ao definir a mônada como substância simples, porque sem partes (Monad., § 1). Foi graças a Wolff que esse conceito se consolidou com esse sentido (Ont., § 673). Na lógica terminista medieval usava-se com o mesmo sentido o termo incomplexum (= não composto), como contrário de complexo: ou no sentido de um termo constituído por uma só palavra, ou no sentido do termo de uma proposição, constituído por uma ou mais palavras (cf. Occam, Expositio áurea, p. 40 b).
Por simplicidade, como característica das hipóteses ou das teorias científicas, entende-se exigência de economia (v.; v. também teoria).
Analogamente, por simplificação entende-se todo procedimento apto a tornar econômica a conceitualização ou a teorização, ou seja, qualquer procedimento que reduza o número ou a complexidade dos conceitos empregados. [Abbagnano]
(lat. simplex)
Que é indivisível, que não pode ser decomposto, que não tem partes. Em Descartes, as naturezas simples são as essências: ” Chamamos simples aquelas naturezas cujo conhecimento é tão claro e distinto que o espírito não as pode dividir em outras mais numerosas cujo conhecimento seja mais distinto: tais são a figura, a extensão e o movimento” (Descartes, Regras para a direção do espírito). Ver análise; átomo. [Japiassu]