PROUDHON (Pierre Joseph), socialista francês (Besançon 1809 — Paris 1865). Filho de um modesto cervejeiro, foi inicialmente tipógrafo, tornando-se depois jornalista. Frequenta os círculos dos adeptos de Fourier e entra em contacto com Karl Marx, a quem logo se opõe. A celebridade o atinge com seu primeiro livro: O que é a propriedade? (1840). Sua doutrina se precisa na Teoria da propriedade (1865). Longe de condenar por princípio a propriedade, defende a propriedade coletiva. Atinge, no plano econômico e social, um mutualismo preocupado em substituir as grandes industrias capitalistas por associações de trabalhadores. No plano político, defende um federalismo (Do principio-federativo, 1863) favorável à descentralização. Crítico veemente dos seguidores de Saint-Simon, de Fourier (“a maior mistificação de nossa época”), de Louis Blanc (“envenenou os operários com fórmulas absurdas”), de Karl Marx (“a tenia do socialismo”) e do comunismo (“absurdo antediluviano”), Proudhon exerceu uma grande influencia nos meios operários e intelectuais. [Larousse]
Joseph Proudhon (1809-1865) foi um dos maiores pensadores da França, cuja obra quase desconhecida, salvo a obra social, não tem merecido, senão em nossos dias, uma análise mais completa. Proudhon compreendeu as profundas oposições na natureza e a sua doutrina das antinomias é a base das suas ideias. Afastado do individualismo atomista e do socialismo estatal, pregou ideias libertárias, que lhe valeram o nome de pai do anarquismo, cuja doutrina muito lhe deve. [MFS]