41. Voltar-se para o passado, atentar no presente, penetrar no futuro, só com a experiência vulgar do presente, são gestos de falaciosa libertação. Libertar-se só pode quem viva a crise como crise, e não como remediável acidente que tanto poderia acontecer como não acontecer. Aqueles a quem vimos chamando de marginalizados [v. marginalizado] são os que já viveram a crise a tal ponto que lhe pressentiram ou adivinharam o fim. Só não sabe, a maioria deles, dizer aos outros (entre eles e os não-marginalizados não há comunicação possível; é evidente) as palavras mais certas, mais conformes à sua vivência. [EudoroMito:128]