Etimologicamente: “complemento”) designa, em matemática, a soma de infinito número de partes infinitamente pequenas. Em biologia, entende-se por integração o fenômeno que consiste em que organismos lesados (o, por vezes, divididos) novamente se completam para constituir um todo orgânico; em sociologia, o fato da inserção de entes sociais em totalidades de ordem superior. — O conceito de integração obteve, na moderna caracterologia, peculiar significação, devido a E. Jaensch. Segundo ele, os diferentes tipos de caráter diferenciam-se principalmente pela espécie, direção e medida da integração, ou seja, da conexão totalitária das funções psíquicas. Nos tipos integrados colaboram funções que noutros casos estão separadas, principalmente o físico e o psíquico; predomina a harmonia do conjunto e a totalidade. O mesmo não sucede no desintegrado, onde a multiplicidade figura em primeiro plano. As funções particulares tornam-se independentes até se dissociarem. Segundo o centro, direção e grau de integração, Jaensch distingue os subtipos I1, I2, I3. O I1 mostra a integração no grau mais intenso, tanto no concernente às funções entre si quanto à conexão psíquica com o ambiente. O I2 apresenta um certo relaxamento das funções fundamentais. O I3 está exclusivamente integrado para o interior. Do tipo I1 ramificam-se os tipos-S sinestéticos. Contudo o tipo-S é projetivo, em oposição ao tipo li receptivo. O tipo-S2 procura compensar a inestabilidade das camadas apetitivo-sensitivas elementares, características do tipo-S1 mediante uma superestrutura racional inorganicamente sobreposta. — A doutrina da integração e seu aproveitamento para uma tipologia oferece ideias incontestavelmente valiosas. Contudo tais ideias nem sempre se aplicam sem violência a formas históricas e culturais bem como à psicologia das raças. A!é n disso, o simples fato de haver ou faltar a integração não decide ainda do valor ou desvalor moral da pessoa. — Brugger.
(in. Integration; fr. Integration; al. Integration; it. Integrazione).
Este termo tem significados diversos em diferentes ramos do saber. Em matemática, é o processo com o qual se determina o valor de uma grandeza como soma de partes infinitesimais tomadas em número sempre crescente. Em biologia, significa o grau de unidade ou de solidariedade entre as várias partes de um organismo, ou seja, o grau de interdependência dessas partes. Analogamente, em psicologia significa o grau de unidade ou de organização da personalidade; em sociologia, o grau de organização de um grupo social.
Spencer, em Primeiros princípios(1862), via na integração uma das características fundamentais da evolução cósmica enquanto passagem de um estado indiferenciado, amorfo e indistinto para um estado diferenciado, formado e unificado (First Principles, § 94). [Abbagnano]