Filosofia – Pensadores e Obras

idealidade

(in. Ideality; fr. Idéalité; al. Idealität; it. Idealità).

Termo introduzido por Kant para designar a subjetividade das formas em intuição e das categorias; neste caso se trata de idealidade transcendental, no sentido de que tais famas são condições da consciência (Crít. R. Pura, § 3)- Na primeira edição da Crítica, Kant dissera: “A existência de todos os objetos dos sentidos externos é duvidosa. A esta incerteza dou o nome de idealidade dos fenômenos externos e à doutrina dessa idealidade denomina-se idealidade” (Ibid., 1a ed., Paralogismos da Razão Pura, IV). Hegel inverteu esse conceito de idealidade, afirmando que ela não deve ser entendida como negação do que é real, mas como sua conservação (Ene., § 403): “A idealidade pode ser chamada de qualidade da infinidade”, ou seja, a qualidade do Ital porque, segundo Hegel, só o infinito é real – e o finito não é real (Wissenschaft der Logik, I, 1, cap. 2, A Passagem). Nicolai Hartmann empregou esse termo num sentido mais próximo ao de Kant. Ele fez a distinção entre: idealidade independente, pertencente a objetos irreais, mas subsistentes em si, como os objetos da Lógica e da Matemática, bem como os valores; e idealidade aderente, pertencente às formas ideais que constituem a essência do real (as leis ou relações ideais que o constituem) (Metaphysik der Erkenntniss, 1921, cap. 62). [Abbagnano]


A relação e o nexo que há entre entes ideais, enquanto a realidade é a que se dá entre entes reais. [MFSDIC]