O fenômeno acessório. — O epifenomenismo é a teoria segundo a qual a consciência é somente um simples reflexo dos fenômenos orgânicos. Por exemplo, a consciência do ato voluntário não é, de modo nenhum, a consciência de uma livre decisão que estaria na origem do ato, mas uma simples luz, que acompanha processos puramente nervosos, e que seriam os verdadeiros motores de nossos atos. A consciência não faz nada, é um epifenômeno. Ebbinghaus compara-a a um espectador no teatro. Na verdade, as condições psicológicas do ato voluntário, como as de toda ideia no espírito ou de todo estado de consciência, não nos são conhecidas, e o epifenomenismo é uma hipótese inverificável e inútil. [Larousse]
(in. Epiphenomenon; fr. Épiphénomène; al. Epiphànomenon; it. Epifenomenó).
Em alguns positivistas ingleses do séc. XIX (Huxley, Clifford, etc), essa palavra designou a consciência, considerada fenômeno secundário ou acessório que acompanha os fenômenos corpóreos, mas é incapaz de reagir sobre eles (V. materialismo).