(in. Emotive; fr. Émotif; al. Affektif; it. Emotivo).
Em geral, o mesmo que afetivo. Stevenson (Ethics and Language, 1945) chamou de “significado emotivo” a disposição que um signo linguístico tem para produzir uma atitude, uma disposição a agir, a desejar, etc, e não uma crença, um conhecimento em geral. Por isso, especialmente na filosofia contemporânea anglo-americana, prevaleceu o uso de dar o nome “proposições emotivo” às proposições que não descrevem um estado de fato (v. descrição), mas contêm uma prescrição, uma ordem, etc, como p. ex. as proposições morais. Esse uso, porém, é extremamente impróprio e nos últimos anos foi quase totalmente abandonado.
Na linguagem comum e na filosófica, é frequente atribuir à palavra emotivo/emocional um significado puramente negativo, indicando-se com ela as coisas às quais não se saberia nem poderia atribuir um motivo suficiente e que, portanto, não parecem suficientemente “razoáveis”. Nesse sentido, acaba-se qualificando de emocionais todas as escolhas (ou deliberações) que não obedeçam ao critério vigente no campo em que incidem. P. ex., dizemos que tem valor emotivo ou emocional um objeto que não é útil nem bonito, mas preferimos conservar; ou que somos “emocionalmente apegados” a certas crenças que, subentendemos, não são racionalmente sustentáveis. Aqui também o uso desse termo não faz nenhuma referência a qualquer teoria positiva da emoção. [Abbagnano]