(in. Analytics; fr. Analitique; al. Analitik; it. Analítica).
Em geral, uma disciplina ou uma parte de disciplina cujo método fundamental é a analise. Aristóteles chamou de analítica a parte da lógica que visa resolver qualquer raciocínio nas figuras fundamentais do silogismo (Primeiros analíticos) e qualquer prova nos próprios silogismos (v. silogismo) e nos primeiros princípios, que constituem suas premissas evidentes (Segundos analíticos). Kant chamou de “analítica transcendental” a primeira parte da “doutrina dos elementos” na Crítica da Razão Pura e na Crítica da Razão Prática (enquanto a segunda parte é a Dialética), entendendo por analítica a determinação das condições a priori do conhecimento e da ação moral. A Crítica do Juízo contém, além disso, uma analítica do belo, uma analítica do sublime e uma analítica do juízo teleológico, que determinam as condições a priori: respectivamente, as primeiras duas do juízo estético, a outra do juízo sobre a finalidade da natureza. Heidegger fala de uma “analítica ontológica do ser”, isto é, de uma análise da existência como ser no mundo, como aproximação e preparação à ontologia, isto é, à determinação do significado do ser em geral (Sein und Zeit, § 5). [Abbagnano]