Filosofia – Pensadores e Obras

adivinhação

mantike e filosofia, mantike, passim; negada por Xenófanes, oneiros 3; e pelos céticos, ouranioi 5; origens na explicação de Platão, oneiros 4, psyche 17; base teorética em Plotino, sympatheia 8 [FEPeters]


(lat. Divinatio; in. Divination; fr. Divination; al. Wahrsagung; it. Dimnazionè).

Profetização do futuro, com base na ordem necessária do mundo. Era admitida pelos estoicos, sendo, aliás, assumida como prova da existência do destino. Crisipo achava que as profecias dos adivinhos não seriam verdadeiras se as coisas todas não fossem dominadas pelo destino (Eusébio, Praep. Ev., IV, 3,136). Para Plotino, a adivinhação é possibilitada pela ordem global do universo, graças à qual todas as coisas podem ser consideradas sinais das outras. Os astros, por exemplo, são como cartas escritas nos céus, que, mesmo desempenhando outras funções, têm o papel de indicar o futuro (Enn., II, 3, 7). A A. baseada no determinismo astrológico foi admitida pelos filósofos árabes, especialmente por Avicena, e destes passou para alguns aristotélicos do Renascimento, como p. ex. Pomponazzi (De incantationibus, 10). [Abbagnano]