To what shall we compare our miscalculations about divine providence?
“Um homem nunca deve perder a coragem; quando os infortúnios se elevam mais assustadores sobre ele, aparece no céu uma mão amiga.” Assim falou o reverendo Jesper Morten na última noite. Agora tenho o hábito de viajar muito a céu aberto, mas nunca tinha visto nada parecido. Alguns dias atrás, no entanto, durante um passeio a pé, ocorreu um fenômeno semelhante. Não era exatamente uma mão, mas algo como um braço que se estendia do céu. Comecei a ponderar: ocorreu-me que se Jesper Morten estivesse aqui, ele poderia decidir se esse era o fenômeno a que se referia. Enquanto eu estava lá no meio dos meus pensamentos, fui abordado por um caminhante. Apontando para o céu, ele disse: “Você vê aquela tromba d’água? Elas são muito raras nestas partes; às vezes levam consigo casas inteiras.” “O Senhor nos preserve”, pensei, “isto é uma tromba d’água?” e dei no pé o mais rápido que pude. Eu me pergunto o que o reverendo Jesper Morten teria feito no meu lugar?
[“A” in Either/Or, I, pp. 26-27 (SFII30)]